Em "Evolution" o Viper estava menos preocupada com virtuosismo e mais com a atitude
Resenha - Evolution - Viper
Por Ricardo Cunha
Postado em 24 de julho de 2020
Nota: 9
O Viper começou em 1985, na cidade de São Paulo/BRA. Formado por André Matos (Vocal), Pit Passarell (Baixo), Yves Passarel (Guitarra), Felipe Machado (Guitarra) e Cássio Audi (Bateria). Logo gravaram a demo The Killera Sword e os álbuns Soldiers Of Sunrise (1987), Theatre Of Fate (1989), nos quais faziam um belíssimo metal melódico com influências da música erudita e fortemente caracterizado pelo vocais do mestre André Matos (†), que deixou a banda em 1990. Embora o Viper tenha construído uma carreira de sucesso por mérito próprio, é mais reconhecida no exterior como a antiga banda de André – o que em minha opinião é injusto.
Ocorre que, com a saída de André, as coisas mudaram completamente e o estilo que era essencialmente melódico, foi radicalmente acrescido de força e agressividade. A banda deu um passo a frente e passou a praticar um Heavy Metal mais pesado e rápido cujo comparativo mais próximo é o Anthrax de Spreading The Disease, só que mais rápido, pesado e moderno.
Evolution pode ser considerado o ponto alto da carreira da banda, mas infelizmente a curva da evolução, que parecia ascendente, teve uma queda brusca nos trabalhos seguintes. De qualquer forma, o álbum deu visibilidade à banda, permitindo que excursionasse por todo o país e até conseguisse grande repercussão em países como Japão. Musicalmente, sem as acrobacias vocais de André, as coisas mudaram bastante no sentido de privilegiar solo e riffing de guitarra, provavelmente para compensar o menor alcance vocal de Passarell. Consequentemente, o som ficou mais sólido e objetivo. Agora, com esses elementos reagrupados permitem a supressão do uso dos teclados e das influências neoclássicas sem que haja perda significativa. Evolution tem outra dinâmica, com apelo para um público menos preocupado com virtuosismo e mais com a atitude rock ‘n’ roll. Essas tendências para o som mais pesado misturam-se com influências mais tradicionais e menos melódicas, mas com um equilíbrio agradável. Eu diria que é uma música para se consumir mais como um produto de entretenimento do que como arte conceitual. Nesse contexto, para encerrar o álbum, nada como uma balada no melhor estilo americano. The Spreading Soul não é em nenhum momento uma canção arrebatadora, mas surge como um presente para os fãs de primeira hora, apaixonados pela atmosfera presente em Theatre Of Fate.
A line up que gravou o álbum contava com Yves Passarell (guitarra), Felipe Machado (guitarra), Pit Passarell (vocal/baixo) e Renato Graccia (bateria).
FONTE: Esteriltipo Blog
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