RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas

imagemA diferença entre Marty Friedman e Kiko Loureiro, segundo Dave Mustaine

imagemA pessoa que conduziu a saída de Renato Rocha da Legião Urbana

imagemShow do Mayhem é cancelado com a banda no local; produtor da turnê se pronuncia

imagemRafael Bittencourt diz que tipo de metal do Angra não é o mais popular entre metaleiros

imagemO dia que Ozzy foi encontrar Slash e acabou sendo jogado pra fora de bar por segurança

imagemPitty posta foto, ganha elogios de Sandy e fãs sonham com feat

imagemAs duas bandas "de Metal" que derrotaram o Metallica nas buscas do Google

imagemAs 10 piores músicas de metal do mundo, segundo inteligência artificial ChatGPT

imagemOzzy Osbourne escolhe a pessoa mais divertida com quem tomou uns gorós

imagemDave Mustaine conta o que mais o deixou enfurecido quando foi expulso do Metallica

imagemO sufoco que Derrick Green passou em uma pizzaria ao se mudar pro Brasil

imagemFãs reclamam que Wolfgang Van Halen usa seu sobrenome: “Queriam Wolfgang AC/DC?”

imagemIvar Bjørnson relembra convite irrecusável e trisal do Peter Steele

imagemVocalista do Cro-Mags afirma: "não há nada mais punk rock do que não comer carne"

imagemTodas as músicas do Iron Maiden, da pior para a melhor, segundo lista do Loudwire


Udo Dirkschneider: mais do que um disco de covers, uma história de vida musicada

Por Mário Pescada
Postado em 15 de dezembro de 2022

Nota: 8

Gosto da ideia de discos de covers. Vejo como uma boa maneira de saber quem influenciou nossas bandas favoritas, de conhecer algumas delas, comparar as versões, etc. Há sim discos que são verdadeiros caça-níqueis, feitos só para levantar um troco, encerrar contratos com gravadoras ou mesmo para colocar o grupo em evidência diante de um hiato criativo. Mas, "My Way" (2022), último lançamento do baixinho UDO DIRKSCHNEIDER, é mais do que um disco de covers, é uma história de vida musicada.

Bruce Dickinson

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Produzido em diversos locais durante os meses de maio e setembro de 2021, ainda nas restrições impostas pela pandemia, o disco é um balanço da sua vida, tanto pessoal, quanto profissional. Um álbum tão pessoal que não saiu pelo U.D.O. ou pelo DIRKSCHNEIDER & THE OLD GANG, mas no seu próprio nome.

Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Seus mais de quarenta anos de estrada foram representados em dezessete faixas - algumas de artistas previsíveis, outras inimagináveis de estarem ali. Os artistas foram escolhidos por possuírem alguma relação profunda em sua carreira ou vida pessoal, e foi esse o gancho que deixou o disco especial.

A maioria das faixas são da década de 70, quando UDO DIRKSCHNEIDER tinha seus vinte e poucos anos (em abril desse ano ele completou 70 aniversários). Ou seja, músicas que estavam formando sua personalidade e pavimentando seu caminho para o sucesso que viria no final da década, quando surgiu o ACCEPT.

Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Quem só ouvir o disco, sem ter acesso ao seu recheado encarte, vai perder boa parte do significado emotivo do disco. Sua primeira metade seria da gratidão: de forma sucinta, UDO conta um pouco da sua história de vida, fala dos seus pais (o pai não queria que ele seguisse a carreira de músico), relembra diversas pessoas que passaram pelo seu caminho, agradece aos fãs, seus colegas e ex-colegas de ACCEPT e U.D.O. (apesar de algumas tretas passadas, seu texto é sem ironias ou rancores, a foto do ACCEPT tocando no festival Monsters Of Rock de 1984 é muito emblemática).

