Deep Purple: Simon McBride fala sobre substituir Steve Morse em nova turnê
Por André Garcia
Postado em 25 de abril de 2022
No último mês de março, os fãs do Deep Purple comemoraram o anúncio de uma nova turnê. Mas, por outro lado, foram pegos de surpresa com a revelação de que Steve Morse, guitarrista da banda desde 1994, ficará de fora dela.
"Eu não estou saindo", garantiu ele em comunicado oficial, que acompanhará sua esposa enquanto ela passa por um tratamento de câncer. "Assim que ela receber alta eu poderei me juntar à turnê." Enquanto isso não acontece, seu substituto será o guitarrista irlandês Simon McBride, que já tocou com o vocalista Ian Gillan.
Em entrevista para a Guitar World, Simon revelou que sua participação já havia sido conversada no final do ano passado, e lamentou pelas circunstâncias que o levaram a se juntar à banda: "É um sentimento agridoce para mim. É algo que acontece sob circunstâncias tristes, mas, por outro lado, eu também comemoro, porque é uma oportunidade dos sonhos. É uma situação bizarra."
"Quando eles me abordaram, eu fiquei, tipo: 'Aham, beleza…', porque eu sempre fico com um pé atrás hoje em dia. Eu pensei que se rolasse seria ótimo, mas se não rolasse, eu não ficaria frustrado. Quando foi confirmado em março, eu falei: 'Uau! Que legal! Vai ser muito divertido!', mas, por outro lado, é bem triste… Isso é tão esquisito."
Quanto à sua relação com os membros da banda, ele respondeu:
"Eu já conheço os caras faz um tempo. Eu fiz uma turnê com Ian [Gillan] e Don [Airey] nos últimos anos. Eu já toquei também com Roger [Glover] e [Ian] Paice, então eu já toquei com todos eles, só não ao mesmo tempo [risos]! Agora que tenho essa oportunidade, estou muito empolgado, passando por todas aquelas músicas icônicas que aprendemos quando éramos moleques. Dessa vez tenho a oportunidade de tocar elas como parte da banda. Steve [Morse] é um grande guitarrista, eu sei que tenho uma grande responsabilidade."
No quesito técnico, ele falou que "eu não acredito que será muito desafiador para mim, é mais questão de lembrar todas as partes. Não é apenas simplesmente um conjunto de músicas convencionais, que é só verso, refrão, verso, refrão, solo e acabou. Elas têm finais alternativos e passagens malucas com frases em uníssono. Elas são mais como peças criativas, então preciso aprender com exatidão e lembrar na hora. Eu passei as últimas semanas trabalhando em todo o material e guardando na cabeça."
Por mais que seja necessário manter a fidelidade, principalmente nos clássicos, também é preciso ter personalidade própria para não ser apenas um copiador. McBride está ciente disso, e preparado para encontrar o equilíbrio: "Com quem quer que eu toque, eu sempre busco colocar um pouco de mim, enquanto sigo o original, em sinal de respeito."
O guitarrista continuou dizendo: "Sempre tem trechos que não dá para mudar — tipo em 'Highway Star'. Para que mexer, se não vou conseguir superar? Alguns solos do Steve são assim também, então não dá para superar, vou tirar nota por nota."
A turnê do Deep Purple começará em 22 de maio, em Israel, e a seguir percorrerá a Europa, passando por países como França, Alemanha e Itália. Parte das apresentações são reagendamentos de datas adiadas por conta da pandemia.
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