Ungodly: por onde andam os membros da formação clássica da banda?
Por Samuel Coutinho
Fonte: Metal da Ilha
Postado em 10 de fevereiro de 2015
A banda de death metal brasileira com influências de black metal, UNGOGLY, foi formada por volta de 2004 pelo guitarrista Daniel Oliveira, e já no mês de março anunciaram seu EP de estréia "Hate Celebration", tendo que lidar ainda com mudanças na formação na banda. Os baianos foram considerados os novos expoentes do metal extremo no brasil, sendo mais um reforço para a cena underground. Mas que infelizmente não foi tão longe assim. Sobre a mudança no line-up da banda, houve algumas trocas repentinas que fizeram com que a formação clássica da banda fosse efetivada. Inicialmente o grupo era formado por Daniel Oliveira na guitarra, Serafin Vila nos vocais, Luciano Campos na outra guitarra, Fernando Costa no baixo e Alex Rocha na bateria. O baterista Daniel Beans também chegou a tocar na banda.
Após as mudanças, entraram na banda o vocalista Arnaldo Asmodeus e mais tarde os músicos Thiago Nogueira (bateria), Joel Moncorvo (baixo) e Tony Assis (guitarra) respectivamente, formando então o line-up clássico do Ungodly. Como resultado, o primeiro full-length da banda é lançado com o nome "Ungodly", contendo 10 faixas incluindo o hit "Murderers In The Name Of God" que rendeu um video clipe fenomenal com atores, cenários e tudo mais. Com o sucesso, os caras foram escolhidos para ser banda de abertura de shows de monstros como o SLAYER em 2006 e ARCH ENEMY em 2007, além de ser destaque também no festival Abril Pro Rock. Algumas bandas serão bastante mencionadas aqui pelo fato de algumas delas serem bandas anteriores ou atuais dos músicos do Ungogly. Como é o caso do MYSTIFIER, HEADHUNTER D.C, INSAINTFICATION e outras.
O Ungodly fez parte do time de novas bandas que surgiram no decorrer dos anos 2000, mas que por força do destino não durou muito tempo. Com a famigerada 'pausa nas atividades' o grupo ainda não mostrou sinal de vida e segue em um hiato indeterminado. E agora? Como estão e "Por Onde Andam" os membros da formação clássica do Ungodly? Tentamos desvendar o paradeiro dos músicos, e mais surpresas vieram pelo caminho. Confira:
Arnaldo Asmodeus (vocalista)
Arnaldo ficou conhecido por integrar o Mystifier ao ter participado da gravação do primeiro disco da banda, "Wicca" de 1992. O vocalista também dividia sua função nos teclados, além de botar pra fod$%# com seu gutural rasgado. Arnaldo também já esteve acompanhado de seu ex-colega Thiago Nogueira no Mystifier, onde ficaram na banda até 2004, sendo posteriormente convocados para entrar para o Ungodly. Arnaldo Asmodeus entrou para o Ungodly juntamente com outros músicos convidados para integrar a nova banda que o guitarrista Daniel Oliveira havia formado, depois das mudanças no line-up. O vocalista caiu como uma luva na banda de death metal, seu vocal se ajustou perfeitamente ao som da banda. A expectativa era que eles fossem um pouco mais longe do que um EP e um álbum, mas os shows compensaram.
Hoje em dia, ainda com o mesmo amor pelo metal, Arnaldo Asmodeus está sempre rodeado de seus velhos amigos, seja para tomar umas cervejas ou para curtir um bom som, ou os dois! Com o visual mais "família" o ex-vocalista trocou seu lado musical pelo industrial. Recentemente ele foi visto envolvido no ramo de estaleiros, mais precisamente durante inspeções no Estaleiro São Roque do Paraguaçu, no município de Maragogipe na Bahia.
Tony Assis (guitarrista)
Tony Adelmo de Assis Saldanha foi outro membro vindo do Mystifier, ainda em 1996 ele fez parte do CARNIFIED onde gravou da demo "The Carnification". Depois de vários testes com músicos da cena local, Tony Assis foi efetivado como segundo guitarrista da banda, para dar apoio a Daniel. Tony, músico veterano da cena baiana, havia realizado inúmeros ensaios com o Ungodly e seu empenho e facilidade em aprender as músicas do álbum de estréia, inspirou a confiança dos demais membros, fato que motivou a sua efetivação. Com sua adição, o Ungodly ganhou peso em dose dupla ao vivo. Um exemplo pode ser visto no video abaixo durante a apresentação da banda no Abril Pro Rock em 2006:
Atualmente o guitarrista continua se empenhado na música. Após a parada do Ungodly o músico entrou para o Insaintfication, banda que já contava com ex-membros do Ungodly, como o baterista Daniel Beans, o guitarrista Luciano Campos e o baixista Fernando Costa (citados no início da matéria). Diferente do que todo mundo pensa, Tony não esconde sua crença em Deus apesar de ter tocado em uma banda de metal extremo. O músico também é empresário e trabalha com vendas de suplementos alimentares, com a loja Support Nutrition. O guitarrista tem um gosto pessoal por fisiculturismo. Tony é mais um membro da banda que ganha a vida seguindo outra direção profissional.
