William DuVall: Em álbum solo ele se reafirma como o ótimo cantor que é
Resenha - One Alone - William DuVall
Por Marcio Machado
Postado em 15 de outubro de 2019
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
William Bradley DuVall, ou somente William DuVall, despontou para o mundo em 2006 quando enfrentou a árdua tarefa de substituir um dos vocalistas mais carismáticos e bem quistos por fãs em uma das maiores bandas que surgiram nos últimos tempos, estamos falando, claro, de Layne Staley e o Alice in Chains.
DuVall chegou tímido, nervoso e com um imenso peso nas costas, mas aos poucos foi ganhando seu espaço, mostrando que não seria somente uma sombra de seu antecessor e agregaria à sua forma o som da banda. Já se passam mais de dez anos que ele foi efetivado como membro efetivo e se mostra mais do que a vontade e com todos os requisitos para o cargo. Agora, o rapaz está no seu próprio momento e resolveu se desligar de todo o peso e distorção da banda principal e traz um disco com o seu nome estampado na capa.
Alice In Chains - Mais Novidades
"One Alone", é um disco simples ao primeiro momento, pois se trata de um trabalho extremamente intimista, um cara e seu violão, nada além. Porém, quando começamos rodar o play, percebemos que não é algo tão simplório assim, pois a qualidade vem de cara com todo o cuidado que o cantor teve.
O som aqui encontrado é cristalino, o violão Gibson J-185 que dá o toque é uma peça escolhida à dedo por William e não podia ser mais certeiro na decisão, pois o instrumento acompanha lindamente a tão quão bela voz do rapaz em 11 faixas que esbanjam linda melodias, mostram toda a potencia vocal e o domínio que ele tem, além de ressoar com agressividade, melancolia e total feeling que um trabalho do tipo exige.
Cada faixa tem vida própria e ao mesmo tempo, se unem para formar um conjunto que nos levam para uma experiência mais do que prazerosa, de satisfação e de um luxo impecável em sua construção.
O single "Til The Light Guides Me Home" abre o trabalho e aí já vemos que desde seu começo, todos os adjetivos de qualidade podem ser associados ao trabalho, mas é só o começo. O que se segue, é uma verdade degustação de alta classe e surpresas que atentam mais e mais nossos ouvidos, como a "The Veil Of All My Fears", onde melodias tristes passeiam em uníssono com o poder da voz um tanto presente de William. Há também um destaque para as nova versões de "White Hot" e "So Cruel", canções da antiga banda que DuVall fazia parte até se integrar ao Alice in Chains, o Comes With the Fall. A primeira principalmente, ganha uma versão muito particular e traz novo folego à ela numa interpretação cheia de vigor e com certa sensualidade em sua levada. Sem dúvidas das melhores aqui.
Antes de encerrar, preciso fazer uma menção à "Smoke And Mirrors" que é a que mais me cativou no meio de tanta qualidade. O refrão é vigoroso e enche o ouvinte com as melhores sensações que a música é capaz de proporcionar, e as nuances da voz de DuVall são exploradas sem medo e ele o faz muito bem passeando com total naturalidade entre tons mais brandos associados à outros extremamente altos. É um deleite ouvir a faixa.
Não irei discorrer sobre todas as faixas aqui como costumo fazer em minhas análises, pois pelo tipo de trabalho a experiência é muito mais válida em se ouvir do que falarmos sobre o todo. Mas num geral, DuVall construiu um trabalho maravilhoso, cheio de cuidados, particular e com vários requintes em cada pequenos detalhe. Se trata de um trabalho de um músico que vive para a música, e não somente dela. William se mostra além de somente o substituto de Staley e se reafirma como o ótimo cantor que é. Lindamente maravilhoso.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
O álbum do rock nacional dos anos 1980 que Prince ouviu e gostou muito do trabalho
Ex e atuais membros do Pantera, Pentagram, Dark Funeral e Fu Manchu unem forças no Axe Dragger
Por que Frejat demitiu seu guitarrista de longa data: "Eu não saí, fui saído"
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Box-set do Rainbow com 9 CDs será lançado em março de 2026
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
O dia em que Romário foi assistir a um show do U2 - e não gostou do que viu
A maior linha de baixo do rock, para Geddy Lee; "tocaria com eles? Nem a pau"
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Atribuir criação do melodic death metal ao Carcass é uma bobagem, segundo Jeff Walker
Höfner vai à falência e Paul McCartney lamenta em declaração
Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída

Os três guitarristas que Jerry Cantrell do Alice in Chains considera "extraterrestes"
As melhores músicas da história do Soundgarden, segundo Jerry Cantrell do Alice in Chains
A banda que Lars Ulrich chamou de "o Black Sabbath dos anos 90"
A situação assustadora que originou um dos grandes clássicos do Alice in Chains


