Nirvana: o fax que o produtor do In Utero mandou para a banda
Por Brunelson T.
Fonte: Álbum "In Utero" Reissued 2013
Postado em 07 de maio de 2015
Para comemorar os 20 anos do lançamento do 4º e último álbum de estúdio do NIRVANA no ano de 2013, chamado "In Utero",este disco havia sido relançado com vários bônus incluindo 03 CD's + 01 DVD, além de apresentar 02 músicas inéditas que haviam ficado de fora deste mesmo álbum também.
Além desta toda maravilha, o material ainda traz várias fotos inéditas no seu grande livro que veio junto também no relançamento, assim como um fax que o até então futuro produtor do álbum, o Steve Albini (que já havia gravado álbuns de bandas como o PIXIES, JESUS LIZARD, BREEDERS, TAD, HELMET, FUGAZI, dentre várias outras), havia encaminhado para o NIRVANA explicando como era o seu processo de gravação, além de vários outros tópicos (incluindo e demonstrando a sua já conhecida fama de rabugento e de falar as coisas na lata, sem piedade) para realmente a banda analisar se ele, o Steve, era o cara adequado para adentrar nesta nova jornada que foi o álbum "In Utero". No final das contas, naquele momento não poderia ter uma pessoa melhor do que o Steve Albini para que a banda se identificasse e aceitasse os seus serviços..., o que realmente veio acontecer depois.
Lembrando que, apesar do álbum "In Utero" ter alcançado as posições máximas em qualquer ranking de álbuns ao redor do planeta e de ter ganhado simplesmente 19 discos de Platina e 05 discos de Ouro em todo o mundo, a gravadora e os empresários da banda, assim como toda a mídia e crítica especializada, estavam aguardando um novo "Nevermind" (2º álbum de estúdio da banda lançado no ano de 1991 e que mudou o rumo da história do rock'n roll), ou seja, um álbum limpo com uma lapidada produção, comercial, de fácil audição e digestão, para que ele fosse o novo carro chefe das rádios ao redor do mundo e consequentemente, o novo e rentável disco "queridinho" da MTV...
Pois bem..., quem conhece este álbum sabe do lixo (no bom sentido) que ficou a gravação do mesmo, mais parecendo uma gravação "demo" de uma banda de garagem, assim como o desenvolvimento e formação de corpo que as músicas deste disco apresentam, tudo isto indo totalmente na contra mão da ideia do que foi o álbum "Nevermind", o qual chegou até a ser cogitada a proibição do lançamento deste disco pela gravadora e pelos empresários da banda, determinando que o grupo regravasse novamente todo o álbum com um outro produtor que seria de escolha da própria gravadora do NIRVANA, ameaçando até a banda em dizer que o disco não iria nem ser apresentado nas rádios para divulgação..., mas é claro que a banda não aceitou esta proposta "indecente" da sua própria gravadora e o álbum "In Utero" foi lançado do jeitinho que a banda queria mesmo, sem mudar nenhuma vírgula..., o qual foi gravado, produzido e mixado em apenas 10 dias...
Para não dizer que a gravadora não conseguiu tirar fora nenhum "pedacinho miserável" deste álbum, a gravadora conseguiu que a música chamada "Moist Vagina" fosse retirada do line-up inicial das músicas que iriam entrar neste álbum, assim como a música chamada "I Hate Myself and I Want to Die" que, além de fazer parte inicial do line-up de músicas que também iria entrar neste álbum, o próprio nome deste disco iria se chamar "I Hate Myself and I Want to Die", sendo que esta música iria ser a canção que iria abrir o álbum..., o qual depois o Kurt foi obrigado a mudar o nome para "In Utero".
