Southern Rock: a história da Capricorn Records
Por Filipi Junio
Fonte: Southern Rock Brasil
Postado em 23 de janeiro de 2011
Phill Walden nasceu em 1940 em Greenville, Carolina do Sul, e cresceu em Macon. Ele abriu seu primeiro escritório quando ainda era um estudante e logo expandiu suas atividades para todo o sudeste dos Estados Unidos. Na época, ele tinha ambições de se tornar um advogado, mas o sucesso de um de seus primeiros clientes - um cantor de soul então pouco conhecido chamado Otis Redding - convenceu-o a embarcar em um caminho diferente. Em pouco tempo ele assinou uma série de atos e logo se estabeleceu como gerente dos melhores artistas de blues do país. Além de Redding, artistas como Sam and Dave, Percy Sledge, Clarence Carter e Joe Simon, faziam parte do cast de Walden.
Parecia que o foco musical de Walden se restringiria ao blues. Depois da morte de Otis Redding em um acidente de avião em 1967, ele mudou a sua ênfase para o Rock and Roll, embora profundamente enraizado na Black Music do sul. Eventualmente, ele se aproximou do vice-presidente da Atlantic Records, Jerry Wexler, com a idéia de construir um estúdio em Macon. Wexler duvidou e sugeriu para que ele construisse um estúdio em sua cidade natal, financiado pela Atlantic Records. Apesar das reservas iniciais, Walden aceitou a oferta e depois de considerar e rejeitar diversos nomes, os dois batizaram a nova gravadora de Capricorn.
Com um adiantamento de 70.000 dólares de Wexler e um acordo de distribuição com a Atlantic, Walden partiu para contratar as bandas. A partir desse momento a história da Capricorn Records começa a se confundir com a do Southern Rock.
Foto ao lado: Greg Allman, Phil Walden, Dickey Betts e Jimmy Carter
Um dos primeiros músicos agenciados por Walden era um guitarrista, até então pouco conhecido, Duane Allman, que fazia sessões no Muscle Shoals Studios. O manager chegou a Allman após ouvir uma versão de Wilson Pickett para "Hey Jude", e decidiu assinar um contrato e formar uma banda ao redor do guitarrista. Depois de várias mudanças de pessoal, em 1970, a Allman Brothers Band foi formada, tornando-se a precursora e uma das maiores bandas de Southern Rock.
Segundo Walden, o primeiro álbum "The Allman Brothers Band" vendeu apenas 33.000 cópias, mas após o lançamento desse álbum a banda começou a ganhar prestígio e a ser considerada uma das melhores bandas ao vivo. Após o lançamento de um segundo álbum que vendeu apenas moderadamente, os Allmans lançaram um dos melhores álbuns ao vivo da história do Rock and Roll, "At Fillmore East".
"Eu não acho que ninguém poderia ter previsto o alcance de seu sucesso", disse ele, "mas nós estávamos contando com isso. Nós tínhamos passado por inúmeras negociações com Jerry Wexler da Atlantic para fazermos um álbum duplo, sem cortes longos. Wexler quis editar o lançamento e fazer apenas um álbum e ele foi categórico sobre isso. Ele disse que não podia se dar ao luxo de lançar um álbum duplo, para banda. Nesse ponto, o álbum mais vendido [pelo Allman Brothers Band] era de 100.000 cópias, então Jerry era da opinião que, com um álbum duplo, não seríamos capazes de pagar a editora e tudo mais, porque este era apenas um grupo em desenvolvimento".
Walden continuou: "Finalmente, ele disse que nós poderíamos fazer isso e fez um acordo com a editora. Depois lhe demos a outra notícia, queríamos vender este álbum duplo a $6,98. Um álbum único era $6,98 naqueles dias; $8,98 e $9,98 eram os preços de um álbum duplo. Mas insistimos, porque... de uma maneira sutil estávamos tentando sugerir que os Allman Brothers Band eram a banda do povo, e nós queríamos que o álbum tivesse um preço que poderiam pagar. Depois temos todas aquelas pessoas que concordam conosco, já que ele estreou em cerca de 65 na Billboard na primeira semana, e começou uma gangue inteira de imitadores. Eu não posso te dizer quantos duplo ao vivo de $6,98 sairam depois disso. Mas eu acho que ["At Fillmore East"] continua sendo um dos melhores álbuns ao vivo já feitos na sua concepção e execução. É um dos álbuns de fundação da música moderna, na minha opinião".
