Rick Rubin sobre o diferencial da música do Slayer: "Tem um groove, quase funky"
Por André Garcia
Postado em 01 de abril de 2023
Há bandas que se tornam sinônimo de um gênero: Soundgarden é sinônimo de grunge; Pink Floyd é sinônimo de rock progressivo; Ramones é sinônimo de punk… Há também aquelas bandas que parecem não realmente se encaixarem em gênero algum — parecem ser seu próprio gênero: Frank Zappa, INXS, R.E.M., Motörhead, Slayer...
Embora tenha surgido na cena thrash metal, ao lado de Metallica, Megadeth e Anthrax, não dá para aplicar o rótulo ao Slayer sem o restringir ou simplificar. É mais adequado dizer que Slayer e Slayer, e ponto final.
Uma das figuras que melhor conhecem a banda nesse mundo é o produtor Rick Rubin. Colaborador de longa data de Kerry King, Tom Araya e companhia, produziu "Reign in Blood" (1986), "South of Heaven" (1988) e "Seasons in the Abyss" (1990) — além de ter co-produzido ou assinado a direção executiva de álbuns como "Divine Intervention" (1994), "Diabolus in Musica" (1998) e "God Hates Us All" (2001).
Em entrevista para a Revolver Magazine, Rubin contou o que ele considera ser o ingrediente secreto que diferencia o Slayer das demais bandas de metal.
"As duas coisas que acho mais fascinantes no Slayer são que, diferentemente de qualquer outra banda de speed metal que eu possa pensar, a música do Slayer tem groove, os ritmos são quase funky. Ritmicamente, a música deles parece mais derivar do Led Zeppelin e AC/DC do que Iron Maiden — o que é inesperado, já que não há referência a blues nas músicas. A outra coisa é a natureza avant-garde e atonal dos solos de guitarra: o Slayer reinventou como uma guitarra poderia ser tocada."
O último álbum do Slayer foi "Repentless" (2015). De maio de 2018 a novembro de 2019, a banda realizou sua turnê de despedida, fazendo 147 shows ao redor do mundo.
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