Mas as cartas na manga para auto sabotar a sua própria banda não acabava por aí, já que o Kurt foi obrigado a retirar estas 02 músicas do line-up original das canções que iria entrar no álbum, mais a troca do título do mesmo também, outras 02 músicas (bem no estilo do álbum "Nevermind", onde a gravadora suspirava de alívio por pelo menos ter 02 músicas "bonitinhas" no disco) chamadas "Sappy" e "Marigold" (música esta última que é cantada pelo baterista da banda, o Dave Grohl), o Kurt mandou tirar fora do álbum para desespero da gravadora e dos seus empresários.
Então, chega de história e segue o fax enviado pelo então futuro produtor do álbum "In Utero", o Steve Albini, na íntegra logo abaixo:
Fax enviado no dia 17 de Novembro/1992.
Por: Steve Albini
Cidade: Evanston, Estado de Illinois (EUA)
Para: Kurt, Krist e Dave:
Primeiro, deixe-me pedir desculpas por já terem passado vários dias em que eu estou tentando colocar este esboço para vocês. Quando eu falei com o Kurt eu estava no meio de uma gravação do novo álbum da banda FUGAZI, então eu pensei que eu teria 01 ou 02 dias entre as gravações deste álbum para resolver tudo com vocês, mas os meus horários se alteraram de uma forma inesperada e este é o 1º momento em que eu tive um tempo livre para lhes passar tudo o que eu irei escrever logo abaixo. Desculpas e mais desculpas, ok?
Eu acho que a melhor coisa que vocês podem fazer neste momento é exatamente o que vocês estão falando em fazer, ou seja, bater um recorde de gravação de um álbum de estúdio em poucos dias, com alta qualidade mas com uma produção mínima e sem a interferência dos seus empresários e da sua gravadora que trabalham o dia todo sentados em suas cadeiras nos seus escritórios. Se isso é realmente o que vocês querem fazer, eu adoraria estar envolvido também.
Se, em vez disso, vocês podem dar ao luxo de encontrar-se na posição de ser o espetáculo temporário da gravadora de vocês, apenas para tê-los por perto quando precisarem que eles "arranquem" vocês de alguma cadeia de uma prisão em algum momento das suas vidas, não se incomodando em ficarem horas e horas, dias e mais dias retrabalhando nas mesmas músicas, nas mesmas sequências de edição e produção, e ainda chamando os "pistoleiros" certos para "adoçar" as músicas do seu álbum, transformando a coisa toda para ser tocada em discotecas e boates por algum MC que ainda está usando fraldas neste exato momento, o que quer que seja, caras..., então vocês estão vivendo em uma chatice e eu não quero de jeito nenhum fazer parte deste mundo de vocês.
Eu só estou interessado em trabalhar nos registros que legitimamente refletem a percepção da própria banda, das suas músicas e da sua existência. Se vocês irão comprometer-se a isso como um princípio de metodologia da gravação, então eu vou me curvar para vocês, está bem? Eu vou trabalhar os círculos dos processos em torno de vocês com toda a minha dedicação e experiência e eu vou bater nas suas cabeças com uma catraca também quando for preciso...
Eu tenho trabalhado em centenas de álbuns (alguns grandes, alguns bons e outros horríveis, sendo que eu tenho um lote desses horríveis aqui no pátio), e eu tenho visto uma correlação direta entre a qualidade do resultado final do álbum com o humor da banda ao longo do processo de gravação. Se o álbum leva um longo tempo para ser gravado e todo mundo daí começa a ficar chateado com a situação analisando cada passo dado, para que em seguida a gravação final tenha pouca semelhança com o som que a banda apresenta ao vivo em um show, o resultado final é raramente lisonjeiro. Fazer álbuns de punk rock é, definitivamente, um caso em que mais trabalho não implica em um melhor resultado final. Claramente vocês aprenderam esta visão e apreciam esta lógica também.
Sobre a minha metodologia e filosofia de gravação:
1- A maioria dos engenheiros e produtores musicais contemporâneos enxergam um álbum como um "projeto", e a banda como apenas um elemento deste "projeto". Além disso, eles consideram as gravações sendo uma estratificação controlada de um certo som específico, cada um estando sob o controle completo desde o momento em que a nota musical é concebida através da mixagem final. Sendo que depois a banda é "empurrada" para dentro e em torno do processo de como está sendo gravado o álbum, fazendo os membros da banda refletirem o pensamento de "que assim seja", enquanto que o "projeto" é reunido e moldado somente com a aprovação dos seus colegas que estão lá na sala de controle do estúdio...
