A bronca de Renato Russo a quem só associa Legião Urbana a música de protesto político
Por Gustavo Maiato
Postado em 04 de fevereiro de 2022
A Legião Urbana apresenta ao longo de sua discografia algumas músicas com temática de protesto político e críticas sociais, como "Que País É Este" e "Geração Coca-Cola". Em entrevista concedida em 1988 para o apresentador Jô Soares, entretanto, o vocalista Renato Russo afirmou que as pessoas "se esquecem" que a banda também tem em seu catálogo canções de amor e que essas são mais importantes que as de cunho político.
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"As pessoas esquecem que nós somos uma banda que também faz canções de amor. Nós não fazemos só ‘Que País é Este’ e ‘Geração Coca-Cola’. Tudo isso é o que as pessoas lembram. Mas eu acho ‘Eduardo e Mônica’ mais importante. O amor é mais importante. O Brasil ainda vale a pena, mas não do jeito que nós falávamos. Essas músicas tipo ‘Geração Coca-Cola’ estão ligadas a uma época. Hoje em dia, mesmo se eu falasse as mesmas coisas, tentaria falar de uma maneira mais espiritual e lírica. Ao invés de escrever ‘Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado’, seria algo diferente. Quando você escreve algo mais universal, bate mais nas pessoas. É melhor do que ficar cutucando o dedo na ferida", refletiu.
Hoje em dia, "Eduardo e Mônica" já acumula 65 milhões de reproduções no Spotify. Já "Que País É Este" tem 31 milhões e "Geração Coca-Cola" tem 23 milhões. A música mais popular da banda na plataforma, entretanto, não é nenhuma das duas. Trata-se de "Tempo Perdido", lançada no álbum "Dois" (1986). O clássico já acumula pouco mais de 132 milhões de streamings.
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