Oceania: grunge mineiro para baixar de graça
Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 18 de março de 2018
Desde as primeiras imersões em álbuns dos Beatles, Michael Jackson, Gilberto Gil, Antônio Carlos Jobim, Van Halen e Nirvana (dentre outros), até o desenvolvimento de uma musicalidade própria, em meio a composições, gravações e apresentações por todo o Brasil e Estados Unidos, a música foi – e ainda é – a principal força motriz na trajetória de Gustavo Drummond, um artista que dedicou a maior parte de sua vida para o processo de sintetizar impressões e experiências pessoais em letras, melodias e estruturas harmônicas.
Sua carreira musical teve seu início em 1997, com a formação da banda "Diesel", cujo primeiro álbum (autointitulado) alavancou uma apresentação épica no Palco Mundo do festival Rock in Rio III em 2001, para um público de 300.000 pessoas, juntamente com outras bandas de renome internacional (Red Hot Chili Peppers, Deftones, Silverchair).
Com a reverberação gerada pelo festival, Gustavo Drummond mudou-se definitivamente com o Diesel para Los Angeles, Califórnia e, após alguns meses literalmente morando em uma van Plymouth de 1978 – e em meio a inúmeros shows impactantes no circuito da Sunset Strip –, Clive Davis, lendário diretor artístico e empreendedor da indústria musical americana, contratou a banda para seu próprio selo J Records/BMG.
Devido a um conflito com a grife italiana Diesel, a banda decidiu mudar seu nome para "Udora", e em seguida embarcou em uma turnê de 45 datas em solo estadunidense, fazendo a abertura dos shows de Jerry Cantrell do Alice in Chains, o que permitiu um primeiro contato em larga escala com o público americano.
Posteriormente, o Udora se instalou nos Estúdios "Rumbo Recorders" por seis meses com o produtor Matt Wallace (Faith No More, Maroon 5, The Replacements) para gravar um álbum que infelizmente não veio à luz, devido à fusão entre a BMG e a Sony Music e o consequente rearranjo institucional.
Não obstante, o Udora seguiu em frente, com Gustavo Drummond compondo várias canções que integraram um novo álbum ("Liberty Square"), gravado pelo produtor multivencedor do prêmio Grammy, Thom Russo (Audioslave, Johnny Cash, Maná), permitindo a realização de uma nova turnê por todos os EUA, além de gerar singles de destaque em programas de TV americanos como Dr. 90210 (canção "Breathing Life"), campanhas no canal esportivo ESPN durante a Copa do Mundo FIFA 2006 (canção "The Beautiful Game"), bem como uma menção honrosa para a canção "Phantom Limb" no ISC (International Songwriting Competition).
Ao final deste ciclo, Gustavo Drummond e o Udora mudaram de marcha novamente, regressando ao Brasil com a perspectiva de lançar álbuns na língua portuguesa e também como uma forma de mostrar gratidão aos seus fãs brasileiros por todo o apoio demonstrado ao longo dos anos.
Assim, com uma nova formação e coprodução de Henrique Portugal (Skank), mais um álbum foi lançado ("Goodbye Alô", em 2008) sob a bandeira da gravadora Som Livre, com três de seus singles ganhando exposição expressiva em rádios e TV nacionais (canções "Por Que Não Tentar de Novo", "Pelo Menos Hoje" e "Quero Te Ver Bem") e a consequente realização de inúmeros shows em festivais e turnês.
No ano de 2012, sob a batuta do produtor Maurício Cersósimo, o Udora gravou e lançou seu último álbum, "Belle Époque", novamente com canções autorais em português, gerando críticas favoráveis pela mídia especializada, até que a banda anunciou um hiato de duração indefinida, para que Gustavo Drummond se dedicasse a uma outra paixão, a atividade acadêmica.
Eis que em 2016, com uma bagagem de mais de 200 canções compostas e inúmeros fãs dedicados, Gustavo Drummond decide retomar sua vocação original para a música e escreve uma coleção de novas canções, novamente em inglês, reconciliando a vertente visceral dos tempos de Diesel e a sofisticação harmônica do Udora, com letras que expressam, à sua maneira, as idiossincrasias e peculiaridades da experiência humana.
Com a participação de Daniel Debarry no baixo e Tulio Braga na bateria, surge um novo projeto, chamado de "Oceania", pela alusão à imensidão e amplitude próprias de uma experiência de duas décadas com a música, com vistas ao lançamento de um novo álbum e turnês que estabeleçam uma ponte com o legado até então construído e a perspectiva futura de criar uma nova história, ainda mais multifacetada e abrangente em seu escopo.
Ano passado, o Oceania estreou em estúdio, com o álbum Beneath The Surface, grátis no Bandcamp:
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
A banda de metal extremo que é referência para Mark Tremonti (Creed, Alter Bridge)
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
Bryan Adams retorna ao Brasil em março de 2026
A música solo que Ozzy Osbourne não curtia, mas que os fãs viviam pedindo ao vivo
O pior álbum que Dio gravou ao longo de sua carreira, segundo a Classic Rock
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
O rockstar brasileiro que até as músicas ruins são divertidas, segundo Regis Tadeu
A melhor música de "Let It Be", segundo John Lennon; "ela se sustenta até sem melodia"
Bruno Sutter se pronuncia pela primeira vez sobre fim do namoro com Nyvi Estephan
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
O pior disco do Anthrax, segundo a Metal Hammer

Metallica reage à tiktoker que destruiu detratores após usar camiseta
Bon Jovi: A grande diferença entre eles e o Guns N' Roses, segundo Jon Bon Jovi
Slash: guitarrista fala sobre a origem da sua cartola
Capas Gêmeas: as infelizes coincidências nas artes dos álbuns
Megadeth: fã tem siricutico ao encontrar Mustaine; veja vídeo
A música nostálgica dos anos 2000 que passou 1 bilhão no Spotify e salvou banda do fracasso