A minha abordagem é exatamente o oposto do que eu acabei de falar.
Eu considero a banda a coisa mais importante, como a entidade criativa que gerou uma personalidade e um estilo, tanto da banda como a entidade social que existe 24 horas sobre cada dia. Eu não considero o meu lugar para lhes dizerem o que fazer ou como tocar. Eu estou bastante disposto a deixar as suas opiniões serem ouvidas (se realmente a banda estará decidida no estúdio a fazer progressos bonitos ou erros de levantamento, tanto faz, eu considero que é parte do meu trabalho em lhes dizer) e se a banda decide buscar algo, eu vou ver sim do que ele é feito.
Eu gosto de deixar um espaço para os acidentes e para o caos acontecer durante o processo de gravação, fazendo um álbum sem costura, onde cada nota e sílaba estará no seu devido lugar, mostrando também que cada batida do bumbo da bateria é idêntico ao outro, sem truques. Ao invés de uma pessoa adotar este procedimento que eu acabei de falar, escolhendo exatamente o inverso deste processo, então qualquer idiota com a paciência e o orçamento para permitir essa loucura pode fazê-lo. Portanto, eu prefiro trabalhar em álbuns que aspiram a coisas maiores como originalidade, personalidade e entusiasmo. Se todos os elementos da música e da dinâmica de uma banda são controladas por faixas de cliques, computadores, mixagens automatizadas, portões cibernéticos, samplers e sequenciadores, o álbum pode não ser incompetente, mas certamente não será excepcional também. Ele também irá suportar muito pouca relação com o som da banda ao vivo em um show, que é o que tudo isso é suposto ser.
2- Eu não considero que a gravação e a mixagem de um álbum sejam tarefas não relacionadas que podem ser realizadas por especialistas sem nenhum envolvimento contínuo. Deve ser estabelecido que 99% do som de uma música, enquanto a tomada de base é gravada, que as suas experiências sejam específicas para os seus álbuns. Mas na minha experiência, remixagem nunca resolveu todos os problemas que realmente existem, que são únicos e imaginários. Eu não gosto de remixar gravações de um outro engenheiro, e eu não gosto que gravações minhas sejam usadas para uma outra pessoa remixar. Eu nunca estive satisfeito com uma ou outra versão de quem usa essa metodologia. Remixar é para maricas sem talento que não sabem como sintonizar um tambor ou o ponto de um microfone.
3- Eu não tenho um evangelho fixo de sons com ações e técnicas de gravação que eu aplico cegamente a todas as bandas em cada situação. Vocês são uma banda diferente de qualquer outra banda e merecem pelo menos o respeito de ter os seus próprios gostos e preocupações abordadas. Por exemplo, eu adoro o som de uma bateria boomy (sem agudos) da marca "Gretsch", usando amplificadores da marca "Camco" bem abertos em uma sala grande, especialmente com um Bonhammy (aqui ele fez uma referência ao grande baterista do LED ZEPPELIN, o John Bonham) com um bumbo de duas cabeças e com uma tarola realmente dolorosa. Eu também adoro o resultado final de indução de vômito que sai de um velho amplificador da marca "Fender Bassman" ou do amplificador de guitarras da marca "Ampeg", além do som totalmente soprado que sai de um amplificador da marca "SVT" que mais parecem como tubos se quebrando. Eu sei também que esses sons serão inadequados para algumas músicas de vocês e tentar força-los a isso será um desperdício de tempo. Predicar as gravações nos meus gostos pessoais é tão estúpido quanto projetar um carro somente em torno do seu estofamento. Vocês precisam decidir entre si e depois articular comigo como que vocês irão querer que as músicas de vocês devem soar, para que estes tipos de sons inadequados não apareçam no álbum vindo de diferentes direções.
