Doro Pesch: "Heavy Metal para mim significa liberdade"
Por Mateus Tozzi e Felipe Augusto Rosa Miquelini
Fonte: Metalshrine
Postado em 22 de fevereiro de 2009
O web site Sweden´s Metalshrine conduziu em fevereiro de 2009 uma entrevista com a rainha alemã do Metal DORO PESCH, que falou, dentre outras coisas, sobre sua paixão pelo gênero.
Metalshrine: Como é comemorar 25 anos (como uma cantora de Heavy Metal)?
Doro: "Oh, cara... vou te dizer... Eu não consigo acreditar. O tempo voou. Eu ainda me lembro de quando tive minha primeira banda e o tempo passou tão rápido. Eu definitivamente tenho grandes memórias e eu nunca pensei que isso seria tão empolgante. Nós acabamos de comemorar meu 25º aniversário na minha cidade natal, em Düsseldorf, Alemanha e tivemos muitos convidados e muitos convidados do passado e dos anos oitenta. E um dos pontos altos, nós fizemos algo como uma pequena reunião dos membros do WARLOCK e algumas vezes eu me viro e olho para o meu baterista e lembro de quando ele entrou na banda e tinha 15 anos e agora ele é um homem crescido e sua filha atualmente tem 15 anos. É tão maravilhoso!"
Metalshrine: Eu acho que as coisas ficaram melhores do que você imaginava quando começou, certo?
Doro: "Você sabe, quando começamos nós só queríamos fazer música. Na verdade, quando eu tive minha primeira banda, a palavra heavy metal nem era conhecida. Pelo menos nós não sabíamos sobre isso e não existia nenhuma revista, então alguns anos depois surgiram os primeiros fanzines. Alguns fãs estavam sempre ouvindo quando estávamos ensaiando e alguns diziam: 'Vocês são uma banda de heavy metal?' e nós dizíamos 'Sim, isso soa legal!' Eu acho que fomos realmente sortudos de estar na hora certa no lugar certo e para mim, o metal sempre significou liberdade. Fazer tudo que você quer fazer com força total e energia. Eu adoro coisas 'hardcore' e coisas 'die hard', mas eu adoro hinos e coisas melódicas, então isso sempre significou liberdade. Eu sempre tentei fazer meu melhor e eu nunca pensei que sobreviveríamos tanto tempo".
Doro: "Depois que fizemos o segundo álbum, 'Hellbound'... foi tão difícil fazer levou mais ou menos um ano, foi tão doloroso e eu estava tão exausta que disse que nunca mais gravaria um álbum na minha vida e agora estou na gravação número 17. Eu acho que o que não tem mata te deixa mais forte".
Metalshrine: Desde o começo que você se interessou por metal? Teve alguns discos especiais que você comprou ou descobriu quando era mais jovem? O que realmente te levou à cena metal?
Doro: "Eu me lembro que meu primeiro concerto foi o WHITESNAKE em 1980 e foi maravilhoso, David Coverdale era um deus. Ele era tão bom! Então eu pensei que todo concerto seria como esse mas não foram. A próxima banda que vi, eu ainda estava trabalhando e a única com carro, então eu sempre tinha que buscar todo mundo e estávamos atrasados... Eu era uma grande fã do JUDAS PRIEST e eu tinha um disco do Priest em casa, mas nessa época não havia revistas... então entramos no show e todo mundo estava enlouquecendo e era ótimo, então eu virei para o meu guitarrista e disse 'É tão inacreditável!', e ele disse 'Hey, esse não é o Priest!' Eu disse: 'Sério?', e era o ACCEPT. Eles detonaram e então veio o Priest e eles foram inacreditáveis também, mas aí eu me tornei uma fã do ACCEPT também".
"Eu me lembro de quando saiu nosso primeiro disco, 'Burning the Witches', algum promotor nos perguntou se queríamos tocar na Holanda ou Bélgica, eu não me lembro do clube mas lembro do local do show e foi bem legal, talvez umas duzentas pessoas. Ele disse, 'Bem, outra banda vai tocar e eu acho que vocês combinam com eles. Vocês querem tocar?' Nós dissemos 'Sim!' e ele disse, 'A outra banda é da América e são bem novos'. Então fizemos o show e foi ótimo, teve tanta energia e foi louco, com stage diving comendo solto. Depois que tocamos, dissemos, 'Vamos ver a outra banda!' Algumas pessoas disseram que eles eram de São Francisco e tinham acabado de lançar um álbum e era o METALLICA!"
"Então eu virei uma total fã do METALLICA e o começo do metal foi super excitante. E sim... tivemos nosso primeiro álbum lançado e assinamos com a Masoleum Records na Bélgica, e para ser honesta, foi apenas porque eles tinham o logo mais legal. Esse era o caminho certo. Nós não tínhamos idéia e só queríamos fazer música. Nós não sabíamos nada sobre o aspecto dos negócios e não ligávamos também. Só pensávamos, 'Legal, estamos gravando um disco!' Então o disco obteve muito sucesso e ficamos todos surpresos. Não tínhamos idéia que tantas pessoas sabiam sobre a banda e foi ficando cada vez mais excitante e então entramos em outra gravadora, Polygram, e então algumas pessoas disseram que poderíamos tocar no lendário Monsters Of Rock Festival. Era em 86 e também um grande lineup com OZZY, SCORPIONS, MOTÖRHEAD, DEF LEPPARD, MICHAEL SCHENKER e nós. Então entramos na turnê do JUDAS PRIEST em 86 e foi a primeira vês que eu vim para a Suécia. Foi como um sonho se realizando, então eu saí do meu emprego, quando entramos na turnê do PRIEST".
O resto da matéria (em inglês) está no link abaixo.
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