Evergrey: "a banda menos religiosa do planeta"
Por Felipe Tolentino
Fonte: Evregrey MySpace
Postado em 12 de outubro de 2006
O MySpace oficial da banda EVERGREY foi atualizado exibindo uma entrevista com o vocalista/guitarrista da banda, Tom Englund. As perguntas da entrevista foram recentemente retiradas dos amigos do MySpace do EVERGREY. Alguns trechos da sessão perguntas-e-respostas vêm a seguir:
P: Foi uma decisão consciente fazer "Monday Morning Apocalypse" um álbum mais curto e com músicas mais curtas e isso foi feito para ter um apelo maior no mercado Norte Americano?
Tom: "Não foi uma decisão consciente, mas ao mesmo tempo o EVERGREY sempre teve, pelo menos aos nosso olhos, a atenção voltada para a produção das melhores músicas, independente de terem 7 ou 3 minutos, e pela primeira vez em nossa carreira tivemos o conhecimento e a habilidade para fazermos o álbum que talvez tivéssemos desejado todo esse tempo, desde o dia em que começamos. Apenas não tivemos a experiência e as habilidades para fazê-lo antes. Mas isso sempre foi EVERGREY no seu melhor e isso, hoje, ainda é EVERGREY no seu melhor. De fato compusemos pensando no mercado atual, mas buscando todos os mercados, não apenas o Norte Americano.
P: Como a gravação de "Monday Morning Apocalypse" foi diferente dos álbuns anteriores, e por que foram produzidos daquela maneira?
Tom: "Na verdade, todos eles foram bem diferentes um do outro. Como temos trabalhado com diferentes produtores, técnicos, estúdios e, claro, músicos no EVERGREY em quase todos os álbuns, passamos a gostar da gravação de um álbum do jeito que ela é feita, que consiste em capturar o que somos, nossos sentimentos e nossas músicas e então colocá-las em um pedaço de plástico.
A principal diferença, no entanto, que separaria ‘Monday Morning Apocalypse’ dos outros, foi a de que contratamos produtores de fora; ainda gravamos na Division One, nosso próprio estúdio, mas durante as sessões tivemos Sanken e seu assistente lá, significando que se algo "fodesse", como computadores, poderíamos sair para tomar uma cerveja, ver um filme ou praticar um solo em vez de nos preocuparmos com o maldito computador.
Ao mesmo tempo foi bem sadio para as músicas e a gravação em geral o fato de termos alguém de fora com algum material para fornecer ou para dar opiniões a respeito das canções que escrevemos; eles vieram com idéias que tentamos e em vezes gostamos e algumas vezes apenas rimos delas, mas o principal foi que respeitamos as opiniões de todos e confiamos nelas."
"Após o término das gravações fomos a Estocolmo para a mixagem. Isso também foi bem diferente, já que normalmente eu estou envolvido em tudo desde a composição das músicas até a produção e mixagem. Após eles trabalharem em uma canção por um dia ou dois, nós podíamos entrar com uma mente aberta e ouvidos ‘frescos’ para tomar decisões a respeito de algo que estava muito alto ou muito baixo na mixagem ou se algo precisava de um som diferente."
"Durante a gravação de um álbum você se envolve tanto e se compenetra tanto em si mesmo que isso se torna prejudicial à saúde. Com isso, foi bom ter alguém dizendo, às vezes, ‘Ei, o jeito que você tocou aqui ficou uma merda, e acredite, você não gostaria de por isso em um disco."
P: EVERGREY é uma banda religiosa? As letras parecem ter algum significado religioso por trás delas.
Tom: "Nós provavelmente somos a banda mais não-religiosa do planeta. Contudo nos irritamos com pessoas de dentro da religião como padres que molestavam crianças e líderes de cultos usando a fraqueza dos outros em benefício próprio. Esse é o impacto ruim que a religião pode ter em algumas pessoas. Por isso encorajamos as pessoas o tempo todo a pensarem por elas para não terem uma religião fazendo esse papel. A vida é muito curta para termos alguém decidindo por você o que fazer e o que não pensar."
P: Como foi para o EVERGREY abrir um show do IN FLAMES na turnê dos EUA no começo do ano? Vocês tiveram melhores reações que o esperado?
Tom: "O melhor de tocar no EVERGREY é que nunca esperamos por nada, apenas fazemos o de sempre, que é dar 100% o tempo todo. Pessoas que ouvem a respeito do EVERGREY podem ter uma idéia de como tocamos, parecemos e atuamos, mas em todo show temos pessoas que chegam e dizem coisas do tipo ‘Ei, vocês foram demais, pensei que fosse assim ou "assado"’. O legal é que o EVERGREY tem fãs de todos os gêneros do metal, ou melhor, da música, o que é muito bom pois não precisamos compor dentro de limites".
"A turnê com o IN FLAMES foi a mesma coisa de quando fizemos turnê com o ARCH ENEMY, ICED EARTH, CHILDREN OF BODOM ou com quem quer que tenhamos feito uma turnê; gostamos muito e nos tornamos bons amigos de todos e o público pareceu curtir o show do EVERGREY ou ao menos nos conhecer."
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