Alberto Rionda: "Tenho uma ligação especial com o Brasil"
Por Vagner Mastropaulo
Postado em 15 de novembro de 2021
Talvez você nem se recorde, mas o Avalanch passou por São Paulo nos longínquos idos de 2003. E o que isso tem a ver com a Rocking Your Life Acoustic Tour de Fabio Lione e Marcelo Barbosa, ambos do Angra? Seu guitarrista e líder, Alberto Rionda, será um dos convidados do evento no Tom Brasil em 19/11.
Conseguimos uma brecha na apertada agenda do cara para um rápido bate-papo e, entre outros temas, falamos sobre: sua banda principal, sua participação no mais novo trabalho de Alírio Netto e as lembranças da passagem pelo Brasil há quase vinte anos – não exatamente nesta ordem. Divirta-se.
Vagner Mastropaulo: Alberto Rionda, como vão as coisas? Muito obrigado por esta curta entrevista. Você é um dos convidados na Rocking Your Life Acoustic Tour, exclusivamente para a data de São Paulo no Tom Brasil em 19/11. O que você pode nos antecipar com relação a este show? Quais músicas você vai tocar? Se você não puder dizer, pelo menos conte para nós quantas do setlist te incluem.
Alberto Rionda: Obrigado. É uma honra e um verdadeiro prazer ser parte de uma noite tão especial. Artisticamente, tenho uma ligação muito especial com o Brasil e será um momento inesquecível. O show nos dará momentos muito diferentes, com canções do Avalanch, Alírio Netto, Angra, Rhapsody e versões de clássicos do rock. Acho que agradaremos aos fãs.
VM: Serão quinze shows em vinte e dois dias para Fabio Lione e Marcelo Barbosa, de grandes casas de show como o Tom Brasil em São Paulo, onde você tocará, a pequenas cidades interioranas como Tupã, bem como concertos em teatros em Belo Horizonte, Recife e Campo Grande. Com sua experiência, quais diferenças há entre tocar em grandes casas de espetáculo com mais fãs presentes e fazer apresentações em locais mais intimistas com todos sentados? E qual cenário você prefere?
AR: Acredito que um grande artista deva curtir ambos os momentos. É claro que é um sonho para qualquer artista tocar em grandes shows com milhares de pessoas. Mas, nos shows mais intimistas, também se respira uma magia muito especial. Pessoalmente, preciso de ambos os momentos, que são complementares e necessários para qualquer artista.
VM: Estive no début do Avalanch em São Paulo no Directv Music Hall, precisamente em 04/10/03, quando vocês tocaram antes do Grave Digger, com abertura nacionais do Harppia e do DragonHeart. Quais são suas memórias dessa noite, bem como do tempo passado em São Paulo e no restante da turnê latino-americana?
AR: Foi uma noite muito especial da qual temos memórias muitas boas. Foi nosso primeiro show na América Latina. E foi um desafio apresentar nossa música cantando em espanhol. Sabemos que o público no Brasil não está acostumado a isso e foi um desafio para nós. Apesar disso, me lembro do quanto a platéia curtiu o show e tentou cantar nossos refrãos em espanhol. Foi um dia mágico para nós.
VM: Desde então, todos os membros mudaram, exceto você, e a formação atual do Avalanch inclui um vocalista brasileiro, três integrantes espanhóis, um baixista alemão e um baterista norte-americano. Como vocês se comunicam no dia a dia? Digo, em quais idiomas? Afinal de contas, deve ser meio que uma Torre de Babel...
AR: Sim, somos uma banda muito heterogênea. A língua oficial entre nós é o inglês, mas você pode ouvir conversas em espanhol e algumas outras palavras em português [risos]. A banda tem uma essência muito latina porque mesmo Mike Terrana mora na Itália e tem genes italianos, assim como Dirk mora no México e fala espanhol perfeitamente.
VM: Alírio Netto foi anunciado como frontman do Avalanch em março deste ano, bem no meio da pandemia. Como vocês seis fizeram para ensaiar juntos e quando isso aconteceu pela primeira vez (se é que já rolou, pois ainda estamos todos em isolamento)?
