A diferença entre ser produzido por Bob Rock e Rick Rubin, segundo Kirk Hammett
Por André Garcia
Postado em 19 de março de 2025
O Metallica surgiu na primeira metade dos anos 80 como um dos grandes representantes do rápido e feroz thrash metal. Na década seguinte, entretanto, eles deram uma guinada para um som mais pop e acessível, mirando um público maior e mais diverso do que a galera de cabelo grande com camiseta preta com estampa de banda.
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A sonoridade da versão noventista do Metallica se deveu em muito ao produtor Bob Rock — que era especialista em tornar bandas nichadas mais palatáveis às massas.
Em 2008, na hora de gravar seu 9º disco, "Death Magnetic", o Metallica rompeu com Bob e escolheu trabalhar com o premiadíssimo e cultuado Rick Rubin.
Conforme publicado pela Alternative Nation, em entrevista de 2008 para a MTV News o guitarrista Kirk Hammett contou como foi a experiência:
"A melhor coisa de trabalhar com Rick [Rubin] é que ele nunca está por perto. Eu diria que esse é um ponto muito forte, pois permite a nós quatro assumir toda a responsabilidade do trabalho e do planejamento que envolve o processo de composição e o processo de gravação. É claro que Rick estava presente em parte desse processo (quando gravamos a bateria e os vocais) mas o fato de estarmos isolados em nosso estúdio, trabalhando nas músicas por conta própria, fez uma grande diferença, porque manteve nosso som puro. Conseguimos mais [soar como] Metallica assim do que antes com Bob Rock."

"Bob acrescentava muitas de suas próprias contribuições musicais e, com isso, vieram muitas de suas próprias influências, estilo, jurisdição e idiossincrasias. E aquilo acabava entrando em nosso som. Mas com Rick, como ele não estava lá, é quase 100% Metallica puro. Ele chegava e dizia: 'Isso é bom, isso não é, muda aquilo'. E era a gente que tinha que descobrir o que fazer por nós mesmos. ['Death Magnetic'] é o som mais puro que já tivemos em um longo tempo."
Se o Metallica se deu bem com o estilo "ausente" de Rick Rubin trabalhar, o mesmo não pode ser dito sobre o Slipknot.
O Slipknot teve como produtor Rick Rubin no "Vol. 3: (The Subliminal Verses)", de 2004. E na época o vocalista Corey Taylor detonou o barbudo como sendo um produtor "superestimado e excessivamente remunerado".
Conforme já publicado aqui no Whiplash.Net, ele disse:
"Rick Rubin aparecia por 45 minutos por semana. Rick Rubin deitava no sofá, e traziam um microfone até seu rosto para que ele não precisasse se mexer. Daí ele dizia 'Toca para mim'. Ele ficava de óculos escuros o tempo todo. Eu respeito o que Rick Rubin fez, mas ele hoje é uma sombra do que ele já foi. Ele é superestimado, é excessivamente remunerado, e eu nem f*dendo vou trabalhar com ele de novo enquanto eu viver."

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