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Soulfly: Nem sombra do experimentalismo de outros tempos

Resenha - Enslaved - Soulfly

Por Ricardo Seelig
Postado em 08 de março de 2012

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

"Enslaved", oitavo álbum do Soulfly, acentua o direcionamento que a banda de Max Cavalera vem seguindo nos últimos anos, aproximando-se cada vez mais não só do thrash metal, mas também do death – além de alguns flertes com o black metal. Não há nem sombra do experimentalismo dos primeiros álbuns, que traziam efeitos eletrônicos e coisas do gênero.

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Ao lado de Max estão o parceiro Mark Rizzo nas guitarras e os estreantes Tony Campos (Static-X, Asesino) e o baterista David Kinkade (Borknagar), constituindo uma das formações mais consistentes nos 15 anos de história do grupo. Além disso, "Enslaved" conta com as participações especiais de Travis Ryan (vocalista do Cattle Decapitation) em "World Scum", Dez Farfara (vocalista do Coal Chamber e do DevilDriver) em "Redemption of Man by God" e dos filhos de Max – Richie, Zyon e Igor Jr. - em "Revengeance".

Produzido por Chris "Zeuss" Harris (3 Inches of Blood, Chiamaira, Shadows Fall) e pelo próprio Max Cavalera, "Enslaved" é um disco incrível. As composições são excelentes, fortíssimas. Nelas, o guitarrista e vocalista conduz a banda por uma sonoridade que pode ser definida como uma espécie de thrash metal contemporâneo, com muita agressividade e peso. Em certas passagens, a banda, como mencionado antes, faz uso de elementos ainda mais extremos, inserindo características do death e até mesmo do black metal – como blast beats, por exemplo -, deixando o seu som ainda mais poderoso. Há uma boa dose de melodia na parte instrumental, que, aliada ao peso e à agressividade da performance como um todo, torna as faixas muito fortes e cativantes.

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David Kinkade deu uma declaração onde afirmou que "Enslaved" soava como se "Arise" tivesse sido turbinado com doses de crack. A afirmação faz sentido. As músicas soam como se Max tivesse dado sequência ao clássico do Sepultura. A consistência e a qualidade das composições impressionam, bombardeando o ouvinte com uma sequência de faixas que batem no peito e fazem qualquer headbanger bater cabeça instantaneamente.

Destaque para "World Scum", "Gladiator", a porrada de "American Steel", "Redemption of Man by God", "Plata O Plomo" (com instrumental que une o heavy metal ao flamenco e cuja letra, cantada em português por Max e em espanhol por Campos, homenageia o traficante colombiano Pablo Escobar), "Chains" (mais de sete minutos de uma odisséia thrash metal que fará os fãs irem às lágrimas) e o grito familiar de "Revengeance", onde Max mostra que está preparando bem os herdeiros para, um dia, assumirem o seu lugar.

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Pondero muito antes de dar a nota máxima para um disco. O motivo para isso é que vejo tantos reviews de álbuns apenas medianos publicados em sites e revistas brasileiras especializadas em heavy metal recebendo nota 8 pra cima, que tenho a impressão que qualquer disco legalzinho já é considerado pela maioria um clássico. Mas em "Enslaved" vou ter que abrir uma exceção. O álbum é admirável do começo ao fim, e, para mim, é o melhor trabalho de toda a carreira do Soulfly.

Se 2012 acabasse hoje, esse seria o disco do ano!

Faixas:
Resistance
World Scum
Intervention
Gladiator
Legions
American Steel
Redemption of Man by God
Treachery
Plata O Plomo
Chains
Revengeance

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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room - www.collectorsroom.com.br - e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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