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John Petrucci: Equipamento de palco 2019

Por Felipe Belotta
Fonte: Premier Guitar
Postado em 11 de junho de 2019

Quem acompanha o trabalho de JOHN PETRUCCI, guitarrista do DREAM THEATER, sabe que seu setup possui certo grau de complexidade, com uma série de equipamentos e acessórios. Convenhamos, efetuar ao vivo as longas músicas de sua banda, com repentinas transições sonoras, ao mesmo tempo em que mantém o foco em tocar todas os partes e solos virtuosos corretamente, requer um setup elaborado e bem planejado. A cada turnê seu equipamento sofre mudanças de acordo com a necessidade e esse ano não é diferente. Convido-o então, caro leitor, a essa jornada para entender o atual equipamento de palco do PETRUCCI!

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Tudo começa com sua guitarra Music Man modelo JOHN PETRUCCI. A novidade este ano é o modelo Majesty 2019. Seus captadores Dimarzio, desenhados especialmente para ela, leva o nome de Dreamcatcher e Rainmaker para as posições da ponte e braço, respectivamente. Também trazem um sistema de captação Piezo, como nos modelos anteriores, com controles de equalização e volume na parte traseira. A captação piezo pode ser usada isoladamente, em conjunto com a captação magnética e pode ser desligada. Tudo isso através da chave localizada acima do braço do instrumento.

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O Knob de tonalidade possui recurso coil tapping para defasamento das bobinas dos captadores, de modo a fazê-los soar como single coil. Outro recurso interessante é a implementação de um boost de +20dB no knob de volume e um pré amplificador na parte interna da guitarra para que o sinal não sofra degradação com o uso de cabos longos. O interessante dos recursos de boost e defasamento de bobinas, é que, ao contrário do push/pull, em que é preciso puxar ou empurrar o knob, na Majesty basta dar um tapa em cima do knob para ativar ou desativar tais recursos. Isso facilita muito durante uma performance.

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Parece que seu modelo signature foi bem projetado para performances ao vivo! Algum guitarrista afim de trabalhar com a Music Man? Além dos modelos Majesty 2019 estão inclusos os modelos antigos da Majesty e um único instrumento não pertencente à série, sua guitarra Barítono, que faz parte do antigo modelo Music Man BFR.

PETRUCCI voltou a usar o sistema wireless no palco depois de 20 anos. O modelo é o Axient Digital, sistema de tecnologia avançada da Shure. Devido ao uso de dois sistemas diferentes de captação são necessários dois transmissores simultâneos na correia do instrumento, já que suas guitarras possuem duas saídas de áudio, uma para o sistema piezo e outra para a captação magnética.

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Da saída do receptor wireless o sinal vai para um A/B Box da Framptone, que o recebe e separa em dois sinais diferentes. O sinal do piezo é mandado para um Line Isolation Box da Palmer Audio Tools, que isola o sinal de áudio e elimina possíveis ground loops. Segue então para um TC Electronic Bodyrez, um pedal que melhora a qualidade do som do piezo e proporciona uma tonalidade mais próxima do violão acústico, diminuindo o som característico do violão elétrico. Do Bodyrez o sinal vai para um DI Box Radial J48 Stereo e em seguida para o sistema de sonorização da casa.

Voltando para o A/B Box, a segunda saída leva o sinal da captação magnética da guitarra para o Dunlop JP95 Rack Wah. Esse equipamento é basicamente o Dunlop Cry Baby Rack Module, porém com os parâmetros usados pelo PETRUCCI. Para quem não conhece essa versão, o circuito do pedal está todo no rack e o pedal usado é apenas um controlador do efeito. O interessante é que com esse sistema é possível espalhar diversos pedais controladores no palco para usar o efeito em lugares diferentes durante o show. Se você vir um show da banda, repare como o guitarrista usa o efeito cada hora em um lugar!