[an error occurred while processing this directive]4- Quando um álbum é gravado, o local aonde ele será produzido não é tão menos importante como a forma que ele será gravado. Se vocês tem algum estúdio que vocês gostariam de usar, sem problemas, caras. Caso contrário, eu posso fazer as minhas sugestões. Eu tenho um bom estúdio de 24 canais na minha casa (a banda FUGAZI gravou o seu álbum inteiro na minha casa, vocês podem perguntar-lhes como eles o classificaram), e eu estou familiarizado também com a maioria dos estúdios do Centro Oeste e da Costa Leste americana, além de uma dúzia ou mais de estúdios espalhados pelo Reino Unido.
Eu, sinceramente falando, ficaria um pouco preocupado em ter vocês na minha casa para a duração de todo o processo de gravação e mixagem do álbum, porque mesmo vocês não querendo assumir, vocês são celebridades e eu não gostaria de sair para caminhar no meu bairro, assim como vocês aqui dentro da minha casa, para ficar aturando um monte de besteiras e assédios que os fãs de estilo irão falar para mim e para vocês. Seria um ótimo lugar para gravar o álbum de vocês, porém, se vocês realmente quiserem isso, vocês não podem encher de porrada esses inevitáveis "vikings" quando eles aparecerem, ok?
Mas, se vocês quiserem por conta própria escolherem os detalhes da seleção de estúdios, de pousadas e etc, até para mim eu ficaria muito feliz de realizar todo este processo de gravação em um outro lugar. Se vocês querem fazer isso para resolver os seus problemas, tranquilo, basta vocês estabelecerem a lei.
A minha 1ª escolha para um local de gravação em um outro lugar, seria um estúdio chamado Pachyderm, na cidade de Cannon Falls, no estado da Minnesota (que foi o local escolhido pela banda depois para gravar o álbum "In Utero"). Este estúdio possui uma grande acessibilidade e facilidade em manusear as coisas, com uma excelente acústica em uma mansão dos sonhos para qualquer arquiteto, totalmente confortável onde a banda pode morar neste estúdio durante as gravações. Isso torna tudo mais eficiente, já que todo mundo da banda e os devidos funcionários estarão lá morando neste estúdio, sendo que os procedimentos e as decisões serão feitas e tomadas muito mais rápido do que se as pessoas envolvidas ficarem residindo fora do estúdio em algum lugar na cidade. Há também toda aquela merda chique como uma sauna, piscina, lareiras, um lago ao redor com um fluxo considerável de peixes truta, tudo isto em um terreno de 50 hectares mais ou menos. Eu fiz um monte de registros de álbuns neste estúdio também e eu sempre gostei do lugar. Também o custo não é tão caro, considerando-se todos estes atrativos que o estúdio proporciona.
[an error occurred while processing this directive]O único problema sobre o estúdio Pachyderm é que os proprietários e o gerente do estúdio não são técnicos de som, e eles não têm nenhum técnico de plantão. Eu já trabalhei lá o suficiente para que eu mesmo possa corrigir qualquer coisa que pode dar errado, seja um curto circuito ou um colapso eletrônico sério, mas eu tenho uma pessoa de confiança que eu trabalho com ele há bastante tempo já, chamado Bob Weston, que é muito bom em eletrônica referente a projetos de circuito, resolução de problemas eletrônicos ou que seja para construir qualquer merda no local. Se vocês quiserem optar por fazer a gravação do álbum neste estúdio, ele provavelmente vai vir na minha folha de pagamento também, uma vez que ele seria um seguro barato se uma fonte elétrica de alimentação venha explodir ou se uma falha grave ocorrer no auge do inverno, que será o mesmo período em que vocês pretendem gravar o álbum. Lembrando que o estúdio se localiza em uma área isolada e nativa e a 1ª loja de eletrônicos fica a 80 KM a partir do estúdio, ok? O Bob é um engenheiro de gravação também, então ele pode estar fazendo algumas das coisas mais banais como catalogação de fitas, manuseio em materiais de embalagem e até ir à cidade para buscar alguns suprimentos, enquanto que nós estaríamos trabalhando afastado dele e de uma forma adequada também em cima deste registro.
