Entediante e chata, diz Tuomas, do Nightwish, sobre forma como é feita a música Pop
Por Bruce William
Postado em 01 de outubro de 2024
Formada em 1996 por Tuomas Holopainen, o guitarrista Emppu Vuorinen e a vocalista Tarja Turunen, a banda finlandesa de Metal Sinfônico Nightwish se destacou, desde o início, pela fusão de elementos de Metal com arranjos orquestrais e vocais líricos, que juntos colaboraram para criar uma sonoridade única. Seus dois primeiros álbuns, "Angels Fall First" (1997) e o sucessor, "Oceanborn" (1998), apresentaram a banda à cena do metal europeu, mas foi com "Wishmaster" (2000) e "Century Child" (2002) que o Nightwish consolidou sua fama internacional. Ao longo dos anos, passaram por mudanças importantes na formação, incluindo a saída de Tarja em 2005 e a entrada de novas vocalistas, mas mantiveram seu status como uma das maiores bandas de metal sinfônico do mundo.
Os álbuns do Nightwish são conhecidos por suas longas e elaboradas composições, com destaque para temas épicos e narrativas densas. Canções como "Ghost Love Score", "The Poet and the Pendulum" e "The Greatest Show on Earth" exemplificam a complexidade e a profundidade das composições de Tuomas Holopainen. A banda não se prende ao formato convencional de músicas curtas voltadas para o rádio, muitas vezes criando faixas que ultrapassam os dez minutos, com estruturas mais próximas a uma ópera ou sinfonia. Cada álbum carrega uma atmosfera própria, como o mais melódico "Once" (2004) ou o conceitual "Imaginaerum" (2011), oferecendo ao ouvinte uma experiência musical rica e envolvente.
E foi justamente sobre essa habilidade de escrever músicas longas que Tuomas falou durante conversa com Benni, da Thomann Music: "Estamos fazendo as coisas dessa maneira há quase 28 anos, então por que diabos mudaríamos algo agora?", disse o músico, conforme transcrição feita pelo Blabbermouth.
"Mas, sim, é realmente tedioso para mim que você tenha que fazer uma música com menos de quatro minutos o tempo todo, sendo obrigado a ter um refrão, ter que falar sobre a vida amorosa de alguém ou relacionamentos interrompidos", prossegue Tuomas. "Isso é entediante e chato para mim. Há um momento e um lugar para essas músicas também, mas se você tem uma história que quer contar, e ela precisa de tempo para ser contada de maneira adequada, você simplesmente leva o tempo que for necessário, e a música dura o quanto [for] necessário. Simples assim."
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