O álbum clássico do metal brasileiro que mistura thrash, death e black metal
Por Mateus Ribeiro
Postado em 19 de março de 2025
Na ativa desde a década de 1980, o músico brasileiro Max Cavalera é o maior ícone da história do metal nacional. Guitarrista e vocalista das bandas Soulfly, Cavalera Conspiracy, Killer Be Killed, Go Ahead and Die e Nailbomb, ele tornou-se mundialmente famoso por ter fundado o Sepultura.
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Max fez parte da última banda citada no parágrafo anterior de 1984 até dezembro de 1996. Enquanto integrou o Sepultura (que contou com seu irmão, o baterista Iggor, por 22 anos), o frontman ajudou a colocar o Brasil no mapa do metal mundial e gravou trabalhos que se tornaram clássicos da porradaria sonora. Um desses discos é "Schizophrenia".

Lançado em 1987, "Schizophrenia" é o segundo álbum de estúdio do Sepultura, o primeiro deles registrado pelo guitarrista Andreas Kisser. Pesado e veloz, o disco em questão foi um dos temas abordados durante recente entrevista que Max concedeu à Decibel Magazine.
Em um ponto da conversa, o entrevistador Chris Dick afirmou que "Schizophrenia" é o trabalho do Sepultura que sua esposa mais gosta. Então, Max fez os seguinte comentários sobre o álbum:
"É um disco de entrada, cara. Percebemos que podíamos misturar black metal, death metal e thrash numa panela e mexer essa panela. O resultado é muito único. Temos a agressividade do black/death e a precisão - o aspecto técnico - do thrash. É muito enérgico e rápido! É isso que eu adoro em ‘Schizophrenia’."

De algum tempo pra cá, Max tem tocado músicas de "Schizophrenia" nos shows que faz ao lado de seu irmão. Segundo o guitarrista/vocalista, os fãs da "nova geração" curtem ouvir essas faixas ao vivo.
"É divertido tocar ao vivo. A geração mais nova que vem aos shows está adorando. Eles nunca nos viram tocar essas músicas ao vivo [como Sepultura]. É muito legal."
Os irmãos Cavalera regravaram "Schizophrenia", "Morbid Visions" (1986) e "Bestial Devastation" (1985). Ao site finlandês Chaoszine (via Brave Words), Max disse que sente orgulho das releituras, lançadas entre 2023 e 2024.

"Estou muito orgulhoso disso. Acho que é uma grande prova do poder daquelas músicas, da época, mas acho que revivê-las nesta regravação é a coisa mais legal de todas.
Fizemos isso com o ‘Morbid Visions’ e com o ‘Bestial Devastation’, e a recepção foi fenomenal. Eu me senti ótimo porque queria revisitar essas músicas e dar a elas o tratamento que elas mereciam; como eu imaginava que elas seriam quando eu era criança, com um estúdio de merda, equipamento de merda. Agora temos os meios à nossa disposição para fazer uma grande gravação, mas não perdemos a brutalidade crua do original. E isso é fundamental, é super importante."
A trajetória de Max no Sepultura foi encerrada durante a tour de "Roots" (1996). Para ler mais sobre a turbulenta separação, leia a nota a seguir.

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