Shinoda conta como era trabalhar com Chester Bennington: 'Eu dava ideias e ele as trazia à vida"
Por Ricardo Bellucci
Postado em 03 de novembro de 2024
A sinergia entre membros de uma banda não é tão simples de ser formada. Não se sabe ao certo o motivo, mas quando há química, as coisas acontecem. Segundo relatos de Mike Shinoda, era o seu caso com Chester Bennington, no Linkin Park. Essa questão foi aborda em um episódio oficial recente do podcast do Linkin Park. Falando com a nova vocalista, Emily Armstrong, Shinoda comentou a facilidade com que ele conseguia compor músicas ao tocar com Bennington, que era capaz de criar coisas grandes a partir de ideias simples. (transcrito por Ultimate Guitar)
"Eu podia alimentá-lo com ideias, e ele conseguia então trazê-las à vida como ninguém mais. Era incrível isso. Eu não tinha tido tanta experiência com mais ninguém assim, certo? Então eu estava tipo, ‘é assim que é ter um cantor realmente bom que você pode dizer, 'Ei, que tal isso? Aqui está uma ideia’ E eles tentam, fazem e então vocês dois dizem: ‘Isso tá ótimo!'"
"Quando comecei a trabalhar com outras pessoas, percebi que é muito mais difícil de encontrar essa capacidade, isso é algo incomum. Eles são realmente bons em cantar, e acho que sei como escrever uma letra. E então nos reuníamos, e fazíamos isso. Há outras pessoas na sala, todos são bons no que fazem. E ainda assim, a coisa que fizemos é diferente, e é ótima. É um B+."
Shinoda continuou explorando os problemas que surgem quando a poeira baixa após uma sessão de composição.
"No começo, qualquer um que escreve uma música, enquanto você a escreve, você a ama, sabe. E então no dia seguinte, ou alguns dias depois, você pensa, 'Tem muitos problemas. Tem alguma coisa faltando. Não sei o que está faltando?'"
"Com o tempo, comecei a perceber que há algo mais aí. Há alguma coisa desconhecida que você não pode quantificar. Você não pode medi-la, não pode planejá-la. Ela simplesmente... Ou está lá ou não está. E foi isso que acabamos procurando, mais do que qualquer coisa."
Essa sinergia simplesmente está lá, latente, e boom acontece. Isso somente demonstra a capacidade única, o talento raro que Chester possuía.
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