AR: Foi assim mesmo... Nós nos conhecemos pessoalmente num show em Madrid em dezembro do ano passado. Antes, já havíamos feito uma colaboração num projeto que envolveu numerosos artistas internacionais de rock/metal cantando e tocando uma música minha chamada "United Souls", que foi feita em prol das investigações da pandemia. Neste momento, não estamos focados nos ensaios, mas em escrever músicas e preparar as gravações do novo álbum do Avalanch. Ainda bem que hoje, graças à tecnologia, você pode trabalhar à distância.
VM: Falando sobre a pandemia, como você fez para não surtar sem as turnês? E o que você tem feito, como compensação, para superar as dificuldades em todos esses meses?
AR: A pandemia bateu forte no planeta inteiro e na Espanha não foi diferente. Graças a Deus, conseguimos excursionar várias vezes no formato acústico, uma delas com Alírio Netto na Espanha, apresentando músicas do Avalanch nesse formato, apenas ele e eu. O que realmente sentimos falta é de fazer turnês e tocar normalmente no formato elétrico com a banda toda. Esperamos que isso possa acontecer logo.
VM: Você participou de uma música em All Things Must Pass, segundo álbum solo do Alírio Netto, "You Hate". Você são amigos, é claro, mas como se deu esse convite? E o que você achou do resultado final da faixa?
AR: Alírio lançou um álbum incrível e tenho certeza que todos no Brasil o receberão de braços abertos. Eu me lembro que um dia ele me enviou a música e me pediu para fazer o solo nela. Um verdadeiro hit. Foi muito divertido e uma honra poder contribuir com minha guitarra para o álbum. O resultado é incrível.
VM: A primeira versão de "Almas Unidas" foi disponibilizada em 09/04/20, com você no violão e Alírio cantando. Se pesquisei corretamente, a letra em espanhol é sua, mas os trechos em inglês e português foram escritos por ele. Quem teve a idéia para uma música tão bela? E por que a iniciativa em misturar três línguas?
AR: Esta música é de meu projeto Alquimia, uma outra banda paralela ao Avalanch que tem tido bastante impacto na Espanha e na América Latina. Tivemos a idéia das traduções para inglês e português, feitas pelo Alírio, e então até para alemão e italiano. Mais de trinta artistas de todo o mundo participaram, incluindo o Avalanch inteiro, e foi uma experiência incrível.
VM: Há planos para trazer o Avalanch de volta ao Brasil, agora numa realidade completamente diferente se comparada àquele show de 2003?
AR: É claro que estamos ansiosos para nos apresentarmos com o Avalanch no Brasil, ainda mais com Alírio Netto, nosso frontman novinho em folha. Evidentemente, assim que lançarmos nosso próximo álbum, teremos a chance de tocar aí. Estamos impacientes.
VM: Muito obrigado por seu tempo. Sinta-se à vontade para usar este espaço a fim de convidar os fãs para assistir a você em São Paulo na Rocking Your Life Acoustic Tour e deixe seu recado final.
AR: Muito obrigado pela entrevista. Vejo vocês em breve no Brasil. Será uma noite inesquecível!!
Acompanhe os locais e datas, todas em 2021:
14/11 – São Luís (MA) – Ceprama (Rock Festival)
16/11 – Belo Horizonte (MG) – Cine Theatro Brasil Vallourec
17/11 – Sorocaba (SP) – Hangar 51
18/11 – Tupã (SP) – Estação Bar & Pub
19/11 – São Paulo (SP) – Tom Brasil
20/11 – Vila Velha (ES) – Correria Music Bar
25/11 – Belém (PA) – Botequim
26/11 – Fortaleza (CE) – Armazém
27/11 – Recife (PE) – Teatro Boa Vista
28/11 – Campina Grande (PB) – Teatro Municipal
30/11 – Porto Alegre (RS) – Bar Opinião
01/12 – Florianópolis (SC) – Stage Music Park
03/12 – Curitiba (PR) – Ópera Arte
04/12 – Goiânia (GO) – The Rock Steakhouse
05/12 – Brasília (DF) – Toinha Brasil Show
Mais informações:
http://www.toplinkmusic.com
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