Metallica e os óbvios motivos de um novo "Master of Puppets" nunca mais acontecer
Por Bruce William
Postado em 09 de abril de 2023
Saiu na BBC: nos créditos do terceiro álbum do Metallica, "Master Of Puppets", a banda agradece três de suas maiores inspirações: a cerveja Carlsberg, a vodka Absolut e o Alka-Seltzer (mais conhecido como Engov ou Sonrisal no Brasil). Naqueles tempos, a filosofia da banda era "enfrentar o mundo e beber toda a sua bebida", e eles meio que deixavam um rastro de destruição em todos os lugares onde tocavam.
"A gente começava a beber assim que acordava. A gente tocava por volta das três da tarde e depois tínhamos oito ou nove horas seguidas para beber", disse o baterista Lars Ulrich em declaração de 2003 onde ele falava sobre a turnê do "Monsters Of Rock" que fizeram com o Van Halen em 1988. "Há fotos nossas no topo do Tampa Stadium com as calças arriadas, mostrando tudo para todos. Eram quatro horas da tarde e a gente já estava caindo de bêbado. Foi terrível retornar para algumas daquelas cidades depois, pois havia pais, mães, maridos e namorados procurando por mim", disse o vocalista James Hetfield. E o detalhe é que ele não sabia o motivo, pois os excessos praticamente enterraram as suas lembranças daquela infame turnê.
Na época, a banda ainda estava muito abalada pela morte de seu baixista Cliff Burton em um acidente de ônibus em 1986. Embora tenham seguido em frente, seu luto foi enterrado sob abuso de substâncias e relacionamentos disfuncionais. Em 2004, James Hetfield entrou em reabilitação para tratar de suas dependências. O resto dos integrantes do Metallica também levam uma vida bem diferente atualmente. "Aqueles dias de surtar à noite inteira e ver o sol nascer ficaram para trás", diz Ulrich via telefone, que confessa ter trocado a cerveja e a vodka por algo bem mais tranquilo: chá. "Tenho uma garrafa e uma xícara bem na minha frente, ao alcance da minha mão" diz, entre risos.
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