Joel Moncorvo (baixista)
Um músico que dispensa comentários. O baixista ganhou o merecido reconhecimento quando fundou o SLOW, banda de Rock Heavy Fusion, com a qual lançou o seu Álbum "Killer Mermaid" em 1992. Respeitado onde quer que passe, ele se juntou ao Ungodly para gravar o álbum homônimo, abrindo mais espaço em sua vertente musical. Suas linhas de baixo são facilmente perceptíveis no disco, através de suas técnicas como Tapping, Slap e Pizzicato. Atualmente não é difícil de se encontrar seus trabalhos, que são muitos. Mesmo no Ungodly, Joel não tinha praticamente uma banda fixa, sua carreira solo já era o suficiente. Neste período Joel desenvolveu no Centro de Atendimento ao Surdo, em Salvador, a pesquisa "O Contrabaixo e a Criança Surda", na qual estudou as possibilidades de como o contrabaixo pode auxiliar as crianças portadoras de surdez no desenvolvimento de sua sensibilidade auditiva e corporal.
Posteriormente ele lançou seu primeiro álbum solo, "Muito Além do Som" de 2007 e em 2012 lançou seu segundo disco, "Revoluções". O baixista também fundou o Centro Musical Joel Moncorvo, em Salvador, uma das principais referências no ensino especializado do contrabaixo. Joel Moncorvo é endorser de várias empresas de equipamentos musicais, como a Tagima por exemplo. Enfim, ele ainda continua na ativa levando boa música através das 4 cordas, através de suas aulas, workshops e apresentações em eventos voltados ao contrabaixo.
Thiago Nogueira (baterista)
O baterista também faz parte do cast de novos membros que entraram para gravar o único álbum completo da banda. Thiago Nogueira foi o responsável pela velocidade nas músicas, sem deixar seu lado técnico de lado. O músico domina bem o bumbo duplo. Antes de ingressar para o Ungodly, Thiago fez parte de inúmeras bandas da Bahia, uma das mais importantes, que está na ativa até hoje, é o Headhunter D.C., que faz um death metal forte e de tradição. O músico também passou por bandas como SCRUPULOUS, THARSIS e também pelo Mystifier. Além de ser baterista, Thiago também é produtor, onde exerce sua função até os dias de hoje. Depois de seus trabalhos no Ungodly, Thiago Nogueira continuou com tudo, sem perder tempo. Logo em seguida ele participou de outros projetos com outras bandas. Trabalhou na produção de discos do Headhunter D.C. como também na mixagem, masterização, produção e gravação do álbum "Diseased" do Insaintfication.
Hoje em dia o músico segue com seu profissionalismo, levando a música como prioridade e foco principal em sua carreira. Já que Salvador é a capital do Axé, o baterista baiano integra o cast de músicos de apoio da cantora Margareth Menezes. No clipe, tirado do DVD da cantora, "Voz Talismã", nota-se claramente o baterista aos 2:14 e aos 3:29 do video.
Para facilitar, um video mais recente pode ser conferido abaixo:
Voltando ao rock 'n' roll, atualmente Thiago Nogueira está com a banda SEEAWALL, nos estágios finais do álbum de estréia do grupo. As gravações começaram no mês de outubro passado no Estúdio BASE em Salvador e aparentemente já devem estar finalizadas. Enquanto isso o músico vem ministrando aulas e realizando workshops. Mais informações podem ser conferidas na página oficial da banda no Facebook:
https://www.facebook.com/pages/SeeAwall/1557677614452705
Daniel Oliveira (guitarrista)
O membro fundador do Ungodly. Responsável por estabelecer a formação clássica da banda, gravando o álbum homônimo, Daniel Oliveira queria ter uma banda que pudesse chegar no topo das bandas de metal do nordeste. De fato ele conseguiu montar um time de ótimos músicos que poderiam fazer a banda chegar a ser um grande nome do país. Mas que infelizmente foi só mais uma que parou no meio do caminho. Foi bom enquanto durou. Daniel teve somente o Ungodly como banda principal, mas entregou todo seu empenho em deixar sua marca registrada no metal. A banda chegou a ter um contratempo antes mesmo do lançamento do primeiro e único disco, quando Daniel sofreu um pequeno acidente, resultando em um atraso nas gravações do álbum. Mas depois do susto o grupo retomou os trabalhos e finalizou o disco.
Depois da fase honrosa da banda, Daniel emitiu uma nota anunciando uma pausa nas atividades da banda, o que ocasionalmente culminou no provável fim da banda: "Antes de mais nada quero esclarecer que o Ungodly não encerrou suas atividades! Mas após os grandes shows que fizemos ao lado do Candlemass, Slayer, Arch Enemy e de nossa participação no Abril Pro Rock, eu que já havia sido piloto de Kart na minha infância e adolescência, resolvi voltar ao mundo das corridas".
Com esta frase dita pelo guitarrista, ficou claro que o caminho que ele decidiu seguir após a parada da banda. Hoje Daniel é um bem sucedido piloto de Rally, na qual veio obtendo ótimas posições desde que voltou a correr. Ao iniciar o IRC Intercontinental Rally Challenge na temporada de 2010 Oliveira era conhecido apenas localmente. Ele participou de 10 rallys durante aquela temporada, marcando dois pontos no Rally Internacional de Curitiba.
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Em 2011, ele subiu para a categoria mais alta do rally mundial, o World Rally Championship dirigindo um MINI Countryman WRC para a nova equipe Brazil World Rally Team. Em 2012, o piloto iniciou o ano competindo com o Ford Fiesta RS WRC no 2012 Rally de Portugal, onde atingiu a 13ª posição, tornando-se a promessa brasileira no World Rally Championship. No Rally da Alemanha ele mostrou determinação ao terminar na 23ª posição após ter retornado no Dia 2 da competição.
O Ungodly estava preparando um segundo disco, duas músicas já estavam prontas, o álbum seria mais diversificado com climas variados. Hoje Daniel é conhecido no mundo das corridas e quem sabe alguma dia possa retomar os trabalhos em sua banda, já que a pausa que eles deram foi um por tempo indeterminado.
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