Sepultura: Derrick relembra o passado; "achava que no Brasil eles falavam espanhol"
Por Emanuel Seagal
Postado em 30 de outubro de 2021
Em entrevista realizada por Graham Finney para o V13.Net Derrick Green, vocalista do Sepultura, falou sobre sua entrada na banda antes do lançamento do álbum "Against", e sua percepção do Brasil desde então. Confira alguns trechos abaixo.
Você se juntou ao Sepultura e às gravações do álbum naquele período como o cara novo. Você ainda sente que precisa provar seu valor para as pessoas ou chegou a um ponto em que não se sente mais o cara novo?
Derrick Green: "Eu definitivamente sinto que tenho que provar meu valor cada vez que subo no palco. De todos os aspectos diferentes como o cara novo. Como o cara de Cleveland. Como esse cara negro no mundo do metal. Sempre há algo para provar com isso. Eu só percebi que a melhor maneira, e a mais confortável, era ser eu mesmo e deixar as pessoas verem isso e sempre funcionou. Apenas me abrindo para não ter medo de realmente mostrar quem eu sou."
Como foi para você entrar na banda, ir ao Brasil pela primeira vez e toda essa experiência?
Derrick Green: "Foi incrível. Eu nunca tinha estado no Brasil, não sabia nada sobre a cultura ou idioma. Eu não tinha nenhum amigo brasileiro. Eu não sabia de nada, desconhecia completamente o Brasil. Eu provavelmente pensei que eles falavam espanhol. Fui na biblioteca, peguei alguns livros, porque não havia internet de verdade na época, estava com meu cartão da biblioteca e só tentei ver do que se tratava esse lugar. Eu não sabia de nada, entende? Realmente não existia em minha mente até que eu pude realmente colocar os pés no país e encontrar pessoas e começar a falar com elas. Então a compreensão do que é esse lugar começou a acontecer na minha cabeça."
"Depois de morar lá por 20 anos, isso mudou radicalmente minha visão do Brasil. Enquanto eu não morava lá eu estava apenas vivendo às interações com pessoas que são super fãs do Sepultura. Andando com eles, todos reconhecendo e buzinando, e pedindo autógrafos, o tempo todo. Foi muito louco, porque, de novo, não tinha internet nem nada. Então eu me mudei pro Brasil e isso começou a acontecer comigo. Depois da turnê as pessoas começaram a me conhecer como a nova cara do Sepultura, então tive que ajustar minha vida para ser reconhecido e analisado toda vez que saía de casa. Isso leva algum tempo para se acostumar."
"Eu nunca imaginei que seria minha vida, então foi difícil. Devo dizer que fiquei um pouco deprimido porque não sou esse tipo de pessoa. Eu gosto de ser a mosca na parede e meio que observar tudo. Sabe, eu não queria chamar a atenção, mas era impossível porque eu sou um cara enorme, quase 2 metros, com dreads e tatuagens. Impossível não ver que é você de longe, e isso chamou a atenção, e não só quando estava com a banda. Era todos os dias, mas na maioria das vezes, de modo muito positivo, quero dizer, 99% das vezes. O Brasil é um lugar que sempre manteve a fé no Sepultura, com todas as mudanças que aconteceram. Eles sempre querem o melhor para a banda porque são uma representação muito forte do Brasil, fora do Brasil."
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