Chris Fehn retira acusação e, ao que tudo indica, topa acordo com Slipknot
Por Igor Miranda
Postado em 03 de novembro de 2020
O percussionista Chris Fehn retirou suas acusações contra o Slipknot e, ao que tudo indica, chegou a um acordo com a banda fora dos tribunais. A informação foi veiculada por uma série de sites internacionais, como o Blabbermouth.
Fehn acusava o Slipknot de não compensá-lo devidamente por ter feito parte da banda por duas décadas - ele integrou a formação entre 1998 e 2019. O músico alegava que o também percussionista M. Shawn "Clown" Crahan" e o vocalista Corey Taylor, envolvidos no processo, tenham se enriquecido de forma ilícita ao destinarem os ganhos da banda para si e não para os demais integrantes.
O grupo, por sua vez, alegava que Chris Fehn era apenas um músico contratado, e não um sócio. Crahan e Taylor eram descritos como como "membros fundadores", por meio dos quais os negócios da banda são conduzidos, enquanto Fehn, enquanto funcionário, "não compartilha dos lucros e perdas da empresa, nem comanda o negócio com os demais ou proporciona contribuição de capital".
No último mês de junho, pouco mais de um ano após o processo ter se tornado público, representantes do Slipknot e de Chris Fehn participaram de uma audiência de mediação. Dessa forma, tudo indica que eles entraram em um acordo para a retirada do processo, confirmada em outubro.
Devido a cláusulas de confidencialidade, não foi revelado se houve, de fato, um acordo, muito menos os termos negociados. Sabe-se apenas que Fehn retirou voluntariamente a sua acusação.
Desde a ação movida por Chris Fehn, sua vaga é assumida por um músico, de identidade confirmada apenas extraoficialmente, chamado "Tortilla Man". O novo integrante seria Michael Pfaff, que já tocou com Shawn Crahan no projeto Dirty Little Rabbits.
A ação
No todo, Chris Fehn processava duas versões diferentes da chamada Slipknot Inc, sendo uma de Nova York e outra da Califórnia, nos Estados Unidos - ao que tudo indica, ainda existe uma terceira, de Iowa, mas que não fez parte do imbróglio jurídico. Além disso, foram acionadas as seguintes empresas: Knot Merch LLC, Knot Touring LLC, SK Productions LLC e Knot Touring LLC. Também foram acionados o vocalista Corey Taylor, o também percussionista M. Shawn "Clown" Crahan e o empresário do grupo, Robert Shore, bem como o seu escritório de advocacia, Rob Shore & Associates Inc.
De forma mais exata, Chris Fehn processava todas essas pessoas físicas e jurídicas por duas acusações de "violação do dever fiduciário", além de "violação de contrato implícito" e "enriquecimento injusto".
Em sua ação, Fehn dizia ter confiado em Taylor e Crahan para representá-lo como um parceiro comercial, envolvendo os direitos de marcas registradas pelo Slipknot. Todavia, o ex-percussionista da banda alega que não foi informado sobre as outras empresas e que não tinha participação nelas. Ele explica, por exemplo, que a Slipknot da Califórnia foi criada em 2003 e, desde então, ele nunca foi perguntado sobre sua criação e não sabia de sua existência até agora.
Pedia-se, dessa forma, uma auditoria das finanças do Slipknot, bem como uma compensação pelos danos causados com juros. Um dos ex-integrantes da banda, de nome não revelado, estaria dando apoio a Chris Fehn pelo seu processo, mas os músicos atuais do grupo não se manifestaram. Corey Taylor apenas negou as acusações por meio das redes sociais, e de uma nota conjunta onde também afirmam que não há nada de errado nos negócios deles.
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