Dave Grohl relembra como descobrir o punk rock fez com que ele formasse uma banda
Por André Garcia
Postado em 21 de maio de 2025
Na minha humilde e tendenciosa opinião, o rock é o maior gênero musical de todos os tempos. Afinal de contas, ele comporta subgêneros tão grandes e relevantes que são maiores que muito gênero por aí, como o rock progressivo, o heavy metal, o grunge… é claro que não pode ficar de fora dessa lista o punk rock.
O punk rock surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos 70 com os Ramones, e não tardou para se espalhar também pela Inglaterra com nomes como Sex Pistols e The Clash. Aquela cena representou uma ruptura com tudo que representava a geração anterior, como a cultura hippie e o rock progressivo.


Musicalmente, entre as principais características do punk estava sua música simples, feita com poucos acordes e muitas vezes por músicos que mal sabiam tocar seus instrumentos. Um dos tipos de música mais divisivos, pode não ter agradado a todos, mas serviu para empoderar muita gente.
São inúmeros os músicos que já disseram que começaram a tocar inspirados pela filosofia faça-você-mesmo do punk. Graças a eles, milhares de pessoas acreditaram que também poderiam fazer música, mesmo sem ser um exímio instrumentista. Dave Grohl foi um deles.

Em vídeo de 2020 para o canal Kennedy Center Education Digital Learning no YouTube, o ex-baterista do Nirvana e frontman no Foo Fighters relembrou:
"Quando eu era mais novo e ouvia os discos dos Beatles, do Led Zeppelin, dos Rolling Stones… aqueles caras pareciam de outro planeta. Eles eram tão tecnicamente proficientes que eu pensava 'Não tem como eu entrar para uma banda porque nunca vou tocar guitarra como Jimmy Page ou Keith Richards.'"
"Mas aí então eu descobri o punk rock — e foi tipo 'Uau, tudo que você precisa são três acordes e um grande coração!' [Você não precisa ser um músico brilhante] só precisa se expressar da forma mais simples possível. E aquilo abriu meu mundo de um jeito [que minha vida nunca mais foi a mesma.]"

"Voltei pro meu bairro, fui falar com os meus amigos de banda e falei: 'Galera, a gente também pode fazer música! Não precisamos mais tocar David Bowie ou The Who. Podemos fazer nossas próprias músicas, e escrever sobre o que a gente quiser!' Mas os caras ficaram tipo 'É… melhor a gente continuar tocando Rolling Stones mesmo…'"
"Aí fui num show e conheci um monte de garotos da minha idade. Eles eram músicos (mais ou menos), e eu também, e então meio que montamos uma banda e começamos a tocar. E com essa atitude faça-você-mesmo, dá pra fazer qualquer coisa."
Grohl relembrou ainda como era importante para um adolescente, com sua personalidade ainda em formação, começar a ouvir rock:
"É uma fase engraçada da vida de qualquer adolescente, porque você está naquela busca por sua própria identidade, tentando descobrir quem você é. Aí você começa [a ouvir bandas de rock e] a se conectar com certas coisas 'Eu sou isso aqui! Isso aqui tem a ver comigo! Não sou aquilo lá, sou isso aqui'."

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