Twisted Sister: "o rock é um fenômeno cultural envelhecido"
Por Fernando Portelada
Fonte: Blabbermouth
Postado em 24 de fevereiro de 2015
O The Metal Voice, do Canadá, recentemente conduziu uma entrevista com o guitarrista-fundador do TWISTED SISTER, Jay Jay French. Alguns trechos estão transcritos abaixo.
Se ele conseguiu ver o declínio do gênero "Hair Metal" antes da separação do TWISTED SISTER:
"Olhando para trás, é difícil dizer se alguém poderia ter se salvado. Primeiramente, o gênero inteiro se desmanchou, como você sabe. Logo após nossa separação, talvez um ano depois, todo o modelo do ‘Hair Metal’ de desintegrou, o que afetou todos [...]. Alguns podem dizer que fizemos a melhor coisa possível em parar quando paramos. Outros podem dizer que foi a melhor jogada de negócios jamais feita, porque nós paramos e então voltamos com toda aquela coisa... isso tinha que acontecer. Eu queria que a banda ficasse congelada no tempo, e no momento certo, se a banda voltasse, isso teria um enorme valor. [...]"
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Se ele preferia ter a oportunidade de lançar uma banda agora, com a Internet e mídias sociais, ou fazer isso nos anos 1980.
"Toda banda tem seu momento, e o momento do TWISTED SISTER, a primeira onda de enorme sucesso, foi uma experiência incrível. Isso nunca iria ser repetido novamente, não importa o que aconteça. Quero dizer, não importa o que aconteça – isso nunca iria ser repetido dessa forma, porque a MTV não é o que era, porque as mídias sociais mudaram... as pessoas me perguntam o tempo inteiro: Como está a indústria da música? E eu digo: Eu não sei. Eu não estou na indústria da música. Não estamos na indústria da música. E o JUDAS PRIEST também não, e o KISS também não. Estamos na indústria do entretenimento, e nós temos seguidores e nós entretemos as pessoas. Eu realmente não preciso me preocupar com as vendas de disco, porque elas não existem. Não no mundo do rock. Elas existem no hip-hop, no country e no rap. Toda essa coisa de ‘O Rock está morto?’, o rock não está morto no sentido de que centenas de milhares de pessoas vão aos shows. Onde o rock está com severos problemas é que é um fenômeno cultural envelhecido. Ele tem mais de 50 anos e não está acompanhando as gerações mais jovens. Eu lhe dou um exemplo: quando eu tinha 17 anos, e eu estava indo ver esses shows, eu via o LED ZEPPELIN e ROLLING STONES e o THE WHO e os BEATLES e Jimi Hendrix e Bob Dylan. Todos esses caras, quando eu tinha uns 16 ou 17, eles tinham seus 24 anos. Bem, agora não existem bandas de rock chegando que são tão grandes e tão jovens. Mas você acha muitos artistas de hip-hop que são, e muitos artistas de country e muitas cantoras pop. Mas você não vê as bandas de rock ficando mais jovens. Então você está vendo o envelhecimento de um gênero de música. E somos parte disso. [...] Nós temos sorte de termos uma carreira, mas, novamente, não estamos na indústria da música, estamos na indústria do entretenimento. É algo muito diferente."
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