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Para Mikkey Dee, morte de Lemmy Kilmister não deve ser tratada como tragédia
Por Mateus Ribeiro
Postado em 02 de dezembro de 2025
Lá se vai uma década da morte de Lemmy Kilmister. Conhecido por ser baixista, vocalista e líder do Motörhead, o músico inglês faleceu em 28 de dezembro de 2015, poucos dias após completar 70 anos e descobrir que estava com câncer.
De acordo com entrevista que Todd Singerman, ex-empresário do Motörhead, concedeu à Metal Hammer, Lemmy recebeu o diagnóstico de forma surpreendentemente serena. O frontman, inclusive, acabou consolando o manager, que não conteve a emoção diante da notícia.
"Quando o médico estava em casa e nos contou [sobre o câncer], eu chorei ali mesmo. Não consegui conter as lágrimas. E foi o Lemmy quem me consolou."
A mesma reportagem reúne depoimentos dos integrantes da última formação do Motörhead. Para o baterista Mikkey Dee, membro do trio entre 1992 e 2015, a morte de Lemmy não deve ser tratada como algo trágico.
"Em entrevistas, as pessoas diziam: 'É uma tragédia'. Eu respondia: 'Não é uma tragédia'. É triste, mas veja pelo lado bom: Lemmy viveu 70 anos de acordo com seus princípios, do seu jeito."
Phil Campbell, guitarrista do Motörhead por mais de 30 anos, acredita que se Lemmy estivesse vivo, o grupo estaria na ativa: "O que ele estaria fazendo se ainda estivesse aqui? A mesma coisa que sempre fez. Estaríamos tocando no Motörhead. Nunca falamos sobre o fim, sempre falamos sobre o próximo álbum, a próxima turnê, o próximo show, a próxima música. Ainda estaríamos detonando, quer queiramos ou não", pontuou o músico.
Lemmy Kilmister faleceu 17 dias após a realização de seu último show. Por uma infeliz coincidência, o mesmo aconteceu com seu grande amigo Ozzy Osbourne. Leia mais na nota a seguir.
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