Max Cavalera conta por que segue sem manter contato com ex-colegas do Sepultura
Por Igor Miranda
Postado em 16 de novembro de 2020
O vocalista e guitarrista Max Cavalera falou sobre a relação - ou a falta dela - com seus ex-colegas de Sepultura em entrevista ao "RRBG Podcast". O músico destacou que não conversa com o guitarrista Andreas Kisser e o baixista Paulo Jr, que permaneceram na formação, há quase 25 anos.
Durante o bate-papo, transcrito pelo Blabbermouth, Max Cavalera explicou suas razões para seguir sem conversar com os antigos colegas. "Quando rompemos, foi tipo - eu nunca me divorciei, mas presumo que um divórcio seja dessa forma. Você não quer ficar vendo sua ex-esposa, não quer saber com quem ela está namorando ou qualquer coisa do tipo", afirmou.
O músico completou: "Eu não os acompanho. O que quer que eles façam, está tudo bem para mim. Tenho tantas coisas para fazer, estou sempre ocupado aqui, então, não preciso ficar de olho no que eles fazem, medindo o que eles fazem com o que eu faço. As coisas simplesmente aconteceram dessa maneira".
Cavalera destacou que sente orgulho do tempo em que fez parte do Sepultura e tocou com os ex-colegas. "Fizemos álbuns magníficos, fizemos coisas que influenciam as pessoas para sempre. Falo com muitas bandas jovens que adoram nossas coisas. Os caras do Creeping Death e Necrot, por exemplo, sempre citam os primeiros discos do Sepultura: 'Bestial Devastation', 'Morbid Visions', 'Beneath The Remains' e, claro, 'Arise'. É legal que tenhamos feito esses álbuns, mas há tanto mais a fazer", disse.
A entrevista pode ser ouvida na íntegra, em inglês e sem legendas, no player a seguir.
Contato saudável, mas só com empresários
Recentemente, em entrevista ao "Conversa com Bial", Andreas Kisser e Paulo Jr falaram sobre Max e o baterista Iggor Cavalera. Kisser comentou que o Sepultura mantém "contato muito saudável" com os dois ex-integrantes, ainda que o diálogo aconteça, basicamente, por intermédio de terceiros.
"Não somos necessariamente amigos, de trocar ideia, mas temos contato através dos nossos empresários e advogados. Tem funcionado bem nesses últimos tempos. Já foi bem mais conturbado, difícil, mas agora temos uma ponte aberta que tem funcionado muito bem", afirmou o guitarrista.
Na ocasião, ele destacou que houve situações em que os músicos tiveram contatos diretos breves, como nos bastidores de festivais. "Nos falamos sim. Foram alguns encontros esporádicos. Tocamos em um festival na Alemanha onde nossos ônibus ficaram estacionados lado a lado e foi meio que inevitável o encontro (risos) mas foi legal. Quando a gente se encontra pessoalmente, é sempre muito respeitoso, na verdade. O que vamos fazer? Sair na mão um com o outro?", disse.
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