André Busic, pai de Andria e Ivan Busic, do Dr. Sin, morre aos 85 anos
Por Igor Miranda
Postado em 14 de fevereiro de 2022
Morreu aos 85 anos o trompetista de jazz André Busic. Além do trabalho na música, ele é conhecido por ser pai de Andria e Ivan Busic, respectivamente vocalista/baixista e baterista do Dr. Sin.
A informação foi confirmada pelos filhos de André em publicações no Instagram. Inicialmente, Andria divulgou uma imagem que diz: "Meu pai, André Busic, partiu e deixou um legado de amor e música inestimável! Todo o meu amor e agradecimento eternos. Fica a saudade imensa".
Na sequência, Ivan postou um vídeo em que o pai aparece tocando. Na legenda, declarou: "Hoje descansou nosso pai Andrija Busic. Nossa maior inspiração e grande herói na música. Obrigado Deus por termos tido o presente de tê-lo como pai. A saudade já é gigante. Sua voz inigualável e suas notas magníficas e do fundo da alma que ecoavam do seu trompete sao eternas. Você para nós é eterno".
O texto completa: "Obrigado por ser o pai que foi e o vovô mais amoroso que já vi. Cuidou do netinho desde quando estava na barriga da Nath. Como amou esses netinhos . Quanto amor nos deu. Exemplo de homem e de artista. Sempre foi uma explosão de amor e chorava fácil com emoção profunda. Obrigado infinito papai. We'll meet again someday. Nós todos ainda estamos anestesiados mas com uma certeza. Que você foi amado por todos que te conheceram ou te escutaram. Descanse em paz amado pai".
Nascido na Croácia em 13 de janeiro de 1937, Andrija Busic (que adotou o nome André) é considerado um dos pioneiros do jazz no Brasil. Mudou-se para nosso país na década de 1960, mais especificamente para São Paulo, onde nasceram Andria e Ivan, frutos do casamento com a também artista Elza Storto Busic.
Integrante de bandas como Traditional Jazz Band, Bluegang, Brazilian Jazz Stompers e Top Line Jazz Band, continuou tocando até os últimos anos de sua vida. Em entrevista publicada pelo Catraca Livre, em 2014, contou que seu amor pela música apenas cresceu ao longo das décadas.
"Não está muito diferente de quando eu tinha 40 anos, 50 anos. O gosto pela música é que cresceu mais. A música faz a gente viver. Rejuvenesce. Se não fosse por ela, seria um velho aposentado, daqueles que não saem de casa", afirmou, na ocasião.
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