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Velhas Virgens: O músico precisa sentir o dedo do produtor

Por Nelson de Souza Lima
Postado em 08 de julho de 2020

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A maior banda independente do Brasil, segundo eles mesmos, não para nem na pandemia. Finalizando o novo disco, a ser lançado em setembro, a Velhas Virgens montou uma operação de guerra objetivando manter a banda ativa enquanto a Covid-19 não regride.

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De acordo com Alexandre "Cavalo" Dias, guitarrista e fundador do grupo, várias atividades foram criadas de modo a interagir com os fãs. "Montamos ações nas redes sociais, lançamentos de singles com clipes em que gravamos cada um na sua casa, gravações de músicas em que o fã tocava e a gente divulgava, enfim, um lance mais íntimo com o público".

O ápice dessas ações será o lançamento de "O Bar Me Chama" no qual os caras trazem uma pegada mais setentista. De acordo com Dias, o "Paulão de Carvalho (vocalista) queria uma sonoridade voltada pros anos 70, que em algumas músicas conseguimos e outras nem tanto. Porém a pegada Blues e rock'n'roll está em todo o disco".

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Alexandre "Cavalo" Dias acrescenta que a escolha de Gabriel Fernandes para produzir o álbum foi determinante no resultado. "Se o músico não sentir o dedo do produtor, não funciona. (rsss). Escolhemos o Gabriel pra dar uma outra roupagem pro som, limpar um pouco os arranjos e acredito que funcionou muito bem. As músicas voltaram a simplicidade dos primeiros discos com novas temáticas. Foi bacana trabalhar com ele que tem dedos pequenos, não faz mal pra ninguém (rssss)".

Desde o começo do ano lançando singles regularmente a Velhas Virgens disponibilizou em junho "Vícios e Pecados", com direito a clipe bacanudo disponível no Youtube.

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Sobre a música o guitarrista coloca que "é um blues pra falar da dor da separação e a Juliana Kosso encarnou muito bem. Aliás toda a banda, um arranjo simples que funciona bem pra dar vazão à voz da nossa vocalista".

Completam a Velhas Virgens Tuca Paiva (baixo), Simon Brow (bateria) e Filipe Cirilo (teclados/violões).

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A seguir entrevista feita por e-mail com Alexandre "Cavalo" Dias.

"O Bar Me Chama" é o novo disco a ser lançado neste segundo semestre. Gostaria que falasse do processo de composição, produção, mixagem, tudo. Como foi terminar o álbum em período de pandemia e quarentena?

Alexandre "Cavalo" Dias - A ideia do disco começou como um EP. Era pra ser "Brechó Cintilante" e ter umas 4 ou 5 músicas no máximo. Mas começamos a ver o repertório e decidimos por um disco completo mesmo.

Paulão queria uma sonoridade voltada pros anos 70, acho que em algumas músicas conseguimos e outras nem tanto. Porém a pegada Blues e rock’n’roll está em todo o disco. O álbum foi gravado ano passado e a nossa ideia era lançar três singles e sair com o álbum. Com a pandemia tudo foi mudado. A gente não sabe quando voltaremos a ter shows que era o nosso maior meio de divulgar o disco. Sem shows precisamos mudar a estratégia. Então, montamos muitas ações nas redes sociais, lançamento de singles com clipes em que gravamos cada um na sua casa, gravações de músicas em que o fã tocava e cantava e a gente divulgava, enfim, um lance mais íntimo com o público.

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Voltando à produção, gravamos tudo no estúdio do Gabriel Fernandes em Boituva, interior de São Paulo depois de uma exaustiva pré-produção onde deixamos as músicas bem perto do que seria a final. Mudamos poucas coisas dentro do estúdio e todos participaram muito da concepção dos arranjos.

As composições são do Paulão e minhas, temos também uma versão de uma música dos anos 70. E quando houve a parada a gente estava tocando todas ao vivo. Isso é uma coisa que gostamos de fazer, colocar o máximo de músicas no show.

Tem a participação do Terra Celta no rock blues "Leprechaun" que ficou sensacional.

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A parte da mix a gente acompanha pouco. Damos a referência para o produtor e ele faz o trabalho. Se deixar todo mundo na mixagem tem que fazer mix pra cada um. Por experiência a gente sabe que cada pessoa tem sua mix na cabeça e no final só podemos usar uma.

Ainda estamos com uma música pendente que precisava de metais, mas agora não vai rolar e tivemos que mudar o arranjo pra mais guitarras. Deve ficar pronto em agosto pra lançamento no streaming e no físico.

Já foram lançados três singles, o mais recente é "Vícios e Pecados", blusão em que a Juliana dá show de interpretação. Este disco vem mais blues? Que mudanças são essas que pretendem fazer? Mudar a sonoridade e o teor sacana da banda?

