Massacration: quando Bruno Sutter fez Kiko Loureiro entender o sucesso da banda
Por Igor Miranda
Fonte: Colisão Podcast
Postado em 21 de junho de 2021
O cantor e comediante Bruno Sutter, intérprete do Detonator, relembrou, em entrevista ao Colisão Podcast, da situação em que Kiko Loureiro foi surpreendido pelo Massacration após falar mal da banda. O fato ocorreu em 2006, durante a cerimônia do Prêmio Dynamite.
Naquela noite, o guitarrista do Angra foi o responsável por anunciar a vitória do Massacration na categoria de "Melhor álbum de heavy metal". "É isso aí, tanta banda boa aí, mas quem ganhou foi o Massacration", disse ele, na ocasião. Poucos segundos depois, os integrantes da banda entraram no palco, o que causou surpresa em Kiko.
Na época, houve quem pensasse que tudo aquilo seria só uma brincadeira combinada com o músico do Angra. Todavia, em entrevistas recentes, os integrantes do grupo Hermes e Renato, que deu origem ao Massacration, indicaram que nada foi armado ali.
Na entrevista ao Colisão Podcast, transcrita pelo Whiplash.Net, Sutter descreveu a circunstância no Prêmio Dynamite como "icônica". "Ele criou um ambiente lindo. [...] Parece cena de filme", disse, aos risos.
Em seguida, o intérprete do Detonator revelou que, de fato, Loureiro não era um grande entusiasta do Massacration. Porém, uma conversa nos bastidores de um show do Tribuzy no Credicard Hall fez com que o integrante do Angra compreendesse a banda humorística.
Inicialmente, ele relembrou: "Tive uma discussão com o Kiko Loureiro - não foi uma discussão, mas foi um papo bem honesto, depois do ocorrido. [...] Teve também um lance no jornal, em que ele falou isso. Perguntei por que ele falou aquilo. Ele sabe que sou um p*ta fã do Angra, admiro pra c***lho. Já havíamos gravado com o Angra naquele desafio do Massacration, em 2002".
Kiko, então, revelou a Bruno por que ficava incomodado com o Massacration. "Ele falou: 'pô, vocês estão na MTV, aparecendo pra caramba, com um p*ta nome... se tiver um contratante indeciso entre Angra e Massacration, ele contrata o Massacration'", afirmou.
Como Sutter reagiu à declaração do colega? "Eu falei: 'irmão, vocês eram patrocinados pela Rock Brigade... nós estamos vivendo um momento'. Aí ele: 'pode crer'. Depois disso, começamos a trocar a maior ideia", disse.
De acordo com o vocalista, "a maioria do pessoal não analisa profundamente a situação" do Massacration. "Eu não demonizo o Kiko, pois a maioria pensa igual. 'Ah, esse Massacration fazendo palhaçada aí'. Mas, p***a, deu certo porque era uma ideia diferente", declarou.
Na visão de Bruno Sutter, a crítica de que o Massacration "está tirando espaço de bandas sérias" não faz sentido. O motivo? Segundo ele, essas "bandas sérias" não oferecem nada de novo - algo que o projeto do Hermes e Renato trazia.
"Espera aí, vamos analisar espaço e bandas sérias. 'Tenho uma banda onde canto em inglês, faço um heavy metal tipo Angra' [...] Qual é a novidade? Nenhuma. Não tem essa de espaço, de banda séria. É uma ideia diferente que teve espaço justamente por não ser igual ao que foi feito", disse.
Por fim, o vocalista voltou a citar que o Angra teve o apoio da revista e gravadora Rock Brigade no início de sua carreira, o que, em sua visão, facilitou na conquista do sucesso. "O Angra foi um sucesso comercial planejado pelo Antonio Pirani", pontuou.
O trecho em que Bruno Sutter fala sobre o assunto pode ser assistido a seguir.
A entrevista completa está disponível abaixo.
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