O cara que contribuiu para evolução da bateria no rock e prog, segundo Marco Minnemann
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de agosto de 2025
O power trio The Aristocrats retorna ao Brasil nesta semana para duas apresentações aguardadíssimas: 20 de agosto em Curitiba e 22 de agosto em São Paulo. A turnê divulga o mais recente álbum da banda, "Duck" (2024), e traz de volta ao país o guitarrista Guthrie Govan, o baixista Bryan Beller e o baterista Marco Minnemann, que conversou com o jornalista Marcelo Vieira com exclusividade.

Marco Minnemann e Terry Bozzio
Na entrevista, Minnemann falou sobre a energia da banda no palco, os bastidores da evolução da bateria no rock progressivo, a importância da improvisação e até seus próximos projetos. Para ele, os últimos 20 anos foram de transformação.
"O equipamento evoluiu muito e isso mudou a performance ao vivo. Além disso, a linguagem musical se expandiu. Acho que eu contribuí um pouco para isso, junto com Terry Bozzio, quando passamos a explorar a independência na bateria. Trouxe ideias da minha formação em órgão, como usar os pés e mãos de forma separada, e adaptei para o instrumento."
Ele também observa o impacto da tecnologia: "O metal ficou ainda mais técnico. Hoje há muita programação, clique, backing tracks… e os bateristas tiveram que se adaptar. Não vejo problema: se o público gosta, está valendo. Tudo é questão de gosto."
Apesar da abertura à tecnologia, Minnemann prefere manter a bateria soando de forma orgânica: "Sou mais voltado à composição. Toco guitarra também. Curto sons digitais, mas especialmente na bateria gosto do som aberto, natural. Acho que é pra isso que o instrumento foi feito."
Muitos jovens o veem como referência, e ele deixa uma mensagem clara: "Siga seu coração. Não deixe ninguém te convencer do contrário. Vai sempre ter alguém criticando nas redes sociais, mas foque nas conexões reais. Se você ama o que faz, outras pessoas também vão amar."
Depois de dividir seu tempo entre nomes como Steven Wilson e Joe Satriani, Minnemann resolveu focar no The Aristocrats. "Meu maior desafio hoje é a agenda. Já cheguei a passar apenas dez dias em casa no ano. Decidi reduzir e focar no que realmente faz sentido. The Aristocrats é isso: tocamos nossas músicas, temos público no mundo inteiro, e isso me realiza."
O baterista também adiantou que está finalizando novos trabalhos paralelos: "Tenho lançado músicas faixa a faixa no Bandcamp e estou trabalhando num disco com a cantora japonesa Kotono (ex-Babymetal, Koyai). Também participam a violoncelista Mariko Muranaka, que já tocou com Madonna e Hans Zimmer, o baixista David Pastorius e, claro, o Guthrie Govan, que gravou um solo incrível. A primeira faixa sai nas próximas semanas."
Confira a entrevista completa aqui.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Cinco grandes bandas de heavy metal que passarão pelo Brasil em 2026
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
Barão Vermelho anuncia turnê de reunião com formação clássica, incluindo Frejat
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
O artista que Bob Dylan e Neil Young concordam ter escrito as melhores canções
Dream Theater abre venda de ingressos para turnê no Brasil; confira os preços
O músico a quem Eric Clapton devia desculpas e foi ao show para fazer as pazes
Steve Harris e Bruce Dickinson comentam tour do Iron Maiden pela América Latina
O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"
System of a Down volta à América Latina em maio de 2026
A música dos Beatles que tanto Elvis quanto Sinatra trataram como obra-prima
O New York Times escolheu: a melhor música do ano de 2025 é de uma banda de metal
Adrian Smith comenta mudança de cenários físicos para telas digitais na nova turnê do Maiden
O clássico do Guns N' Roses que Regis Tadeu detesta: "Muito legal, nota três"


The Aristocrats - um show para adoradores da música
O cara que contribuiu para evolução da bateria no rock e prog, segundo Marco Minnemann


