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Lemmy: tratando as pessoas como gostaria de ser tratado

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Fonte: PunkNews.org
Postado em 05 de julho de 2012

PunkNews.org recentemente conduziu uma entrevista com o capitão do MOTÖRHEAD Ian "Lemmy" Kilmister. Algumas partes da conversa você vê abaixo.

PunkNews.org: MOTÖRHEAD tem um som único, identificável. Eles nunca lançaram, digamos, uma rock opera ou álbum techno. Por que?

Lemmy: Bem, porque se você tem um som maneiro, por que foder com ele? Eu sempre pensei que soasse bem. Nós fizemos algumas peças experimentais. "1916" é experimental. Nós fizemos aquela faixa com o OZZY (OSBOURNE). O que eu queria fazer era em maior parte rock and roll, e eu fiz. É o que eu quero fazer, então eu ainda toco. Nós sempre fazemos o que queremos fazer. Eu não dou a mínima para o que outras pessoas pensam que nós deveríamos fazer.

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PunkNews.org: Você é conhecido como grande amante das mulheres, mas você também é conhecido como grande amante das mulheres no rock. Você tem sido muito falante no seu apoio a Joan Jett, Skin (da SKUNK ANANSIE), e muitos outros. No punk rock, parece que há uma desconexão entre apreciar os talentos de uma mulher e apreciar sua atratividade. É possível apreciar a atratividade de um músico do sexo feminino, sem transformá-la em um objeto?

Lemmy: Bem, por que diabos você não poderia fazer isso? É impossível? Certamente há pessoas que tem a mente fechada. Alguém pode estar falando merda, mas eu não me importo. Eu nunca trato as mulheres como objeto. Eu sempre fui honesto. Eu trato as pessoas como eu espero ser tratado. As mulheres, eles são iguais a mim, com peitos. Se elas querem ser loucas, bem, tudo bem, porque eu mesmo sou um pouco louco, às vezes. Se eles querem tocar rock, isso é ótimo, porque eu gosto de tocar rock também. Você deve tratar as pessoas da maneira que você gostaria de ser tratado. Se é arte boa, então é arte boa. Merda, eu gosto de mulheres.

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PunkNews.org: Certamente, você é uma lenda do rock hoje, mas, ao contrário de outras lendas do rock, você é sempre retratado como uma pessoa muito humana, diferente de, digamos, Kurt Cobain ou Janis Joplin. Por que você pensa que as pessoas pensam em você como uma pessoa e não como um ideal?

Lemmy: As pessoas me abordam o tempo todo, mas eu nem sempre sou notado. É por que quando eu vou pra rua, eu não levo guarda-costas comigo. Eu vou sozinho simplesmente. As pessoas que saem com guarda-costas me confundem. Ninguém os notaria sem eles. É realmente uma coisa que chama a atenção, não é? Eu nunca tive problema com isso.

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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