Em algum dia próximo, eu vou falar com o pessoal da banda JESUS LIZARD para eles comparecerem neste estúdio também juntos conosco, para termos um momento de lazer e distração. Ah, sim..., e o estúdio possui o mesmo console da mesa de som da marca "Neve" onde foi gravado e mixado o álbum da banda AC/DC, chamado "Back in Black", para que vocês saibam que o álbum de vocês só precisa emitir o verdadeiro som de rock, está bem?
5- Eu expliquei isso para o Kurt, mas eu achei melhor reitera-lo aqui. Eu não quero e eu não aceito os royalties vitalícios sobre qualquer álbum que eu gravo e produzo. Sem conversa, ok? Eu acho que pagar royalties vitalícios para um produtor ou para um engenheiro de som é eticamente indefensável. É a banda quem escreve as músicas. É a banda quem toca as músicas. Pode gerar um grande disco ou um registro horrível, mas mesmo assim, os direitos pertencem à banda somente.
Eu gostaria de ser pago como um encanador, vocês me entendem? Eu faço o trabalho e vocês me pagam o que vale o serviço e ponto final. Por acaso um encanador vai continuar recebendo os seus valores depois de 20 anos só porque a casa que ele foi arrumar ainda está de pé? A gravadora de vocês vai esperar que eu peça um valor X ou um valor Y. Se realmente a gravadora de vocês assumirem o que eles me disseram, que o álbum de vocês irá vender 03 milhões de cópias no mundo inteiro logo no seu 1º lote de lançamento, então eu não aceito que me paguem mais de 400.000,00 mil dólares, sendo que eu estou disposto a receber por menos ainda, ok? Não há, não existe e jamais, de nenhuma maneira fudida, de eu pedir um valor a mais do que é de direito. Eu simplesmente não seria capaz de dormir se eu tivesse esse tipo de personalidade, vocês me entendem?
Eu tenho que estar confortável com a quantidade de dinheiro que vocês irão me pagar, mas lembrando que é o dinheiro de vocês e eu insisto que vocês se sintam confortáveis com o manuseio do dinheiro de vocês também. O Kurt me sugeriu pagar uma parte do que eu já consideraria ser o pagamento integral e, em seguida, se vocês realmente acharem que eu mereça mais, querendo me pagar um outro pedaço depois que vocês já tenham tido a oportunidade de conviver com o álbum por um tempo, eu não irei negar que isso seria bom. Mas o problema de isso não acontecer será provavelmente mais empresarial e burocrático do que realmente se valeu o serviço.
Tanto faz. Eu confio em vocês para serem justos comigo e eu sei que vocês devem estar familiarizados com o que um idiota regular da indústria musical gostaria de receber. Eu vou deixar que vocês tomem a última decisão sobre o valor final que eu vou ser pago, ok? Quando vocês optarem pelo valor que será pago a mim, podem ter certeza de que isso não vai afetar o meu entusiasmo para gravar este álbum.
Algumas pessoas na minha posição iriam esperar um aumento nos seus próprios negócios depois de ser associado com a banda de vocês. Eu, no entanto, já tenho mais trabalho do que eu posso lidar e, francamente, esse tipo de pessoas que esbanjam tais superficialidades irão atrair mais tipos de pessoas que eu não quero trabalhar e nem me relacionar. Por favor, não considerem que isto será um problema para mim, ok?
É isso aí.
Por favor, me liguem se ao passarem por cima deste fax e nada disso ou alguma coisa que eu falei não esteja claro, ok?
Ass: Steve Albini.
ps: se um álbum leva mais do que 01 semana somente para grava-lo, então alguém está fodendo com o processo...
Oi!
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