Tom Morello responde sobre comparações do R.A.T.M. com o Public Enemy
Por André Garcia
Postado em 10 de fevereiro de 2023
O Rage Against the Machine surgiu no começo dos anos 90, logo se destacando por não seguir as tendências, ao invés disso fazendo um inconfundível e contagiante rap rock politicamente engajado.

Em 1993, então aos 29 anos, o guitarrista Tom Morello caía na estrada para promover o álbum de estreia da banda, autointitulado. Entre um show e outro, ele deu uma entrevista para o crítico musical Marc Allan, disponível no YouTube pelo canal The Tapes Archives. Entre outras coisas, o guitarrista falou sobre às acusações de que o R.A.T.M. não passava de "um Public Enemy para os brancos".
"[Risos] Eu não diria isso. Certamente não restringiria a garotos brancos, nosso público é bem etnicamente diverso. Mas nós, de fato, abordamos algumas das mesmas injustiças e problemas que o Public Enemy aborda, só que abordamos com guitarra. Quando tocamos com eles, dois terços da plateia era branca, na maioria dos shows. O discurso direto é uma das coisas que temos bastante em comum."
"Como tocamos com agressividade, uma música voltada para o punk, é inevitável que parte da plateia vai ter a pele mais clara, mas nós jamais nos limitamos a isso. Até pela diversidade étnica da própria banda, e a diversidade musical que vem de gêneros que não são brancos. Fizemos todo o esforço para ter um público de influências tão diversas quanto as nossas."
"Sempre tivemos a intenção de não nos restringir a pregar para convertidos, e que alcançar as pessoas e expor elas a novas ideias é algo muito importante. Algumas daquelas pessoas vão levar algo consigo, outras não, isso é algo do qual não temos controle. Mas alcançar essas pessoas é muito importante."
"Eu era um garoto do subúrbio, e na minha loja de discos local não tinha nada que eu pudesse escolher. Minhas escolhas eram limitadas basicamente ao espectro musical de Kiss a Fleetwood Mac e Donna Summer e só — não tinha um Minor Threat! Não tinha nada daquilo até anos mais tarde, [quando] The Clash e Sex Pistols furaram a bolha. Por isso, é nossa intenção alcançar os garotos e garotas inconformados por aí. E começar a nos organizar, que é o que estamos fazendo."
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