Metal sem fronteiras: 5 bandas que redefinem o gênero e expandem horizontes
Por Karen Batista
Postado em 26 de dezembro de 2024
O metal sempre foi um gênero conhecido por sua diversidade, mas algumas bandas vão além, transformando suas trajetórias em jornadas imprevisíveis de inovação. Explorando diferentes gêneros, idiomas e colaborações internacionais, estas cinco bandas são mestres em surpreender e cativar, cada uma à sua maneira.
OPETH: da brutalidade ao progressivo
O OPETH começou como uma banda de death metal sueca, mas ao longo dos anos, expandiu suas fronteiras musicais, integrando elementos do rock progressivo dos anos 70, jazz e música acústica. Com álbuns como "Blackwater Park" e "Ghost Reveries", eles demonstraram uma capacidade única de alternar entre passagens pesadas e melódicas, conquistando uma base de fãs diversificada.
Nos últimos anos, álbuns como "Heritage" e "In Cauda Venenum" marcaram uma mudança ainda mais profunda em direção ao progressivo, deixando para trás os vocais guturais; no entanto, estes retornaram com o lançamento mais recente "The Last Will And Testament" — com direito a flauta de Jon Anderson do JETHRO TULL. Essa evolução contínua mantém o OPETH relevante e sempre imprevisível, desafiando as expectativas de seus fãs.
SEPULTURA: raízes locais e reconhecimento internacional
O SEPULTURA é um ícone do metal brasileiro e mundial, reconhecido tanto por suas origens no thrash e death metal quanto por sua incorporação de ritmos tribais e música nacional. Álbuns como "Roots" e "Chaos A.D." redefiniram o que significa ser uma banda de metal, ao explorar questões sociais e culturais do Brasil.
Já em final de carreira, o SEPULTURA deixa um legado inigualável no metal mundial como uma das bandas mais influentes de todos os tempos.
ENSLAVED: vikings em busca de novos territórios sonoros
Vindo da Noruega, o ENSLAVED começou no black metal, mas rapidamente adotou uma abordagem mais progressiva, explorando mitologia nórdica e temas filosóficos. Álbuns como "Below the Lights" e "E" destacam a habilidade da banda em mesclar peso e melodia com elementos atmosféricos e psicodélicos.
Sua música é tanto uma homenagem às suas raízes culturais quanto uma exploração de novos territórios musicais. Ao longo dos anos, o ENSLAVED se manteve relevante por nunca se prender a uma fórmula, sempre buscando algo novo a dizer e a explorar.
ULVER: do Black Metal ao Avant-Garde
O ULVER é uma das bandas mais camaleônicas da cena do metal. Começando no black metal atmosférico com "Bergtatt", eles rapidamente abandonaram o gênero para se aventurar no trip-hop, ambient e música eletrônica. Obras como "Perdition City" e "The Assassination of Julius Caesar" exemplificam essa transformação ousada.
Com uma abordagem artística que transcende o metal, o ULVER é uma banda que se recusa a ser categorizada. Suas colaborações e experimentações garantem que cada novo lançamento seja uma surpresa, consolidando-os como pioneiros na música experimental.
THE CRYPT: metal colaborativo, poliglota e multinacional
A banda americana THE CRYPT é um exemplo genial de como o metal pode se reinventar. Com álbuns que variam entre death metal, acústico e eletrônico, eles incorporam uma abordagem verdadeiramente multinacional, cantando em múltiplos idiomas e colaborando com músicos de diversas culturas.
Em fevereiro de 2025, a banda lançará "Lux Libera Me", um álbum que contará com 10 faixas cantadas por mulheres de diferentes países, incluindo a participação especial de uma cantora brasileira em uma faixa em português. Essa combinação de inovação e espírito colaborativo faz do THE CRYPT uma banda que desafia as convenções e continua a surpreender fãs ao redor do mundo.
Em suma, essas bandas mostram que, apesar dos hábitos arraigados de muitos metaleiros, ainda há espaço para experimentação e ousadia no metal, seja vinda de nomes com reconhecimento mundial, como de bandas que ainda lutam por um espaço ao sol na cena metálica internacional.
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