Bikini Kill
Por Talita Rachel
Postado em 06 de abril de 2006
Uma banda que vai além da música. Uma verdadeira onda devastadora de punk rock engajado em fortes movimentos ideológicos e políticos que varreu o underground na década de 90.
Bikini Kill foi formada no final dos anos 80 no Olympia's Liberal Evergreen College, EUA, onde as estudantes Kathleen Hanna, Tobi Vail e Kathi Wilcox se juntaram, primeiramente, para publicar um fanzine feminista também intitulado Bikini Kill.
Buscando reforçar a proposta do fanzine elas resolvem formar uma banda, recrutando o guitarrista Billy Boredom (nascido William Karren) para completar a formação. Liderado pela cantora-compositora Kathleen Hanna, uma ex-stripper, o grupo iniciou suas incendiárias perfomances ao vivo sempre defendendo agressivas posições políticas que desafiavam a já aceita hierarquia da comunidade musical underground. Por exemplo, a galera masculina era forçada, nos shows, a "moshear" e agitar mais afastada para que as mulheres pudessem ficar bem a frente do palco e, geralmente, alguma delas era convidada a subir ao microfone para discutir abertamente assuntos referentes a abusos ou discriminição sexual.
Em 1991, Bikini Kill lança seu primeiro trabalho gravado, a demo-tape "Revolution Girl Style Now". Para seu primeiro lançamento oficial, o quarteto assinou com o selo independente curiosamente chamado Kill Rock Stars (Matem as estrelas de rock). Sai o EP "Bikini Kill", produzido por Ian Mackaye, do Fugazi, que continha versões regravadas do material da primeira demo. Em 1992, a banda lança "Yeah, Yeah, Yeah Our Trouble Youth", um split-EP que no lado B tem o grupo britânico Huggy Bear.
Uma turnê pelo Reino Unido, ao lado do Huggy Bear, no começo de 1993, e com o aumento da repercussão do Riot Grrrl, nome dado ao movimento de bandas femininas de rock do qual a Bikini Killl fazia parte juntamente com outros nomes de peso como L7, Babes in Toyland, Hole entre outros, acaba chamando a atenção de diversos meios de comunicação nos dois lados do Atlântico.
Quando retornam aos Estados Unidos elas juntam forças com Joan Jett, lendária líder e guitarrista das Runaways, que a banda considerava uma espécie de pioneira representante do "estilo" Riot Grrrl. Jett produziu o próximo single do grupo, o poderoso "New Radio/Rebel Girl" e Hanna co-escreveu a música "Spinster" para o álbum "Pure and Simple", de Jett. Em 1994, Bikini Kill lançou "Pussy Whipped", que apresentou Vail e Wilcox como compositoras, uma tendência continuada em 1996 em "Reject All American". O grupo se separou, sem muito alarde, no começo de 1998.
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