O hábito de Rafael Bittencourt que o fez perder muitos alunos de guitarra
Por Gustavo Maiato
Postado em 10 de março de 2022
Muitos dos grandes guitarristas brasileiros também são professores de guitarra. Em entrevista sobre esse seu lado docente, Rafael Bittencourt, do Angra, revelou que um hábito relacionado ao modo com que passa as matérias e se comunica com seus alunos costuma fazer com que muitos o considerem um professor "chato e rigoroso". O assunto foi comentado durante seu podcast Amplifica, durante entrevista com o baterista Eloy Casagrande, do Sepultura.
"Eu perdi muito aluno nessa vida porque era um professor chato e rigoroso. Gostava de dar caminhos complicados para provar a perseverança. Por exemplo, folha de modos gregos eu não dou. Se você digitar isso na internet, tem lá já! Explico como funciona e semana que vem me traz! Primeira aula, falo que a corda é dividida em meio tom. Explico que no Mi e no Si pula a nota. Vai direto para a outra nota, não tem o sustenido. E pronto, vai para casa e se vira! As pessoas ficavam apavoradas. Tentava estimular de maneira construtivista que o cérebro dele entendesse. Decorar desenho não faz o cara criar coisas musicais", explicou.
Segundo Rafael Bittencourt, muitos alunos pediam uma fórmula pronta para tocar e quando via que um estudante estava desmotivado, ligava logo o "sinal amarelo".
"A maioria não tem curiosidade e pedia para explicar como faz uma música tipo a do HammerFall! (risos). Esses não precisam de mim. Alguns alunos sobreviviam e no fim conversávamos muito. Eu era muito terrorista! Mas a maioria quer o resultado rápido. Quando tinha aluno desmotivado, falava que o sinal amarelo estava ligado. Se fosse para o vermelho, falava para ele vazar! Sei que estou ensinando o cara a aprender. Às vezes, o cara não tem tempo".
Clique e confira a entrevista completa.
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