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Bad Wolves: Tommy Vext diz sofrer extorsão de ex que o acusa de agressão

Por Igor Miranda
Postado em 17 de dezembro de 2020

O vocalista Tommy Vext, do Bad Wolves, afirmou estar sendo vítima de extorsão por parte de sua ex-namorada, Whitney Johns, que o acusa na Justiça de agredi-la em quatro situações diferentes. Em entrevista ao Tin Foil Hat Show, transcrita pelo Loudwire, o cantor falou sobre o caso.

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Durante a entrevista, Vext voltou a negar que tenha agredido a ex-namorada e declarou: "Sou acusado de tentativa de homicídio, espancamento, estrangulamento... coisas que você sabe que eu, pesando 115 kg e tendo 1,85m de altura, acabaria matando se eu fizesse isso com um cara".

O cantor apontou estar sendo alvo da "cultura do cancelamento", inclusive por ter declarado apoio a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos que não conseguiu se reeleger nas eleições recentes. "Como muitos amigos que são figuras públicas e têm dinheiro, estou envolvido em uma tentativa de campanha ao estilo #MeToo. Estou sendo alvo de extorsão há 10 meses. Namorei uma garota, não sabia muito sobre ela e ela tinha histórico de fazer algumas coisas. Ela não estava bem, era fisicamente violenta e eu estava tentando sair disso", afirmou.

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O músico declarou que foi agredido por Whitney Johns após ele publicar uma foto nas redes sociais onde aparece ao lado de uma amiga, chamada Amie Nicole Harwick, que foi assassinada pelo ex-namorado. "Ela me deu socos por postar uma imagem com outra mulher, que era minha amiga falecida, e isso foi o fim para mim. Tentamos continuar amigos, mas não era possível. E eu segui em frente e comecei a namorar outra pessoa. Foi aí que a loucura começou", disse.

Em seguida, Tommy Vext relatou que Whitney Johns, de fato, conseguiu uma ordem de restrição contra ele, mas que estava pedindo dinheiro para acabar com tudo. "Ela obteve a ordem de restrição, mas disse que se eu desse US$ 20 mil a ela, ela iria embora. Depois, virou US$ 40 mil. Depois, US$ 60 mil. E, agora, estamos em uma disputa judicial. Como as coisas não estavam indo bem para ela, ela foi para a imprensa", declarou.

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A acusação contra Tommy Vext

Whitney Johns, personal trainer e influenciadora digital, acusou Tommy Vext de agressão em pelo menos quatro situações diferentes. A informação é do site MetalSucks, que obteve acesso a documentos judiciais da Suprema Corte da Califórnia, nos Estados Unidos.

Conforme a publicação, Whitney alega que foi agredida pelo então namorado diversas vezes "durante e após o relacionamento". Os dois já foram vistos juntos em publicações nas redes sociais, além de vídeos para divulgação de um produto no YouTube, ainda que nenhuma postagem tenha evidenciado uma relação afetiva entre os dois.

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Nos documentos, a personal trainer declara ter namorado com o vocalista por cerca de 9 meses, morando juntos por apenas duas semanas. São relatadas quatro situações em que Tommy Vext a teria agredido.

- Na virada do ano de 2019 para 2020, segundo ela, Tommy a agrediu no rosto, cortando seu lábio internamente e deixando nariz e boca sangrando bastante. No documento, a personal trainer relata que estava na casa do vocalista, que a levou para onde ela morava na época, mas também a sufocou e a ameaçou de morte;

- Em 14 de janeiro, de acordo com Whitney, o frontman do Bad Wolves atirou água no rosto dela por duas vezes enquanto ela se preparava para uma sessão de fotos. A personal trainer diz ter arranhado o cantor como ato de autodefesa, o que, segundo ela, fez com que ele a enforcasse e batesse sua cabeça no chão por 10 a 15 segundos;

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- Em 11 de abril, após ter passado algum tempo fora da cidade, Whitney foi, conforme relatado por ela nos documentos judiciais, agredida novamente por Tommy, que "a sufocou, a arrastou pelos cabelos e a enforcou até que ela quase perdesse a consciência";

- No dia seguinte, Tommy a teria procurado para dizer que iria cometer suicídio, implorando para que ela fosse à casa dele. Whitney afirma ter consolado Tommy. Em seguida, ele perguntou se ela poderia voltar a namorá-lo, mas como houve uma recusa em continuar a relação, o cantor teria impedido a personal trainer de deixar a residência dele. Segundo ela, Tommy a enforcou e a puxou pelos cabelos até o quarto, onde a estrangulou. "Ela quase perdeu a consciência até que ele pareceu ter notado o que estava fazendo e a deixou ir embora".

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Os documentos judiciais também apontam uma série de ameaças de Tommy Vext contra Whitney Johns, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Ele também teria dito que iria vazar vídeos íntimos dos dois.

Uma ordem de restrição foi emitida no último dia 11 de abril, mas não foi entregue a Tommy Vext, pois ele não foi localizado. Uma audiência foi marcada para 8 de maio deste ano, porém, a data foi adiada por conta da pandemia e dos pedidos da defesa de Vext, acontecendo apenas em 17 de novembro. Uma nova audiência ocorreu no último dia 9, sem detalhes divulgados até o momento.

Tommy Vext nega

Dias após o caso chegar à imprensa, Tommy Vext divulgou uma nota e também publicou alguns tweets sobre o assunto. No comunicado oficial, ele negou as acusações e disse que não poderia dar mais detalhes.

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"As alegações feitas contra mim por minha ex-namorada não são verdadeiras. Dada a disputa civil em curso entre nós, não posso dizer mais nada neste momento. Estou ansioso para resolver este assunto no tribunal", afirmou.

Em duas publicações no Twitter, Vext declarou que a informação de que ele havia sido acusado de agredir a ex-namorada era "fake news". Involuntariamente, os tweets foram desmentidos por ele próprio, já que a nota oficial confirma que há uma ação em curso na Justiça americana.

Um internauta compartilhou um link de uma matéria do site Loudwire informando sobre a acusação. O vocalista respondeu: "fake AF news".

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Mais um seguidor entrou na conversa e comentou que o vocalista é inocente até que se prove o contrário e que espera que não seja verdade. "Não vale nem a pena falar sobre essa fake news", disse Vext, em retorno a esse internauta.

Outro usuário da rede brincou que Tommy Vext morreu em 26 de abril de 2008, após uma briga com o guitarrista Dino Cazares - os dois integravam a banda Divine Heresy. Houve, de fato, um desentendimento com Cazares no ano em questão e Vext teria agredido não só o guitarrista como a esposa dele na época, Jennifer Pagan Cazares.

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"Tommy Vext morreu em 26 de abril de 2008 após Dino Cazares cair em cima dele em uma discussão de bastidores. O atual "Tonny Vext" é um ator plantado por Hillary Clinton e George Soros, que buscam dividir a comunidade do metal. Tenho um vídeo usando marcadores de texto que comprova", diz a postagem. O comentário, provavelmente, debocha de teorias da conspiração endossadas por Tommy Vext, que já chegou a divulgar um vídeo usando marcadores de texto para provar que o movimento Black Lives Matter foi criado por George Soros e Hillary Clinton e que não existe racismo nos Estados Unidos.

Em reação a esse tweet, Tommy entrou na brincadeira e disse: "O FBI falou para você remover esse tweet (risos)".

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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