A Allman Brothers serviu de pilar para a Capricorn Records. Nesse momento, Walden começa a montar o cast da gravadora, sendo esse um reflexo de seu [Walden] talento para o reconhecimento, recrutamento e desenvolvimento de novos talentos. Até meados dos anos 70, a família Capricorn incluia nomes como o Marshall Tucker Band, Wet Willie e Elvin Bishop. Cada um deles lançou singles que ganharam discos de ouro durante este período. De acordo com o biógrafo Scott Freeman, em 1974 o patrimônio de Walden era estimado em US$5 milhões - isso com trinta e quatro anos de idade. Entre os grupos que ganharam destaque nesta altura, ZZ Top, o Charlie Daniels Band e Lynyrd Skynyrd - que, aliás, eram geridos pelo irmão de Walden, Alan. Embora nenhuma dessas bandas fosse da Capricorn, mas cada um tinha uma dívida considerável para os Allman Brothers e com o Marshall Tucker Band.
Phil Walden
A ascensão da gravadora foi fenomenal, e sua morte não podia ser diferente. Em vista de seu prestígio, o colapso da Capricorn, em 1979, foi brutal e chocante devido a sua rapidez. Atormentado por dificuldades financeiras - em parte devido ao rompimento da Allman Brothers Band em 1978 - Walden assinou um acordo de distribuição com a Polygram Records, que pagou 1,5 milhão de dólares antecipadamente para a Capricorn. Então, de acordo com Freeman, a Polygram emprestou ao selo mais de US$ 2 milhões, e ficou especificado que todos os ativos da Capricorn serviriam como garantia. A recessão de 1979 atingiu a indústria fonográfica, levando a Polygram a exigir seu dinheiro de volta. Com isso se tornou inevitável declaraR a falência da Capricorn e Walden entrou em colapso, desapareceu da cena e se tornou um dependente químico. Em 1987, Walden estava irreconhecivel, tinha se separado de sua esposa e família, estava falido, morando em um apartamento minusculo, até que decidiu abandonar as drogas, e começou a frequentar os Alcoólicos Anônimos.
"Eu estava certo de que, ao tornar-me limpo e sóbrio, tudo seria corrigido em questão de semanas", disse ele. "Há uma coisa maravilhosa sobre ser limpo e sóbrio. Após cerca de 30 dias, você começa a ver o céu ensolarado e tudo, mas depois o outro lado dessa espada é que você percebe na medida em que você se aliena das pessoas. Eu tinha me alienado de todos aqueles de dentro desta indústria que eu estava ansioso para fazer parte novamente. Simplesmente não havia qualquer acordo".
Walden continuou: "Então eu comecei a fazer minhas pequenas viagens a Nova York e Los Angeles para falar com várias pessoas sobre a ressurreição da Capricorn. Todo mundo se sentava e conversava sobre o que havia criado, e sobre como a Capricorn tinha sido especial. Mas nunca houve um acordo. Eu poderia supor de que havia aqueles que ainda não confiavam em minha sobriedade. Levei algum tempo para tentar reconstruir minha reputação dentro da indústria fonográfica".
Após anos sem agenciar ninguém, Walden firmou um acordo com o ator Jim Varney, no que foi o primeiro contrato desde o fim da Capricorn. Mais tarde Walden disse que considerou os quatro anos em que atuou como gerente de Varney como alguns dos mais importantes de sua carreira. O homem que abriu o caminho para Walden para reentrar na profissão era talvez um dos mais respeitados executivos da indústria. Em seu papel como representante de Jim Varney, Walden freqüentemente viajava de Nashville para Los Angeles para se encontrar com o agente do ator e os executivos da Walt Disney.
