Dio: 2ª parte de discografia comentada no Minuto HM
Por Flavio Remote e Alexandre BSide
Postado em 06 de janeiro de 2012
Álbum: Rising.
Dando sequência a série de homenagens ao eterno Ronnie James Dio (https://whiplash.net/materias/news_844/144596-rainbow.html), no início de 76, e após a breve turnê do fim de 75, estava claro que o próximo passo do Rainbow era registrar um novo álbum com a nova formação, uma vez que tais shows mostravam que este novo line-up certamente tinha muita lenha para queimar.
O grupo se reúne em fevereiro na Alemanha e as gravações transcorrem de forma bastante rápida, visto que metade do álbum novo já estava sendo tocado no fim da turnê do primeiro álbum. Com cerca de seis meses de formação, sendo dois deles evoluindo o entrosamento musical através de shows, o Rainbow estava pronto para surgir de forma majestosa no horizonte.
Novamente contando com Martin Birch na produção, o novo álbum tem apenas 6 faixas com cerca de 33 minutos em seu total e é intitulado Rising, como numa alusão à progressão natural da banda. Durante as gravações, além dos talentos de Dio e Blackmore, a idéia era dar espaço para as habilidades de Tony Carey e Cozy Powell, que amparados pela sólida base do baixo de Jimmy Bain, ajudariam os dois membros originais a formar o novo som do Rainbow.
O LP original traz dois lados com características diferentes, o primeiro trazendo faixas menores e mais acessíveis, cuja exceção talvez seja a faixa de abertura, Tarot Woman, pois essa tem espaço para uma introdução dos teclados de Tony Carey. As demais do então lado A são mais diretas, entre elas o single Do You Close Your Eyes, uma faixa com pouco mais de 3 minutos de duração, cuja letra foge um pouco da temática fantasiosa que é mais a característica da banda. Antes deste single, há outra letra interessante, a de Starstruck, que conta até em forma de desabafo os dissabores que Blackmore tem de passar com uma groupie francesa chamada Muriel que o segue por onde ele vá. A outra faixa deste lado, Run With The Wolf, segue o estilo mais comum nas letras de Dio. O segundo lado é mais ambicioso, com 2 faixas de maior duração e espaço para a inclusão da Orquestra Filarmônica de Munique em Stargazer (a grande vencedora da pesquisa do álbum aqui no Minuto HM). A letra desta música traz a história de um mago que enfeitiça seus seguidores a trabalhar sob qualquer condição e a todo custo na construção de uma torre, o que traria dias melhores para todos.
Por fim, o mago acaba caindo da torre e morre, acabando com a esperança cega de todos. Essa letra pode ser interpretada livremente como um aviso a aqueles que se deixam envolver por falsos ídolos ou messias. A faixa que fecha o álbum traz os duelos entre Blackmore e Carey e antes de se chamar A Light In The Black tinha o título provisório de Comin’ Home. Ao contrário do que possa parecer, este segundo lado, com mais espaço para improvisos, acabou por não receber favoráveis avaliações de Dio, que considera um excesso as longas intervenções instrumentais, em especial nesta última faixa.
Continue a leitura deste capítulo no Minuto HM:
http://minutohm.com/2011/07/11/discografia-homenagem-dio-parte-2/
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