Rudy Sarzo: um grande nome do rock em entrevista à Revista Freak
Por Eduardo Rodrigues
Fonte: Revista Freak
Postado em 27 de julho de 2019
Rudy Sarzo é com certeza um dos maiores e mais importantes baixistas da história do rock, não somente pelas bandas que participou, mas também com os músicos com quem tocou e em qual momento. Rudy imigrou com sua família de Cuba para Miami, nos Estados Unidos e na adolescência se mudou para Los Angeles com seu baixo na bagagem em busca de um sonho onde começou a tocar no Quiet Riot, banda local do guitarrista Randy Rhoads e pioneira no estilo hard rock e heavy metal nos anos 70, sendo também convidado por Randy à fazer parte da banda de Ozzy Osbourne no começo da sua carreira solo no início dos anos 80, onde ganhou muita fama e fez história. Daí pra frente se tornou um dos baixistas mais cobiçados pelo mercado hard rock mundial, tocando com grandes bandas como Whitesnake, Dio, Yngwie Malmsteen, Blue Öyster Cult, Geoff Tate’s Queensryche, Devil City Angels e atualmente fazendo parte da banda canadense Guess Who.
Fomos conversar com Rudy Sarzo, que nos atendeu via Skype diretamente da sua casa em Los Angeles, e abençoados ouvindo diretamente dessa lenda do rock um pouco de suas grandes histórias que vamos compartilhar agora com vocês. Check this out!
Eduardo: Rudy, primeiramente gostaria de agradecer você por falar conosco e queria começar perguntando sobre o Brasil, você já esteve no Brasil algumas vezes e a gente queria saber qual foi a primeira vez que esteve no Brasil, você se lembra?
Rudy Sarzo: Na verdade a primeira vez que estive no Brasil foi para uma feira de música. Visitei São Paulo e também em uma reunião do Quiet Riot, em 88 ou 89, não tenho certeza do ano exatamente e a última vez que toquei no Brasil foi no Manifesto Bar, há cinco ou seis anos atrás com o meu próprio show onde toco músicas de bandas pelo qual passei, Ozzy, Whitesnake, Quiet Riot e Dio, com uma banda local e foi muito divertido.
Eduardo: E como funcionou? você escolheu os músicos? Você os conhecia antes de tocar? Porque eram todos brasileiros não?
Rudy Sarzo: O promoter do show me mandou vídeos do youtube, eu confiei que a banda aprenderia as músicas e foi muito bom. Não tivemos ensaios, somente uma passagem de som porque eu estava fazendo uma turnê na Argentina e então foi tipo uma pausa na turnê. Fiz esse show no Brasil no meio e foi muito bom, grandes músicos e tudo correu muito bem.
Rudy Sarzo: E lembrei, a última vez que toquei no Brasil foi com a versão do Queensryche do Geoff Tate.
Eduardo: Eu estava lá
Rudy Sarzo: Foi um baita show junto com Aerosmith Whitesnake, essa foi a ultima vez que toquei no Brasil.
Eduardo: Seu irmão também estava tocando na mesma banda, não?
Rudy Sarzo: Correto!
Gema: Há muito tempo atrás você tocou numa feira de música em São Paulo e eu estava lá! Eu peguei seu autógrafo e ainda tenho ele!
Rudy Sarzo: Isso me fez lembrar… que outra vez que toquei no Brasil foi com o Blue Oyster Cult.
Gema: É verdade eu adoro Blue Oyster Cult.
Rudy Sarzo: Paulo Baron também era o promoter quando toquei com o Dio no Brasil.
Eduardo: Eu estava lá também e na verdade fui para ver você tocar. Claro que queria ver a banda, mas eu não tinha visto você tocar ainda ao vivo, então fui e foi demais!
Rudy Sarzo: Sim tocar com o Dio era demais e todo show com o Dio era incrível porque eu era fã do Dio desde os tempos do Rainbow. E se tornar seu amigo, companheiro de banda foi uma experiência maravilhosa.
Eduardo: Eu preciso te perguntar sobre esse concerto do Dio Disciples, que trabalha com a imagem do Dio em holograma, o que você acha?