No início de 1990, Walden começou a tirar vantagem dessas viagens para se reunir com Lee Phillips, um advogado da indústria fonográfica, que tinha representado Walden nos anos 70. Em uma dessas visitas, Walden apresentou a Phillips um plano de negócios que apresenta a proposta de ressurreição da Capricorn Records. Phillips, por sua vez, agendou um almoço com o presidente da Warner Brothers, Mo Ostin, e apresentou para Ostin um resumo da idéia de Walden. Contrastando com os medos da Walden, Ostin teve boas memórias da sua relação com a Capricorn. Posteriormente, Walden começou a se reunir regularmente com Ostin, e logo apresentou ao executivo da Warner Brothers, com uma proposta de negócio. Depois de nove meses, um acordo foi firmado através do qual a Warner Brothers ajudaria a financiar a reconstrução da Capricorn.
Operando a partir de sua nova base em Nashville, a Capricorn ressuscitada começou uma escalada constante para se tornar um rótulo viável, principalmente focando em grupos de jovens que estavam dispostos a dar uma visão de longo prazo sobre suas carreiras. Em agosto de 1991, um álbum de estreia da banda de Atenas, Geórgia, chamada Widespread Panic foi lançado, tornando-se o primeiro lançamento com o logotipo da Capricorn em mais de uma década. Três anos depois, em 1994, a nova versão da Capricorn começou a dar lucro. Nesse mesmo ano, no entanto, a Warner Brothers decidiu não renovar seu contrato com a gravadora, uma decisão que por acaso coincidiu com a saída de Mo Ostin. Antes Ostin deixou certo de que a Warner Brothers financiaria a Capricorn por um trimestre fiscal, um gesto magnânimo, que ajudaria a consolidar a Capricorn após o rompimento com a Warner, com o seu inventário e licenciamento intactos.
[an error occurred while processing this directive]O rótulo passou a estabelecer uma lista de artistas, num total de 20 bandas. Numa altura em que as grandes gravadoras tendem a se desfazer de novos artistas caso os seus dois primeiros álbuns não conseguissem produzir lucros, a Capricorn permaneceu em contraste com a filosofia vigente. Além do sucesso crescente do Widespread Panic, a empresa foi impulsionado por duas promissoras jovens bandas - Cake e 311 - que atingiram vendas de platina.
Não obstante as boas intenções de Walden e da promessa de seu elenco jovem, em 1996 a Capricorn, mais uma vez se encontrou em águas turbulentas. Para gerar um fluxo de caixa, Walden vendeu metade da empresa para a Polygram/Mercury. Como parte de um acordo com o executivo da Polygram, Danny Goldberg, foi inserida uma cláusula no contrato que dizia que a Polygram, de boa fé, iria negociar para retornar o catálogo da Capricorn dos anos 1970 para seu antigo proprietário. Como resultado, no que Walden descreveu como uma decisão digna e justa por parte da Polygram, em 1997, o catálogo foi revertido para a Capricorn. Este arranjo logo deu frutos para os consumidores, que em 1997 viram a reedição de nomes como Johnny Jenkins, Captain Beyond, Sea Level, Wet Willie, and Bonnie Bramlett. E, de fato, durante algum tempo surgiu a versão 1990 da Capricorn, que estava a caminho de se aproximar as alturas vertiginosas dos anos 1970.
Com o sucesso, Walden mudou a empresa de Nashville para Atlanta. Logo, porém, o que parecia ser um império em expansão começou a desmoronar. A Capricorn sofreu um duro golpe em 1999, quando a Polygram Records foi comprada pela Universal. Como parte de um processo, o conglomerado derrubou Goldberg, que tinha sido um dos patrocinadores mais vociferantes da Capricorn. A Universal estava contratualmente obrigada a honrar o acordo da Polygram, e a nova empresa deu a Capricorn baixa prioridade em relação à promoção e distribuição.
Assim, Walden vendeu a maior parte dos ativos para a nova-iorquina Volcano Records, uma divisão da BMG. Uma cláusula no contrato previa que a família de Walden se abstenha de usar o nome da Capricorn por um período de cinco anos. Entretanto, Walden formou a Velocette Records, lar de grupos alternativos como Beulah and the Glands. As operações do selo são atualmente lideradas pelo sobrinho de Walden, Jason, e sua filha, Amantha, mas como eles dizem, é uma outra história.
