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"Eu não quero viver no passado", diz Andreas Kisser, do Sepultura

Por Samuel Coutinho
Fonte: hailsandhorns.com
Postado em 27 de outubro de 2011

Foto da chamada: Roberta Forster

Kelley Simms do HailsAndHorns.com, conduziu uma entrevista com o guitarrista Andreas Kisser do SEPULTURA. Alguns trechos da conversa seguem abaixo.

HailsAndHorns.com: O que você esperava de "Kairos"? Que tipo de som queria que ele tivesse?

Andreas: Cada vez que o Sepultura entra em estúdio, tentamos pegar o som que nós fazemos ao vivo no palco e tentar reproduzir aquilo no estúdio. Quando você está no estúdio há muitos truques; amplificadores diferentes, coisas que você pode improvisar ou criar. Desta vez não decidimos fazer assim, vamos apenas trazer o material que usamos no palco. Os mesmos instrumentos que utilizamos, nem mais nem menos, e trabalhar com isso. No final, nós mixamos em um pequeno overdub como se fosse ao vivo, mantendo o mais natural possível. Com Roy Z trabalhando com a gente no estúdio, ele é um produtor com um excelente conhecimento. E ele é um músico muito ativo. Ele não é um músico frustrado, como a maioria dos produtores são. Roy tem o melhor dos dois mundos, com o seu conhecimento, sua experiência e sensibilidade no palco. Estamos muito felizes com os resultados.

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HailsAndHorns.com: "Kairos" tem aquele som thrash clássico com um ritmo bem ameaçador. Você vem com um determinado som já em mente, ou as músicas surgem naturalmente?

Andreas: As duas coisas. Nós já tínhamos tudo em mente na hora de fazê-lo, queríamos manter um equilíbrio. Comemoramos 25 anos de Sepultura no ano passado. Naturalmente, temos este equilíbrio em toda nossa carreira, com tudo o que já aconteceu. Você começa a se lembrar de como fez. Com o vinil, você tem uma boa percepção. É por isso que clássicos como "Master Of Puppets" do METALLICA ou "Reign In Blood" do SLAYER ainda são bons. Queríamos olhar pra trás e mergulhar nisso. Guardar isso na memória, as coisas que costumávamos fazer, trazer aquele ambiente que sentíamos antes. Apenas tocar, com sentimento. Nós não estamos tentando reproduzir ou copiar a nós mesmos, seria muito estúpido. "Kairos" é a expressão musical desse sentimento. As letras falam sobre os fãs, o nosso relacionamento com os empresários, gravadoras, nossas famílias, todo mundo. É um álbum muito pessoal e eu acho que os fãs acreditam nele, porque eles fazem parte disso, mais do que ninguém.

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HailsAndHorns.com: Houve um atrito e falta de diálogo, há alguns meses, entre a banda e Max (Cavalera, ex-guitarrista/vocalista do Sepultura), sobre uma reunião. Claro, muita gente gostaria de vê-los reunidos novamente. Você acha que há uma possibilidade, em algum momento em um futuro próximo? Está tudo bem entre vocês, ou vocês não se falam mais?

Andreas: Uma reunião completa... é impossível voltarmos ao passado, seria ridículo. Eu não sei o que as pessoas esperam com isso. A maioria das pessoas, que querem uma reunião do Sepultura, nunca viram o Sepultura antes. Eles (Max e Igor) foram uma parte importante da banda, eles começaram tudo isso, mas eles decidiram sair, e foi o que aconteceu. Eu não vejo qualquer possibilidade disso acontecer. Falamos uns com os outro, finalmente entramos em contato. Pelo menos temos nos comunicado mais. Mas isso não significa que vamos trabalhar juntos, não tem nada a ver. Eu respeito todo tipo de sentimento e é realmente difícil de definir exatamente o que um fã do Sepultura sente. Eu não quero tentar viver no passado. Eu não quero ficar preso a isso. Algumas pessoas ainda pensam assim. Eu não quero ver a nossa banda de uma forma nostálgica. Nós temos uma história incrível, mas hoje nós estamos aqui. E esta é a coisa mais importante, aqui estamos nós.

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Leia a entrevista completa (em inglês) no HailsAndHorns.com.

http://www.hailsandhorns.com/interview/andreas-kisser-of-sepultura-talks-about-the-meaning-behind-the-new-album-and-the-unlikeness-of-a-sepultura-reunion/

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Sobre Samuel Coutinho

Nascido no interior de SP no dia 15/12/1986, em uma cidade chamada Ilha Solteira, Samuel Coutinho se entregou ao heavy metal logo na adolescência. Seu forte sempre foi o heavy metal melódico, variando desde o prog-metal até ao power-metal.
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