Por que marqueteiro brasileiro que vendeu mais que esperado levou bronca do Simple Plan?
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de maio de 2023
Pode ser estranho você levar bronca por entregar mais do que o proposto inicialmente no seu trabalho, mas esse foi o caso de Marcelo Maia, que na época trabalhava no marketing da Warner.
O episódio foi contado por ele ao podcast Corredor 5, apresentado por Clemente Magalhães, no YouTube.
"As reuniões de marketing costumavam ter 30 pessoas. Já vi muitos mudarem a vida de artistas dessa forma. Teve uma vez que o Simple Plan estava na Warner e queria fazer promoção no Brasil. Teria um show aqui. Quando se traz um artista internacional é mais simples fazer o básico para não ter problema com o exterior.
Tem que ser um show num lugar que todos já tenham feito. Queriam fazer no Hard Rock Café, no Rio. Aí, um cara falou: ‘Vocês são uns palha. Tem que levar eles para o Metropolitan’. Hoje, é o Qualistage. Todo mundo viu que isso daria muito trabalho. Todo mundo votou no básico, mas eu acreditei nessa pessoa, que era o Wagner Viana. Foi numa terça-feira chuvosa e deu 9 mil pessoas na casa! Pagantes! Foi uma das maiores broncas que tomei de um empresário de artista internacional. As 9 mil cantaram as músicas do primeiro álbum, que nem tinha sido lançado no Brasil ainda. Cantaram todas do segundo disco também.
Algumas rádios começaram a tocar músicas do primeiro disco! Estragou nosso trabalho de promoção. Eles não entenderam como podia ter tanto sucesso sem ter nem lançado o primeiro disco. Isso é importante falar. Foram os primeiros sintomas da internet. Os primórdios dos sites de download e tudo mais. Aqui no Brasil, podíamos ter acesso imediato a música lá fora. Ninguém estava ligado nisso. Era tudo novo".
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