[an error occurred while processing this directive]"Para mim, o que tornou a minha vida e carreira interessantes tem sido o meu relacionamento com as pessoas", disse ele. "Tem sido uma relação incrível e única uma após a outra. Eu nunca produzi um único registro em minha vida, e eu não pretendo jamais produzir um registro. Eu não toco nenhum instrumento, eu não escrevo músicas, mas eu gosto do que faço. Eu acho que eu tenho o melhor trabalho do mundo inteiro."
Walden morreu em 2006 na cidade de Atlanta vítima de câncer.
Discogragia da Capricorn Records (1969-1979):
The Allman Brothers Band - Allman Brothers Band (1969)
TonTon - Macoute! (1969)
Livingston - Taylor Livingston Taylor (1970)
Idlewild South - Allman Brothers Band (1970)
Reach for the Sky - Cowboy (1970)
The Allman Brothers Band at Fillmore East - Allman Brothers Band (1971)
Beginnings - Allman Brothers Band (1973)
With Friends and Neighbors - Alex Taylor (1971)
Wet Willie - Wet Willie (1971)
Jonathan Edwards - Jonathan Edwards (1971)
Liv - Livingston Taylor (1971)
5'll Getcha Ten - Cowboy (1971)
Dinnertime - Alex Taylor (1972)
Eat a Peach - Allman Brothers Band (1972)
Maxayn - Maxayn (1972)
Drinkin' Man's Friend - Eric Quincy Tate (1972)
Captain Beyond - Captain Beyond (1972)
Martin Mull - Martin Mull (1972)
White Witch - White Witch (1972)
Duane Allman: An Anthology - Duane Allman/Various Artists (1972)
Wet Willie II - Wet Willie (1972)
Mindful - Maxayn (1973)
Brothers and Sisters - Allman Brothers Band (1973)
The Marshall Tucker Band - Marshall Tucker Band (1973)
Drippin' Wet!-Live (1973)
Over the Rainbow - Livingston Taylor (1973)
Sufficiently Breathless - Captain Beyond (1973)
Laid Back - Gregg Allman (1973)
Martin Mull and His Fabulous Furniture in Your Living Room!! - Martin Mull (1973)
Realization - Eddie Henderson (1973)
A Monkey in a Silk Suit Is Still a Monkey - Duke Williams & Extremes (1973)
First Time Out - James Montgomery Band (1973)
Why Quit When You're Losing - Cowboy (1973)
Inside Out - Eddie Henderson (1974)
Highway Call - Dickey Betts (1974)
A New Life - Marshall Tucker Band (1974)
Bail Out For Fun - Maxayn (1974)
Normal - Martin Mull (1974)
Boyer And Talton - Cowboy (1974)
Keep on Smilin' - Wet Willie (1974)
A Spiritual Greeting - White Witch (1974)
Hydra - Hydra (1974)
Allman Brothers Band at Fillmore East - Allman Brothers Band (1974)
Beginnings - Allman Brothers Band (1974)
Fantastic Fedora - Duke Williams & The Extremes (1974)
Let It Flow - Elvin Bishop (1974)
Honest to Goodness - Grinderswitch (1974)
Ton-Ton Macoute! (1974)
Wet Willie - Wet Willie (1974)
Duane Allman: An Anthology, Vol. II - Duane Allman/Various Artists (1974)
Kenny O'Dell - Kenny O'Dell (1974)
The Gregg Allman Tour - Gregg Allman with Cowboy (1974)
High Roller - James Montgomery Band (1974)
Watch for Fallenrock - Fallenrock (1974)
Woman of the World - Chris Christman (1975)
Where We All Belong - Marshall Tucker Band (1974)
Forever Young - Kitty Wells (1974)
I'll Be Your Everything - Percy Sledge (1974)
It's Time - Bonnie Bramlett (1974)
Dixie Rock - Wet Willie (1975)
Macon Tracks - Grinderswitch (1975)
Juke Joint Jump - Elvin Bishop (1975)
