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Por Emanuel Seagal
Postado em 18 de novembro de 2022
Nergal, frontman da banda polonesa Behemoth, conversou com Sofiane Hamzaoui, do canal ARTE Concert, sobre as dificuldades de começar uma banda atualmente, e contou se faria tudo de novo, tendo o conhecimento adquirido em três décadas como músico.
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"Se eu fosse um garoto, eu odiaria estar na situação de, digamos, começar uma banda hoje em dia. Sabendo o que passei, e sabendo o que é preciso para manter (uma banda) esses dias, para ter destaque, eu não acho que iria começar uma banda nova e anônima, sem chance. Hoje em dia você não pode sequer mostrar atitude, eles vão te banir na hora. Comece a falar palavrão, comece a opinar sobre política, fale sobre o que você realmente gosta, o que você não gosta, e imediatamente vão te cancelar", comentou o músico, que periodicamente sofre alguma forma de punição pelo Facebook.
Nergal acrescentou: "Vou apenas fazer uma pergunta e vocês podem responder aí. Imagine se nos anos 60, 70, onde todos os clássicos começaram. Estou falando de Elvis Presley, Janis Joplin, The Who, Miles Davis, The Doors e Beatles, imagine se houvessem smartphones? Fim de carreira. Seriam banidos, presos, por tudo. Nenhum deles sobreviveria uma semana!"
O músico acredita que atualmente a música não é tão importante para as novas gerações, e se questiona como fazer com que um garoto processe um vídeo de oito minutos com atenção, quando tudo que ele consome dura apenas 15 segundos no Instagram e TikTok. "Eu sinto os mesmos sintomas. Clico em algo e imediatamente pulo pra próxima coisa, entediado", afirmou o músico, que se considera um "homem analógico em um mundo digital", e que ainda não conseguiu navegar este mundo de uma forma saudável.
Clique no player abaixo para conferir o bate-papo, em inglês, na íntegra.
O Behemoth lançou em setembro seu décimo segundo álbum de estúdio, intitulado "Opvs Contra Natvram".
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