Rudy Sarzo: Existem dois pontos de vista. O ponto de vistas dos fãs e o ponto de vista da família do Dio e para nos é importante manter a imagem do Dio viva porque a música era tudo para o Ronnie e não é só a banda Disciples, todos deveriam celebrar a memória da música, da imagem e do amor de Dio com a música. E eu sei que essa tour com holograma é feita com amor e respeito por todos os membros da família Dio, o qual eu faço parte. Então não é realmente uma opinião e sim falo por experiência que a coisa é feita com respeito.
Eduardo: A banda é a mesma que tocava com você com o Dio certo?
Rudy Sarzo: Sim, exceto eu que não estou lá, a banda é exatamente a mesma.
Eduardo: Se você fosse convidado, iria?
Rudy Sarzo: Eu fiz a primeira tour com eles depois que o Dio faleceu e era muito recente a sua morte então foi muito difícil. E quanto mais a banda soava bem, mais eu sentia a falta do Dio, que não estava lá. Por isso fiz somente a primeira tour!
Gema: Qual foi o seu show mais fantástico até hoje?
Rudy Sarzo: O melhor? São tantos, mas o primeiro show que fiz com Randy Rhoads, Ozzy e Tommy Aldridge foi fantástico. Foi o primeiro show de estádio que fizemos, a platéia estava enlouquecida e quando você toca bem com uma platéia boa, é demais. Tocar com Quiet Riot era demais, alguns com o Whitesnake… eu estive em tantas bandas e cada banda tem seu momento especial. Tocar com Dio, meu Deus, especialmente na América do Sul… foi muito importante para mim porque sou latino de Cuba, Havana. Toda vez que toco na América do Sul, Mexico, Caribe, é especial porque eu não faço muitas vezes e quando faço, dou um tratamento especial.
Eduardo: Você disse sobre as bandas que tocou, e muitas em que esteve, tocou com muitos músicos… existe alguma banda ou alguém com quem gostaria de ter tocado e ainda não teve oportunidade?
Rudy Sarzo: Eu toquei em algumas bandas e alguns projetos próprios, mas tem alguns heróis com quem gostaria de tocar, Jeff Beck me vem a mente e alguns outros. Eu sou muito grato por ter tocado com um alguns dos meus músicos favoritos como Randy Rhoads, Steve Vai e grandes cantores e grandes bateristas como Frankie Banali, Tommy Aldridge. Eu sou muito abençoado por ter tocado com pessoas que me influenciaram e me inspiraram.
Eduardo: Eu vi você tocando em Nova York com Tracii Guns e era algo que não imaginava vocês dois tocando juntos, e foi demais.
Rudy Sarzo: A banda se chamava ‘Gunzo’, que era uma combinação dele comigo e foi demais. Tracii é um pouco subestimado mas tem um conhecimento musical que as pessoas as vezes não percebem.
Eduardo: Para mim foi uma oportunidade de ver vocês tocando juntos em um lugar legal e tão próximo e você fez um solo que foi muito bom!
Rudy Sarzo: Obrigado!
Eduardo: Eu queria te perguntar uma coisa de baixista. Quais são suas influências, porque eu nunca te ouvi falar sobre isso, seu baixistas preferidos e suas influências.
Rudy Sarzo: Eu cresci com rock n’ rol dos anos 60, James Jamerson do ‘Motown’, Paul McCartney, John Entwistle do ‘The Who’, John Paul Jones do ‘Led Zeppelin’, Jaco Pastorius, eu vivi em Miami e costumava vê-lo tocando ao vivo, é uma lenda, Stanley Clarke… são tantos, eu passo mais tempo ouvindo música para aprender a música e não um instrumento específico. E agora estou estudando a música em geral ouvindo guitarristas, pianistas, saxofonistas e assim vou ampliando meu conhecimento musical.
Veja a entrevista completa no link abaixo:
https://revistafreak.com/entrevista-rudy-sarzo-um-dos-maiores-nomes-do-rock-mundial-fala-em-entrevista-exclusiva-a-freak/
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