ACD - O lance do blues e do rock é o lance que expliquei de tentar uma sonoridade mais 70. Coisas que Paulão e eu ouvíamos quando garotos. "Vícios e Pecados" é um blues que fiz para falar da dor da separação, e a Ju encarnou muito bem. Aliás toda a banda, um arranjo simples que funciona bem pra dar vazão à voz da nossa vocalista.

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O teor da banda depende muito de como Paulão e eu estamos. As músicas saem mais de um jeito ou de outro. Acho esse disco uma mudança de ares pra banda. São mais de 30 anos, o mundo mudou muito e nós também.

O dedo do Gabriel foi determinante nesta nova sonoridade da banda? Você sentiu que o dedo do Gabriel fez a diferença?

ACD - Poxa, se o músico não sentir o dedo do produtor, não funciona!
Escolhemos o Gabriel pra dar uma outra roupagem pro som, limpar um pouco os arranjos e acredito que funcionou muito bem. As músicas voltaram a simplicidade dos primeiros discos com novas temáticas. Foi bacana trabalhar com ele e tem dedos pequenos, não faz mal pra ninguém.

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publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

A pandemia virou o mundo de ponta-cabeça. Como vocês estão se virando em casa neste momento tão delicado?

ACD - Enlouquecendo lentamente. Falo por mim. Está muito difícil. Além da banda tinha outros trampos e entre shows, eventos de livros e lançamentos foram mais de 30 eventos cancelados. Um baque, mas ainda assim somos privilegiados, temos casa, comida e ainda entra alguma grana aqui e ali. Acredito que ainda sentiremos muito todos os revezes desse caos.

O setor cultural foi o muito afetado pela pandemia. Recentemente o governo aprovou a Lei Aldir Blanc com auxílio emergencial à classe artística. Qual sua opinião a respeito?

ACD - Pelo que vi e li, tem pontos positivos e vão atender uma parte mais necessitada, mas ainda é muito pouco. Não só a classe artística está precisando, todos os setores necessitam de apoio emergencial.
A primeira coisa que vou salientar é que demorou demais! Todos os planos do governo demoram e, muitas vezes, não chegam na ponta que precisa. Não há uma atenção devida aos mais necessitados.
O que as pessoas precisam entender é que não é pra todo mundo, são só os que comprovarem que ganharam menos de R$ 28.500,00 anuais e que não estejam recebendo outro benefício. Não é de qualquer maneira e o artista não é esse "vagabundo" que vive as custas do governo. É uma classe como qualquer outra que estava sem ajuda. Então entenda, só recebe quem ainda não tem salário, renda ou esteja recebendo qualquer outro auxílio. Quem quiser tem um monte de links para entender melhor a lei. Bom se informar antes de sair falando mal ou difamando esse ou aquele.

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Como deve ser na opinião da Velhas Virgens o chamado "novo normal". Será que vamos aprender alguma coisa com isso?

ACD - Para quem vivia de show o novo normal é esse que estamos vivendo. Enquanto não houver vacina estamos nesse estado de suspenção, montando ações para falar com o público e manter a marca viva de algum jeito.
Quanto a aprender com isso, não sei, sou pessimista nestas questões. Acho que tem muita gente boa no mundo, mas essa pandemia também mostrou um lado pouco humano das pessoas. Ainda não sei bem o que pensar e acredito que ninguém sabe direito ainda.

Vocês têm previsão de retomada de shows? Estão se organizando pro pós-pandemia?

ACD - Shows mesmo, só depois da vacina e não deve ser esse ano.
A gente continua trabalhando e mantendo a banda viva, lançando novidades, gravando coisas em casa, pensando em ações pras pessoas participarem.

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Vamos ver o fôlego que teremos e até onde podemos levar tudo isso.
Fizemos a campanha #oPoderDoBrinde convidando as pessoas a brindarem e mandarem o vídeo do brinde pra gente fazer um clipe. Foram muitos vídeos e agora preciso editar isso! Vai ficar sensacional. Com a ajuda dos nossos amigos vamos sair dessa.

Aquele recadinho pros fãs que estão ávidos por shows das Velhas Virgens.

ACD - Calma, amor, paciência, e acreditem que vai melhorar. Sou pessimista, porém acredito que vamos passar por isso e sair do outro lado com força renovada pra tocar a vida em frente.
Nós adoramos shows, Velhas Virgens é uma banda de palco. Sentimos muita falta de viajar com todo mundo. Sentimos falta das risadas, confusões, convivência e tretas que só a estrada proporciona. E falta da loucura dos shows, dos amigos que encontramos.

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A verdade é que não pretendemos parar. Paulão mandou hoje uma nova música, estamos produzindo e queremos muitos anos ainda de Velhas!

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Sobre Nelson de Souza Lima

Jornalista, repórter, resenhista, colunista musical. Assim é Nelson de Souza Lima. Mas acima de tudo um amante do rock, classic, hard e metal. Entre minhas entrevistas estão as feitas com Angra, André Mattos, Royal Hunt, Blind Guardian, entre muitas outras. Além disso sou baixista da banda de Classic Rock e metal The Green Pigs.
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