A segunda parte do encarte, é mais interessante ainda: para cada faixa escolhida (exceto "My Way"), há uma nota pessoal do porquê da sua escolha, qual a importância dela sua vida, as memórias, etc. Sem deixar de reconhecer a importância de outros grupos (sendo que alguns destes eram concorrentes na época por público e gravadoras), ele não poupa elogios para DIO (a pessoa mais querida do meio musical que já vi), LEMMY KILMISTER (o cara), FRANKIE MILLER, QUEEN e ao SCORPIONS - devidamente creditados como os responsáveis por abrirem as portas para o rock/metal alemão, incluindo aí, para o próprio ACCEPT.

Quanto a faixa "My Way" (creditada a FRANK SINATRA pela versão, não autoria) ser a única não comentada, em um primeiro momento pode até soar estranho, mas quando você lê sua letra (faça isso!), as coisas ficam óbvias, já que ela é autoexplicativa. Vai ter muitos pais de headbangers felizes ao ouvirem essa versão.

Apesar do ecletismo entre os artistas, que vai de TINA TURNER a AC/DC, as versões ficaram bem equilibradas. "Faith Healer", já coverizada pelo THE CULT e HELLOWEEN, ficou ótima; "Sympathy" ganhou mais peso nas bases e solo de guitarra; "Man On The Silver Mountain", um pouco mais acelerada e com mais órgãos que a original, deixaria o também baixinho DIO satisfeito; "No Class" é bem fiel a original; "The Stroke" poderia entrar tranquilamente nos seus setlists futuros; "T.N.T." me fez pensar o quão bom seria se UDO tivesse assumido os vocais do AC/DC alguns anos atrás; "Jealousy" é uma bonita balada, cantada com o coração e "Kein Zurück", primeira vez que UDO grava uma música em seu idioma, é outro ponto alto.

Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Uma série de convidados dão as caras no disco: o filho Sven Dirkschneider (bateria), os ex-ACCEPT Peter Baltes (baixo) e Stefan Kaufmann (guitarra), além de membros e ex-membros do U.D.O., do DIRKSCHNEIDER & THE OLD GANG, mais outros músicos de apoio.

"My Way" (2022) desembarca no Brasil pela Shinigami Records (que também tem no catálogo diversos outros títulos do U.D.O. lançados por aqui) em parceria com a Atomic Fire Records.

Confira "My Way" (2022) na íntegra

Faixas:

01 Faith Healer (ALEX HARVEY)
02 Fire (CRAZY WORLD OF ARTHUR BROWN)
03 Sympathy (URIAH HEEP)
04 They Call It Nutbush (TINA TURNER)
05 Man On The Silver Mountain (RAINBOW)
06 Hell Raiser (THE SWEET)
07 No Class (MOTÖRHEAD)
08 Rock And Roll (LED ZEPPELIN)
09 The Stroke (BILLY SQUIER)
10 Paint It Black (THE ROLLING STONES)
11 He’s A Woman, She’s A Man (SCORPIONS)
12 T.N.T. (AC/DC)
13 Jealousy (FRANKIE MILLER)
14 Hell Bent For Leather (JUDAS PRIEST)
15 We Will Rock You (QUEEN)
16 Kein Zurück (WOLFSHEIM)
17 My Way (FRANK SINATRA)

Bruce Dickinson

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp

UDO e Tim Ripper Owens em Porto Alegre tocando só músicas de suas antigas bandas

Accept: Udo está cansado de comparações


publicidadeAdemir Barbosa Silva | Alexandre Faria Abelleira | André Silva Eleutério | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Daniel Rodrigo Landmann | Décio Demonti Rosa | Efrem Maranhao Filho | Euber Fagherazzi | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Filipe Matzembacher | Gabriel Fenili | Henrique Haag Ribacki | José Patrick de Souza | Julian H. D. Rodrigues | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Reginaldo Tozatti | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Vinicius Valter de Lemos | Wendel F. da Silva |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Mário Pescada

Mineiro, leitor compulsivo, ouvinte de todas as vertentes do rock - do blues ao grindcore. Valoriza mais a honestidade e entrega em cima do palco do que a técnica. Guarda os flyers dos shows que vai como se fossem relíquias.
Mais matérias de Mário Pescada.