A banda de rock que lidera vendas de vinil de segunda mão, segundo a OLX
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de julho de 2023
Estudo realizado pela OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online de itens usados e seminovos do país, para comemorar o Dia do Rock, celebrado na última quinta, 13, aponta que a banda britânica Queen lidera o ranking de discos de vinil mais vendidos, anunciados e procurados entre janeiro e maio deste ano por meio do marketplace da marca.
O levantamento elencou os ícones roqueiros mundiais, cujas "bolachas" são destaque na plataforma no período. O pódio das vendas é completado por The Beatles, em segundo lugar, e Elvis Presley, em terceiro. Em quarto, temos um brasileiro: o exagerado Cazuza. Já a rainha do rock, Rita Lee, que nos deixou recentemente, é a estrela do rock brasileiro com mais LPs procurados e anunciados na OLX.
"Essas bandas e cantores icônicos são um exemplo da força da cultura do vinil, que une gerações. Adquirir ou anunciar esses produtos, que podem ser verdadeiros tesouros de colecionador, é uma ótima oportunidade para celebrar grandes trabalhos, além de ser uma fonte de renda complementar", afirma Regina Botter, Diretora Geral de Autos, Goods e Produtos da OLX Brasil.
O estudo avaliou que os LPs de Renato Russo e da Legião Urbana estão com menor preço médio entre janeiro e maio deste ano em relação ao mesmo período de 2022: R 300. É cerca de metade do valor médio do ano passado, quando custava R 560.
The Beatles e Cazuza também tiveram quedas nos preços dos discos, ainda que menores em porcentagem. Por outro lado, os álbuns de Rita Lee foram os que mais tiveram valorização (de R 30 para R 80), seguido por Queen e Elvis.
Pouca gente que compra efetivamente ouve discos de vinil
Em reportagem recente, mostramos que embora os vinis estejam na moda, é curioso que pouca gente que compre efetivamente ouça o disco.
"O relatório Top Entertainment Trends for 2023 mostrou que 50% dos consumidores que compraram vinil nos últimos 12 meses não possuem um toca-discos, o que significa que, na prática, muito provavelmente não têm como escutá-los. Isso sugere que os discos se tornaram mais um objeto colecionável do que um produto destinado à audição.
Uma pesquisa de 2016 da ICM também descobriu que 41% dos compradores de vinil possuíam um toca-discos, mas não o usavam, enquanto outros 7% disseram que não tinham um toca-discos em casa. Isso também pode indicar que muitas pessoas compram vinil para guardar como um objeto de coleção e também para apoiar o artista, mesmo que não tenham como ouvi-los.
Os números da pesquisa da Luminate também mostram que apenas 15% dos amantes de música em geral possuem um toca-discos, enquanto 31% da Geração Z gostaria que os artistas fornecessem mais opções de merchandising. Além disso, as pessoas que gostam de rock são cerca de 8% mais propensas a comprar e ouvir discos de vinil, enquanto membros da comunidade LGBTQ+ têm 25% mais chances de usar um toca-discos.
Em 2022, a venda de discos de vinil superou pela primeira vez desde 1987 a venda de CDs nos Estados Unidos, de acordo com a Luminate. O sucesso do vinil pode ser atribuído ao fato de que os super fãs estão alimentando a cultura de comprar para possuir em vez de comprar para ouvir, como explicou Rob Crutchley, do grupo britânico da indústria de comércio de música BPI, em uma entrevista de 2020 ao The Times", diz o texto.
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