Kid Vinil: "MP3 representa a morte das gravadoras"
Por Laís da Costa Novo
Fonte: Long Play 3
Postado em 21 de agosto de 2008
O músico e radialista Kid Vinil lança seu Almanaque do Rock, pela editora Ediouro, às 19h, na Fnac da Avenida Paulista, em São Paulo. O livro traz o olhar de Kid sobre a história rock n' roll no Brasil e no mundo, destacando os principais nomes e acontecimentos que contribuíram para a expansão e popularidade do estilo.
"O rock é um gênero que se reinventa através das novas gerações. Sempre há uma maneira nova de contar uma história para uma nova geração. Este é o segredo do rock, é fazer dando uma cara nova", disse Kid, em conversa com admiradores e curiosos há poucos minutos, no Bate-Papo UOL.
Na opinião do radialista, o sucesso de uma banda não depende apenas do talento e da qualidade musical. É preciso ter carisma, boa química e, principalmente, competência no palco. "Não adianta gravar algo maravilhoso e no palco serem apagados. É onde veremos se são legais ou não".
Adeus CDs
A análise de Kid sobre a crise no mercado fonográfico é crua e direta: a MP3 representa a morte das gravadoras, pois o CD perdeu espaço e elas não podem mais sobreviver das vendas de discos.
"Algumas gravadoras estão tentando ressuscitar o vinil. É uma maneira de tentar driblar o download. Com isto vira uma coisa cult e ao mesmo tempo simpática. É mais difícil ressuscitar o cassete, o vinil tem muito mais tradição", observa.
Kid também comentou o posicionamento das bandas diante desta nova realidade. Ele considera que muitas delas estão pensando em maneiras para aproximar o público via internet. Idéias como a do RADIOHEAD - que disponibilizou seu último álbum, "In Rainbows" (2007), para download, permitindo aos usuários pagar o valor que achassem justo - funcionam, acredita o radialista.
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