Big Big Train: Entrevista exclusiva para o Brasil
Por André Luiz Paiz
Fonte: 80minutos
Postado em 04 de agosto de 2019
O grupo Big Big Train surgiu nos anos noventa e seguiu em uma crescente impressionante, posicionando-se hoje entre os grandes nomes da cena prog. Além de grandes músicos e compositores, possui um time invejável de talentos, todos focados em simplesmente fazer a melhor música possível.
David Longdon, Greg Spawton e Nick D'Virgilio falaram exclusivamente com o 80 Minutos e especialmente para o Brasil, sobre o novo álbum "Grand Tour", o desejo de excursionar pelo nosso país, o amor pela música e muito mais.
Você, fã de prog, não pode perder!
Visite a página da banda em: bigbigtrain.com
1. Olá Nick, Greg e David, sejam bem-vindos e obrigado pela entrevista!
David: Olá André, obrigado por esta entrevista e um grande alô a todos os proggers leitores.
Nick: Olá gente linda do Brasil!
(Nota: Nick disse a frase em português)
2. O Big Big Train acaba de lançar um novo álbum. Como vocês estão se sentindo sobre a recepção de "Grand Tour"?
Nick: Adorando! Acho que foi um trabalho concluído lindamente. Eu gosto de ouvir nele as nuances que todos trouxemos para a música após estes 10 anos juntos. Nós realmente temos um "som".
David: A recepção está sendo ótima. Estou muito satisfeito com o fluxo do material e pela jornada em que o ouvinte é conduzido.
Greg: Eu considero sempre uma experiência estranha para nós músicos e compositores. Nós sempre trabalhamos em um álbum e vivemos com ele por meses e até mesmo anos, até que ele chega ao mundo todo. Todo músico lê resenhas, mas, a única coisa que pode ser feita para ser fiel a si mesmo, é lê-las e depois ignorá-las.
3. Na minha opinião, "Grand Tour" é como uma afirmação do brilhantismo de cada um dos membros da banda. Vocês têm lançado um álbum incrível após o outro e tornaram-se um dos maiores nomes da cena prog atual. Então, quem é o culpado? (risos). Quero dizer, a banda está em um grande momento, certo?
David: Nós realmente inserimos uma grande quantidade de cuidado e dedicação na música que fazemos. Com o "Grand Tour", nós estávamos definitivamente tentando melhorar o nosso desempenho e levar a nossa música adiante. É o que sempre tentamos a cada lançamento.
Nick: Estamos sim em um bom momento, mas poderíamos estar em um lugar muito melhor, como por exemplo tocando no Brasil! (risos). Isso seria ótimo. Falando sério, estamos sim em um ótimo momento, mas acho que o melhor ainda está por vir para o BBT.
4. Greg, eu tenho certeza que o Big Big Train cresceu muito musicalmente após a chegada de Nick e David. Olhando um pouco para o passado, você sentiu que a banda precisava desse complemento naquele período?
Greg: Sim, com certeza. Nós estávamos indo bem com o aumento das vendas dos nossos álbuns, mas eu achava que poderíamos fazer muito melhor. Um dos melhores conselhos que já recebi é: cercar-se de pessoas talentosas e, durante os álbuns "The Difference Machine" e "The Underfall Yard", decidi renovar algumas coisas e trazer duas das pessoas mais talentosas que já conheci: Nick e David. Na época, eu não sabia se conseguiríamos fazer um ou dois álbuns juntos, mas, no final, nós três formamos o núcleo do que a banda Big Big Train se tornaria dez anos depois. Mais tarde, conseguimos trazer Dave, Danny, Rachel e Rikard para completar o line-up de hoje.
5. Essa é para David e Nick: Vocês já conheciam o Big Big Train e os álbuns lançados pela banda quando chegaram? Quais as suas memórias Nick, em "The Difference Machine" e suas David, em "The Underfall Yard"?
Nick: Eu comecei a trabalhar com a banda como um músico de estúdio apenas. Já tinha ouvido falar, mas não conhecia Greg e Andy. Gostei muito das sessões. Naquele momento eu já tinha ido bastante ao estúdio de Rob Aubrey para trabalhar em algumas sessões e nosso jeito de trabalhar era bastante agradável. Sempre achei o setup dele bastante confortável e que soava muito bem, o que facilitou bastante o aprendizado das músicas mais difíceis. Além disso, Greg sabia bem o que esperar de mim e também me deu liberdade para fazer as coisas do meu jeito, o que proporcionou ótimos momentos naquelas sessões de gravação.
David: Não, eu não conhecia a banda até chegar ao estúdio de Rob Aubrey e ele me mostrar as músicas. O "Underfall Yard" foi um grande momento. Naquele período nós éramos músicos de estúdio e queríamos usar esta experiência para criar música dramática e cinematográfica. As músicas já tinham sido escritas, então trabalhei em arranjos vocais mais extendidos e backing vocals. As músicas tinham muitas letras, então pensei em separá-las entre linhas principais e de backing vocais, dando-as mais espaço e as deixando respirar mais facilmente. Isso é algo que ainda faço com o BBT. Eu também adicionei alguns instrumentos mais exóticos nas gravações, Psaltery, Dulcimer, etc. "The Underfall Yard" foi o meu início com o BBT e tenho ótimas lembranças de quando trabalhei nele.
6. Greg, "Grand Tour" possui, assim como os álbuns anteriores, ótimos conceitos líricos e histórias. Quem é o compositor principal das letras? Vocês possuem regras ou algum requisito para a escrita da parte lírica?
Greg: Em geral, somos eu ou David os responsáveis pelas letras, apesar de não ser uma regra predefinida, já que todos podem contribuir e escrever. Acho que todos nós temos um entendimento de que o BBT tem um som e identidade específicos, então nós geralmente apresentamos músicas que funcionarão com o tipo de assunto sobre o qual escrevemos. Na composição das letras, eu e David temos livros cheios de letras e ideias para músicas. No "Grand Tour", tivemos um tema para o álbum, então buscamos por letras compatíveis com este conceito.
Quer mais? Veja a entrevista completa no site do 80 Minutos.
Siga o link:
https://80minutos.com.br/interview.php?interview=46
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