Helloween: por que Michael Kiske não compôs nenhuma música para o novo álbum
Por Igor Miranda
Postado em 29 de abril de 2021
O próximo álbum do Helloween, homônimo, será o primeiro da banda desde as voltas do vocalista Michael Kiske e do guitarrista e também cantor Kai Hansen. Os dois se juntam à formação que conduzia a banda nos anos anteriores: o frontman Andi Deris, os guitarristas Michael Weikath e Sascha Gerstner, o baixista Markus Grosskopf e o baterista Dani Löble.
Com 12 faixas ao todo, o disco traz composições de quase todos os integrantes. Andi Deris, por exemplo, é o autor de quatro músicas: "Fear of the Fallen", "Mass Pollution", "Rise Without Chains" e "Cyanide". Michael Weikath criou outras três: "Out for the Glory", "Robot King" e "Down in the Dumps". Sascha Gerstner assina "Angels", enquanto Markus Grosskopf é o responsável por "Indestructible". Por fim, Kai Hansen concebeu a épica "Skyfall", além da vinheta "Orbit".
Chama atenção que, em meio a todo o processo autoral, nenhuma música de Michael Kiske tenha sido incluída no álbum "Helloween".
Em entrevista ao canal The Metal Voice, Michael Weikath explicou por que o vocalista não oferece esse tipo de contribuição ao disco. O guitarrista citou que as ideias de Kiske não tinham tanto a ver com a sonoridade power metal do grupo, então, ele próprio não se sentiu confortável para colaborar nesse ponto.
"Kiske falou para mim: 'acho que não vou colaborar dessa vez'. Ele falou que tinha muitas ideias, mas que não soavam muito como Helloween, soavam mais pop ou country. E estava tudo bem, pois tínhamos músicas o suficiente e ele tinha outro tipo de trabalho a fazer, por estar envolvido em uma produção do Helloween como essa", afirmou.
Isso não significa que Kiske apenas apareceu no estúdio para cantar e ir embora. "Ele criou os arranjos das linhas vocais junto de Deris. Então, já existe uma infinidade de coisas a serem feitas sem uma de suas composições sendo produzida", explicou Weikath.
O guitarrista também antecipou como o álbum está soando, em sua opinião. "Tentamos colocar algumas partes tipo Queen. Kai Hansen tem uma ferramenta de áudio de Brian May (guitarrista do Queen) que ele usa sempre que pode e esse é o aspecto Queen do álbum que sempre esquecemos de mencionar", disse, primeiramente, citando a influência da banda de Freddie Mercury.
Em seguida, outra referência de peso foi citada por ele: o Judas Priest. "Há um pouco de Judas Priest, pois tentei imitar os riffs do Priest ou coisas que eles faziam nos álbuns antigos, que são bem compatíveis com o Helloween. O álbum está mágico", comentou.
A entrevista completa pode ser conferida, em inglês e sem legendas, no player de vídeo a seguir.
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