A crítica de Lobão ao sertanejo que seria feito pela bancada ruralista para lavar dinheiro
Por Gustavo Maiato
Postado em 28 de maio de 2023
Lobão é um músico brasileiro conhecido por sua carreira na indústria do rock, mas também se destaca por sua relação com a política. Ele se posiciona como um crítico ferrenho dos governos e das instituições políticas brasileiras, sendo um defensor do liberalismo econômico e da liberdade de expressão.
Durante participação no podcast Inteligência Ltda., Lobão comentou um pouco sobre política e a suposta relação com o sertanejo.
"No Brasil, tem essa alternativa podre e horrorosa que é o sertanejo. A esquerda tem um trunfo aí, porque a produção artística do sertanejo bolsonarista é um cocô em pasta. A estética bolsonarista é cafona, um mau-gosto que fede. O petismo virou algo doutrinário e quem era da Lei Rouanet ganhava. Era um assistencialismo ideológico. Eu estava criando uma revista na época e no início dos anos 2000 o rock desapareceu. Você pega a Nova MPB, são um monte de mumiazinhas cantando um sub-Caetano.
É uma porcaria, mas é ideológico. Isso acaba com uma cultura, você não consegue proliferar uma manifestação plural. Você tem que seguir a narrativa. Em contrapartida, tem esse cocô movediço que é o sertanejo. Eu adoro música sertaneja raiz, mas isso que tem aí é um sub-pop escatológico sem pé nem cabeça. É feita para latifundiário, para lavar dinheiro. Existem hipóteses, mas não tenho provas, de que a bancada ruralista são todos donos de rádio. Ou você é evangélico ou sertanejo, então você tem os meios de comunicação na mão e tem lavagem de dinheiro da bancada ruralista. Aí começa a bancar duplas sertanejas. Tem o dinheiro que vem ilícito, os meios de comunicação e os peões, que são os artistas. Você forma um show business aí. A Som Livre agora é só sertanejo e evangélico", afirmou.
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