Piece a Cake - Larry Henley (1975)
Can't Beat the Kid - John Hammond (1975)
Water Glass Full of Whiskey - Johnny Darrell (1975)
Days of Wine and Neurosis - Martin Mull (1975)
Win, Lose or Draw - Allman Brothers Band (1975)
Land of Money - Hydra (1975)
Blue Jug - Blue Jug Band (1975)
Memoranda - Marcia Waldorf (1975)
One of a Kind - Bobby Whitlock (1975)
Searchin' for a Rainbow - The Marshall Tucker Band (1975)
Not for Sale - Travis Wammack (1975)
New Ray of Sunshine - Dobie Gray (1975)
The Road Goes on Forever: A Collection of Their Greatest Recordings - The Allman Brothers Band (1975)
Struttin' My Stuff - Elvin Bishop (1975)
The Wetter The Better - Wet Willie (1976)
Happy To Be Alive - T. Talton, B. Stewart & J. Sandlin (1976)
Rock Your Sox Off - Bobby Whitlock (1976)
Lady's Choice - Bonnie Bramlett (1976)
Long Hard Ride - The Marshall Tucker Band (1976)
When I Get Wings - Billy Joe Shaver (1976)
Volunteer Jam - Various Artists (1976)
Pullin' Together - Grinderswitch (1976)
Easy Street - Easy Street (1976)
Boys Will Be Boys! - Rabbitt (1976)
Hometown Boy Makes Good! - Elvin Bishop Band (1976)
Wipe The Windows, Check The Oil, Dollar Gas - Allman Brothers Band (1976)
Sea Level - Sea Level (1977)
Masters in Philadelphia - Philharmonics (1977)
Carolina Dreams - Marshall Tucker Band (1977)
Playin' Up A Storm - Gregg Allman Band (1977)
Left Coast Live - Wet Willie (1977)
Fringe Benefit - Fringe Benefit (1977)
Under The Glass - Easy Street (1977)
Raisin' Hell - Elvin Bishop (1977)
Stillwater - Stillwater (1977)
The South's Greatest Hits - Various Artists (1977)
Free Fall - Dixie Dregs (1977)
A Croak and a Grunt in the Night - Rabbitt (1977)
Race with the Devil - Black Oak (1977)
Gypsy Boy - Billy Joe Shaver (1977)
Out There Tonight - Garfield (1977)
Cowboy - Cowboy (1977)
No Hits, Four Errors: The Best of Martin Mull - Martin Mull (1977)
The Allman Brothers Band - Allman Brothers Band (1978)
Idlewild South - Allman Brothers Band (1978)
Cats On The Coast - Sea Level (1977)
Memories - Bonnie Bramlett (1978)
Greatest Hits - Wet Willie (1977)
Second Wind - Delbert McClinton (1978)
Isla - Mike Pinera (1978)
What If - Dixie Dregs (1978)
Very Extremely Dangerous - Eddie Hinton (1978)
Together Forever - Marshall Tucker Band (1978)
Cooper Brothers - Cooper Brothers (1978)
I'd Rather Be Sailing - Black Oak (1978)
Hotels, Motels and Road Show - Various Artists (1978)
The South's Greatest Hits, Volume II - Various Artists (1978)
I Reserve the Right! - Stillwater (1978)
Let's Shake Hands and Come Out Lovin' - Kenny O'Dell (1978)
On the Edge - Sea Level (1978)
Greatest Hits - Marshall Tucker Band (1978)
Hog Heaven - Elvin Bishop (1979)
Night Of The Living Dregs - Dixie Dregs (1979)
Enlightened Rogues - Allman Brothers Band (1979)
Crazy Me - Tim Krekel (1979)
Echoes - Livingston Taylor (1979)
Children Of The Sun - Billy Thorpe (1979)
Boatz - Boatz (1979)
Keeper Of The Flame - Delbert McClinton (1979)
Balls Out - Two Guns (1979)
Flying - Priscilla Coolidge(1979)
Pitfalls of the Ballroom - Cooper Brothers (1979)
Long Walk on a Short Pier - Sea Level (1979)
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