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A saída do Dunlop JP95 é então enviada para um set de pedais localizado em uma gaveta no rack de efeitos. O primeiro item da cadeia de sinal é um RJM Mini Effect Gizmo, um seletor com 5 conexões de loops que permite conectar cada pedal em um loop ao invés de conectá-los em série. A vantagem disso é que quando os loops estão desligados o sinal passa direto pelo seletor, como se não houvesse pedais na cadeia de sinal, o que minimiza a degradação do sinal da guitarra. Atualmente há e pedais para 5 loops. Por isso um dos loops possui dois pedais ligados em série enquanto os outros possuem um único pedal em cada.

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Os pedais utilizados são os seguintes, na ordem do fluxo de sinal: TC Electronic Hyper Gravity Compressor, Keeley Red Dirt Overdrive, TC Electronic Helix Phaser, Boss AW3 Dynamic Wah, Boss OC3 Super Octave e o TC Electronic Dreamscape (esses dois últimos ligados em série no quinto loop). Todos os pedais tem sua ligação elétrica a um Voodoo Lab Pedal Power 2+, uma fonte com saídas isoladas e estabilizadas que permite o uso de vários pedais na cadeia de sinal sem o tradicional ruído gerado pelas fontes daisy chain.

Voltando ao RJM Gizmo, um pedal controlador, também da RJM, está conectado via MIDI ao seletor para controle dos loops. Já a saída de áudio do Gizmo é enviada a um TC Electronic Mimiq Doubler, um pedal que duplica o sinal do instrumento com a ideia de reproduzir uma velha técnica de estúdio que consiste em: gravar a mesma parte duas ou quatro vezes e distribuí-las no panorama estéreo a fim de dar mais consistência, intensidade e espacialidade ao som das guitarras na mixagem. O pedal se propõe a fazer isso sem ter de gravar a mesma linha de guitarra várias vezes. As empresas não tem mais o que inventar, não é, leitor?

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As saídas do Mimiq Doubler são enviadas aos dois cabeçotes Mesa Boogie JP2C, modelo signature de PETRUCCI. No loop de efeitos de cada cabeçote há um Fractal Axe-Fx II XL+ para efeitos de tempo e ambiência, como chorus, reverb, pitch shifting, etc. Os cabeçotes estão conectados a um gabinete Mesa Boogie Recto 4x12 cada um, que são microfonados, enviados à mesa de som e distribuídos um em cada lado do panorama estéreo.

As conexões elétricas dos equipamentos no rack estão ligados a um condicionador de energia Furman, para evitar problemas elétricos que venham a gerar ruído.

Algumas considerações, antes de concluirmos: a distorção principal vem dos amplificadores, sendo o Red Dirt usado apenas como boost. Os pedais como o Dreamscape e o Helix vão direto na entrada do amplificador ao invés de usá-los em seu loop de efeitos. Isso significa que esses efeitos estão ligados antes da distorção, o que pode parecer estranho para alguns. Porém, em uma entrevista PETRUCCI disse gostar desses efeitos antes da distorção por causa do resultado sonoro. Grande parte dos guitarristas prefere esse tipo de efeito após a distorção, inclusive este que vos escreve.

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Como podemos perceber, o equipamento de palco foi projetado para garantir praticidade na performance e alta qualidade sonora no palco. Já se percebe isso pelos recursos de sua guitarra, como citado anteriormente. Também percebemos sua preocupação em proporcionar um som de guitarra estéreo, como ouvido nas gravações de estúdio. Alguns podem achar exagero, mas essa preocupação com a qualidade sonora é o que faz do som da banda ao vivo ser o que é! Parto do princípio que não existe certo e errado, melhor ou pior. Cada um procura chegar ao resultado que lhe agrada mais! Vindo do guitarrista do DREAM THEATER, não me espanta um setup elaborado para um timbre à altura das músicas da banda.

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Sobre Felipe Belotta

Formado em Economia pelo Mackenzie, guitarrista apaixonado por música desde a adolescência, decidiu seguir sua paixão e desenvolver uma carreira na indústria musical. Hoje atua como produtor, compositor, técnico de áudio e está sempre em busca de novas oportunidades no meio. Escrever sobre música é uma de suas novas paixões.
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