Darkthrone: Nocturno Culto prefere isolamento e nega oferta que o deixaria rico
Por Emanuel Seagal
Postado em 19 de novembro de 2022
Trinta e cinco anos de atividade, vinte álbuns lançados e responsável por influenciar inúmeras bandas no mundo inteiro. Um grupo com uma carreira assim normalmente contaria com muitas turnês no curriculum, certo? Não quando esta banda é formada por Fenriz e Nocturno Culto.
A dupla norueguesa responsável pelo ícone do black metal Darkthrone, lançou seu vigésimo álbum, "Astral Fortress", em outubro. O vocalista, guitarrista e baixista Nocturno Culto, foi entrevistada pelo Wall of Sound,e falou do novo disco e as peculiaridades da dupla.
"O 'Eternal Hails…' (lançado em 2021) foi nossa primeira ida ao estúdio Chaka Khan, e foi uma experiência nova para nós em muitos anos. Gravamos em nosso próprio estúdio de 2005 até 2019. O que tentamos fazer no 'Astral Fortress' foi apenas uma continuação, mas sempre se transformava em algo um pouco diferente do que tínhamos em mente. 'Astral Fortress' é provavelmente nosso álbum mais lento e melódico desde… bem, isso é para vocês decidirem", afirmou o multi-instrumentista, cansado das atividades de gravações e mixagem que ficavam sob sua responsabilidade anteriormente.
Segundo Nocturno Culto o equipamento analógico e os profissionais do novo estúdio atraíram a dupla. "Em nosso vigésimo álbum temos um adesivo dizendo: 'Sem metrônomos desde 1987.' E isso resume tudo. É assim que trabalhamos, nós tocamos instrumentos juntos, não com um computador. Isso permite que nossa música respire e seja dinâmica", disse.
Em outro ponto da entrevista, Nocturno Culto é questionado sobre a peculiaridade do Darkthrone na indústria da música ao se negar a fazer shows há muito tempo. "As ofertas não param de chegar, pode acreditar. Já recusamos a oferta de ficarmos riscos há muitos anos. Acredito que o Darkthrone é meio isolado em diversas áreas, mas gostamos disso. Não nos vemos sendo outra coisa além de homens comuns com uma paixão pela música. Então o palco, turnês, e atenção pessoal não são coisas que buscamos, mas o que queremos deixar pra trás..., sim, você adivinhou, são álbuns. 'A Blaze In The Northern Sky' originalmente era um mini álbum, mas felizmente discutimos a respeito e concordamos em fazer um LP", concluiu o músico, defensor da continuidade do formato dos álbuns completos, diferentemente do foco em singles de muitas bandas mais novas.
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