Power Metal: Fadas, duendes, elfos e demônios na singularidade do estilo
Por Michel Sales
Postado em 24 de junho de 2023
Na Alemanha, no final dos anos 80, com a aparição de Michael Kiske vociferando os aclamados Keepers Of The Seven Keys (Helloween), o Power Metal logo tomou proporções universais, onde na Itália, Brasil, Finlândia, Suécia, Suíça, Noruega, Estados Unidos, Argentina e demais países do globo logo conceberam milhares de grupos semelhantes ao quinteto alemão.
Desde então, bandas como Rhapsody, Insania, Freedom Call, Kamelot, Angra, HammerFall, Sabaton, Stratovarius, Shaman, Blind Guardian, Edguy, Heavens Gate e outras mais desenvolveram grandes trabalhos, levando os fãs de Power Metal ao êxtase das sagas mediáveis, onde era preciso escalar o topo das montanhas, enfrentar demônios e feiticeiros, depois lutar contra terríveis dragões para enfim salvar a princesinha virgem, ou mesmo queimar o anel no fogo do quinto dos infernos.
A verdade é que o Power Metal incorporou a literatura clássica e cinematográfica, espelhando contos e sagas dramáticas, também recriando universos paralelos ou semelhantes ao Senhor dos Anéis (J. R. R. Tolkien), A Guerra dos Tronos (George R. R. Martin), As Brumas de Avalon (Marion Z. Bradley), Duna (Frank Herbert), A Tempestade ou Hamlet (William Shakespeare), Jornada nas Estrelas (Gene Roddenberry), entre outras referências.
Então, com o Power Metal estrondando no multiverso terrestre, logo o estilo também viria saturar desfragmentando diversas bandas ainda com suas espadas sagradas em punho atentando bestas-feras com mais e mais fogo cruzado no gogó resguardando centenas de bilhares de donzelas gemendo alto nas torres dos castelos sombrios.
Enfim, se você curte Power Metal, obviamente tem na sua coleção ao menos cinco discos que considera importantes no estilo. Abaixo, vide um top 5 especial Power Metal. E caso você desconheça algum dos discos, ouça antes de morrer.
HELLOWEEN – KEEPER OF THE SEVEN KEYS 1 E 2
Com suas capas majestosas, os Keepers referiram não somente fantasia, mas também histórias cotidianas, de quando os jovens músicos encaravam o mundo de forma despojada, positiva e caricata, fugindo dos estigmas dark tão relevantes no Heavy Metal. E nessa nova empreitada, Os Guardiões das Sete Chaves se tornaram obras-primas, sendo referências máximas do Power Metal até hoje.
GAMMA RAY - LAND OF THE FREE
Quando Kai Hansen (pai do Power Metal) saiu do Helloween, o Gamma Ray surgiu incorporando influências mais agressivas, somadas a letras igualmente ríspidas. Contudo, com o lançamento de Land Of The Free (4º disco da banda), Kai Hansen resolveu vociferar a nova e ardida saga clássica sobre o bem e o mal, tornando o discaralho também singular e meteórico no Power Metal.
LUCA TURILLI - KING OF THE NORDIC TWILIGHT
Em sua carreira solo, o italiano e insano matador de dragões Luca Turilli (Rapsody) criou uma nova trilogia épica do Power Metal, considerada por muitos fãs uma obra-prima do estilo.
Em King Of The Nordic Twilight, Luca enveredou sua genialidade imaginária e não menos óbvia entre o bem e o mal, sob a trama de mais um herói tentando não morrer confrontando dragões, monstros e robôs pela vontade de reconquistar seu espaço - numa saga ainda mais abrasada por chamas vermelhas, azuis, amarelas, verdes e demais cores do arco-íris em um mundo gélido e sóbrio.
FREEDOM CALL – DIMENSIONS
Para os amantes de uma sonoridade ainda mais bombástica e acelerada, Dimensions é um prato cheio. Este contemporâneo petardo do Power Metal, obviamente, é mais um trabalho ambientado em utopias negativas, onde num mundo pós-apocalíptico, no ano de 3051, um demônio criado pela humanidade surge devastando o que ainda resta da vida.
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