"Nós não perdemos nada. E perdemos tudo", diz Andreas Kisser sobre saída de Max do Sepultura
Por Mateus Ribeiro
Postado em 09 de setembro de 2024
A lendária banda brasileira passou por um período muito complicado no final de 1996, quando o guitarrista/vocalista Max Cavalera anunciou que estava fora do grupo. A turbulenta saída de Max Cavalera foi motivada por divergências com os outros integrantes do Sepultura, incluindo o seu irmão, o baterista Iggor Cavalera.
O guitarrista Andreas Kisser falou sobre a saída de Max Cavalera do Sepultura durante entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo. Kisser foi convidado a citar o que foi perdido depois que Max saiu do quarteto.
"Cara, eu nunca pensei nesse aspecto do que perdi ou o que ganhei. Porque (...) você pode fazer ‘Refuse/Resist’, pode fazer ‘Territory’, ‘Roots’, ok. Entre aspas, qualquer um pode fazer. Já tá feito, já tá gravado, já tá direcionado, já tem a letra. Mas com o Derrick não, a gente começou do zero (...). Primeiro, o cara não necessariamente teria que tocar guitarra, só porque o Max tocava. Tanto é que o Derrick [Green, vocalista do Sepultura] não toca guitarra. No começo ele até tocava um pouco, uma música ou outra, mas não era a dele.
Não faz sentido essa coisa de perda e reposição. Se você tá no sentido de perder (...), cara você vai tá sempre querendo colocar um negocinho ali em relação ao Max, que não tá mais ali. Então, nós não perdemos nada. E perdemos tudo. E dali a gente começou do zero", comentou Andreas, como pode ser visto no player a seguir.
Max Cavalera fundou o Sepultura e permaneceu no grupo até 1996. Enquanto fez parte do Sepultura, ele gravou os álbuns "Morbid Visions", "Schizophrenia", "Beneath The Remains", "Arise", "Chaos A.D." e "Roots". Depois que saiu do Sepultura, Max fundou o Soulfly, que é sua banda principal até hoje. O frontman também é integrante do Cavalera Conspiracy, do Killer Be Killed e do Go Ahead And Die.
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