51 milhões: a ligação de Geddel Vieira Lima com Renato Russo
Por Bruce William
Postado em 10 de setembro de 2017
Uma das imagens mais marcantes do começo de setembro de 2017 - e que, com certeza, ficará no imaginário popular durante muito tempo, talvez pra sempre, foi a das malas cheias de dinheiro vivo - mais precisamente R$51 milhões de reais - apreendidas pela Polícia Federal durante a Operação Cui Bono, desdobramento da Lava Jato, em apartamento que seria usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima em Salvador, no dia 5 de setembro de 2017. Com isto Geddel, que havia saído da prisão no começo de julho, voltou a ser detido três dias mais tarde.
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Curiosamente existe uma ligação entre Geddel e o saudoso Renato Russo, da Legião Urbana, pois ambos estudaram juntos no Colégio Marista em Brasília, e um episódio acontecido na época foi relatado no livro "Renato Russo: O filho da Revolução", do jornalista Carlos Marcelo, veja abaixo a transcrição do trecho do livro onde isto ocorre:
A turma do Colégio Marista tem que preparar apresentação relacionada à música. De imediato, Renato avisa:
– O tema do meu grupo vai ser a história do rock.
Rigoroso na hora de selecionar os colegas de grupo, ele (Renato) convida Maria Inês Serra e mais dois ou três felizardos que se mostraram dispostos a executar a tarefa como ele planejaria. Tinha gostado de trabalhar com Inês em uma pesquisa sobre cantigas de roda – esforço alheio representava fator decisivo para a escolha. Deixa claro (a ponto de despertar antipatia e criar fama de chato) que não carregaria ninguém nas costas. Apesar dos pedidos de colegas como Geddel Quadros Vieira Lima para entrar no seu grupo pela garantia de notas altas na avaliação final. Filho do político baiano Afrísio Vieira Lima, o gordinho Geddel era um dos palhaços da turma. Chegava no colégio dirigindo um Opala verde, o que despertava a atenção das meninas e a inveja dos meninos – que davam o troco chamando-o de "Suíno". Tinha sempre uma piada na ponta da língua; as matérias, nem sempre.
— Eu vou ser político!
O jeitão expansivo garantia popularidade entre os colegas, mas não unanimidade. "Ele é in-su-por-tá-vel!", justifica Renato para Maria Inês, dividindo as sílabas de forma enfática, ao sentenciar a proibição da entrada de Geddel em seu grupo.
E em dezembro de 2016, o jornal o Estado de São Paulo, perguntou a Geddel o que ele achava desta polêmica, e ele respondeu, laconicamente:
"Nunca fui chamado de Suíno. Aliás, nem lembro de Renato Russo nenhum no colégio. Ele não era ninguém."
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